Existem vários tipos de magnésio e cada um é absorvido e utilizado pelo corpo de forma diferente. Confira neste texto as propriedades e recomendações de cada um e qual pode ser o mais indicado para determinado objetivo.
Postado por Aline Soares em 11/jul/2024 - Sem Comentários
Existem vários tipos de magnésio e cada um é absorvido e utilizado pelo corpo de forma diferente. Confira neste texto as propriedades e recomendações de cada um e qual pode ser o mais indicado para determinado objetivo.
O magnésio é um dos minerais mais importantes para o funcionamento do organismo, sendo o quarto mais abundante do corpo humano. Aproximadamente 80% das reservas desse nutriente estão concentradas no esqueleto e nos músculos.
Ele desempenha um papel crucial em mais de 300 reações enzimáticas, incluindo a síntese de proteínas, a regulação da pressão arterial e o controle dos níveis de glicose no sangue.
Conheça os diferentes tipos de magnésio, suas propriedades, benefícios e usos específicos para ajudá-lo a entender como melhorar a sua saúde com esse mineral essencial.
Antes de descobrir os diferentes tipos de magnésio, é importante entender como o nutriente pode contribuir para o bem-estar e para a saúde como um todo ao participar de reações e processos no nosso organismo e seus níveis adequados estão associados a benefícios como:
O magnésio pode ser encontrado em várias formas, que podem ser classificadas como orgânicas ou inorgânicas.
Os tipos de magnésio orgânicos são mais facilmente absorvidos pelo corpo e têm maior biodisponibilidade, enquanto os tipos de magnésio inorgânicos tendem a ter uma menor biodisponibilidade.
As formas orgânicas são frequentemente escolhidas para corrigir deficiências e melhorar a saúde geral, enquanto formas inorgânicas podem ser utilizadas para tratamentos específicos ou como antiácidos.
Muitas pessoas não obtêm quantidades suficientes desse nutriente em sua dieta diária, levando a uma crescente busca por suplementos de magnésio.
No entanto, com diversas formas desse mineral disponíveis no mercado, pode não ser fácil escolher a opção mais adequada para as necessidades individuais.
Por isso é importante estar atento às diferenças entre os tipos de magnésio e como cada um é utilizado pelo corpo. Confira os principais:
Por estar ligado ao ácido ascórbico, nessa forma é possível obter os benefícios do magnésio e da vitamina C. Indicado principalmente para o sistemas imunológico e cardíaco.
Trata-se do magnésio associado ao aminoácido ácido aspártico, indicado principalmente no tratamento de cardiopatias, fadiga crônica e estresse físico e mental.
Tem alta biodisponibilidade oral e rápida absorção pelas células intestinais, porém apresenta efeito laxativo em alguns pacientes. É usado nas mais diversas patologias dos sistemas cardiovascular, neuromuscular e nervoso.
Entre os diversos tipos de magnésio, esse possui a melhor absorção tópica e pode ser indicado para alívio da tensão muscular e cãibras.
Possui propriedade antiácida e é comumente indicado para pessoas que sofrem com indigestão e refluxo.
Une os benefícios do magnésio com as vantagens do inositol, uma das vitaminas do complexo B. É indicado para relaxamento mental e corporal, qualidade do sono, memória, dores musculares e ósseas.
Geralmente chamado de magnésio dimalato, essa é a forma associada ao ácido málico, substância que apresenta importante papel na produção de energia no organismo. Por isso, costuma ser indicado para melhorar a disposição e o desempenho em atividades físicas, assim como para patologias como a fibromialgia.
Composto inorgânico que, dentre os tipos de magnésio existentes, é o menos absorvido pelo organismo. É utilizado pelo seu efeito laxativo, antiácido e no combate à indigestão.
Essa forma é altamente biodisponível, ou seja, pode ser absorvida e utilizada pelo organismo com facilidade. Geralmente está associado ao aminoácido glicina, dando origem ao chamado magnésio bisglicinato. A glicina é um neurotransmissor importante e apresenta propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Assim, o magnésio quelado é usado nas mais diversas condições cardiovasculares, neuromusculares e, especialmente, do sistema nervoso.
A produção de minerais quelados desenvolvida pela Albion é controlada e patenteada, e confere ao produto final um mineral estável, com um ótimo perfil de absorção comparado ao mineral quelado comum. Usado nas mais diversas patologias dos sistemas cardiovascular, neuromuscular e nervoso.
Possui os mesmos benefícios do magnésio quelado, com o amargor característico menos acentuado.
Tem uma boa absorção tópica, ou seja, quando aplicado na pele (como na forma de cremes, pomadas, géis ou loções), tem facilidade de penetrar efetivamente nas camadas da pele e alcançar o tecido subjacente para exercer seu efeito desejado. Na via oral, tem efeito laxativo.
Esse tipo é a associação de magnésio com L-Taurina que possui efeitos neuromoduladores e neuroprotetores. Essa forma de magnésio chega facilmente ao tecido cerebral e, por isso, costuma ser indicado em situações de estresse, ansiedade e outros distúrbios neurológicos, além dos conhecidos efeitos nos sistemas cardiovascular e neuromuscular.
Seu uso é associado a processos cerebrais como cognição, aprendizagem, memória e Alzheimer.
O consumo do magnésio por meio da alimentação acaba sendo difícil devido ao empobrecimento do solo, levando menos minerais aos alimentos. Isso tem levado muitas pessoas a apresentarem deficiência do nutriente.
Mas não é só isso. Uma dieta inadequada com baixa ingestão de fontes de magnésio, o consumo de grandes quantidades de álcool, a amamentação e casos de diarreia prolongada, também podem causar a falta de magnésio no organismo.
O uso de alguns medicamentos e níveis elevados dos hormônios aldosterona, vasopressina ou tireoidianos também aumentam a sua excreção. A deficiência de magnésio é comum também em pacientes hospitalizados em enfermarias e centros de terapia intensiva.
O magnésio pode ser encontrado em diversos alimentos, suplementos, medicamentos e, inclusive, na água, favorecendo funções importantes em todo o corpo. As principais fontes são:
Para garantir a ingestão adequada de magnésio e atender às necessidades diárias desse nutriente essencial, a suplementação pode ser uma opção. Esse nutriente também pode ser utilizado como um ingrediente em fórmulas e combinado com diferentes tipos de compostos.
O profissional de saúde, como o médico ou o nutricionista, também pode prescrever fórmulas manipuladas que melhor se adequem às necessidades individuais utilizando os tipos de magnésio disponíveis.
Confira opções de suplementos com magnésio que combinam alguns tipos a outras substâncias essenciais para a saúde.
UYSAL, N. et al. Timeline (Bioavailability) of Magnesium Compounds in Hours: Which Magnesium Compound Works Best?. Biol Trace Elem. 2019.
ATES, M. et al. Dose-Dependent Absorption Profile of Different Magnesium Compounds. Biol Trace Elem Res. 2019.
SCHWALFENBERG, Gerry K, and Stephen J Genuis. The Importance of Magnesium in Clinical Healthcare. Scientifica. 2017.
GRÖBER, Uwe et al. Magnesium in Prevention and Therapy. Nutrients. 2015.
PICKERING, Gisèle et al. Magnesium Status and Stress: The Vicious Circle Concept Revisited. Nutrients. 2020.
FIORENTINI, Diana et al. Magnesium: Biochemistry, Nutrition, Detection, and Social Impact of Diseases Linked to Its Deficiency. Nutrients. 2021.
Postado por Aline Soares em 11/jul/2024 -
Presença confirmada em festas juninas, a canjica é um doce tradicional da culinária brasileira. Apesar de muito popular nessas celebrações, é apreciada durante todo o ano em diversas regiões do país, principalmente como sobremesa.
A origem da canjica é bastante controversa entre historiadores. Há estudiosos que afirmam que foram os indígenas os primeiros a introduzirem a receita ao cardápio nacional; outros afirmam que foram os escravos que a trouxeram da África.
A única certeza que se tem é que ela já é preparada em solo brasileiro há muito tempo, sendo aperfeiçoada e adaptada aos costumes e paladares tão variados de cada região.
É uma receita que passa de geração em geração, mantendo viva a tradição e a história, sendo sinônimo de comfort food para muitas pessoas que encontram na canjica um sabor ainda mais especial.
A canjica é feita a partir de grãos de milho branco, que são cozidos até ficarem macios. A receita básica inclui ainda outros ingredientes como leite, leite de coco, cravo e canela. Essa iguaria pode ser apreciada tanto quente quanto fria, dependendo do gosto de cada pessoa.
A canjica também oferece benefícios nutricionais. O milho, protagonista desse prato, é uma excelente fonte de carboidratos, fornecendo energia. Também é rico em fibras, que auxiliam na digestão, e contém vitaminas como as vitaminas B1 (tiamina) e B3 (niacina) e minerais como magnésio e fósforo. Quando feita com leite de coco, também adiciona gorduras saudáveis à dieta.
Para quem ama a iguaria e cuida da alimentação, a canjica também pode ser adaptada para uma versão ainda mais nutritiva. Você só precisa dos ingredientes certos e seguir o passo a passo abaixo.
TEMPO DE PREPARO | 30 minutos |
RENDIMENTO | 4 porções |
DIFICULDADE | fácil |
PESO DA PORÇÃO | 80gr (aprox) |
TABELA NUTRICIONAL (por porção): | VD (%) | ||
Valor energético (calorias) | 202 | kcal | 10 |
Carboidratos | 23,5 | g | 8 |
Proteínas | 6,6 | g | 9 |
Gorduras (lipídeos) | 11,7 | g | 21 |
Gorduras poli-insaturadas | 1,2 | mg | 12 |
Fibra alimentar | 1 | g | 4 |
Sódio | 125 | mg | 5 |
Além da canjica cremosa fit, você pode encontrar mais receitas deliciosas com um toque de prazer e conforto. Confira outras opções na playlist Comfort Food.
Postado por Aline Soares em 08/jul/2024 -
O fondue de chocolate é uma iguaria deliciosa, e pode ser adaptado para versões fit sem perder o sabor. Trocando alguns ingredientes tradicionais por opções mais nutritivas, como chocolates sem açúcar, é possível desfrutar dessa delícia de forma equilibrada.
A versão do fondue de chocolate saudável é perfeita para quem quer uma opção doce, saborosa e sem açúcar. Veja mais informações e confira a receita completa.
O fondue, prato de origem suíça, tem seu nome derivado do francês fondre, que significa “derreter” ou “fundir”. Tradicionalmente, é feito em uma panela especial aquecida sobre um fogareiro, onde se mergulham pedaços de pão espetados em uma mistura de queijo e vinho branco.
Embora sua origem exata seja incerta, o fondue evoluiu com o tempo, ganhando novos acompanhamentos, como carnes e legumes, além de variações populares, como a de chocolate.
Para um fondue mais nutritivo, o chocolate sem açúcar, com cacau puro e de qualidade é a melhor escolha. Optar por um chocolate saudável com ingredientes naturais, que incluem proteínas, fibras e adoçantes naturais, é ainda mais benéfico, pois oferece nutrientes adicionais e muito sabor para a sobremesa.
TEMPO DE PREPARO | 10 minutos |
RENDIMENTO | 6 porções |
DIFICULDADE | fácil |
PESO DA PORÇÃO | 80g (½ pote de sobremesa) |
DICA: você pode usar suas frutas favoritas, como manga, amora e mirtilo.
TABELA NUTRICIONAL (por porção): | VD (%) | ||
Valor energético (calorias) | 148,5 | kcal | 7 |
Carboidratos | 20 | g | 7 |
Proteínas | 5,1 | g | 7 |
Gorduras (lipídeos) | 7,1 | g | 13 |
Fibra alimentar | 3,3 | g | 13 |
Sódio | 17 | mg | 1 |
Se você gostou dessa receita de fondue de chocolate, vai adorar provar esta panqueca feita com chocolate saudável, uma opção deliciosa para o café da manhã ou sobremesa.
Postado por Aline Soares em 20/jun/2024 -
Se você é fã de bebidas com sabor de cacau e busca uma opção saudável e deliciosa para o seu dia a dia, o smoothie de chocolate é a escolha perfeita!
Combinando ingredientes saborosos e nutritivos, é uma ótima opção para incluir uma boa fonte de proteína no café da manhã ou lanche e garantir uma dieta mais equilibrada.
Continue a leitura e saiba mais sobre essa receita!
O smoothie é uma bebida densa e cremosa, geralmente preparada com sorvete e frutas (mas legumes ou vegetais também podem estar na preparação). Geralmente, as frutas são congeladas e misturadas com água, leite ou iogurte, ficando com uma consistência bem cremosa. Suplementos de proteínas em pó, além de outros ingredientes, podem ser adicionados.
Ele pode ser consumido como um lanche entre as refeições e até como pré ou pós-treino.
Além disso, os smoothies são altamente versáteis, podendo ser adaptados para atender a diferentes necessidades dietéticas e preferências de sabor.
Embora ambos tenham preparos semelhantes, o milkshake é tradicionalmente feito com sorvete, leite e uma generosa quantidade de caldas e ingredientes doces. O resultado é uma bebida densa, extremamente cremosa e frequentemente apreciada como sobremesa.
Tempo de Preparo | 5 minutos |
Rendimento | 1 copo |
Dificuldade | Fácil |
Peso da Porção | 1 copo (200g) |
VALORES DIÁRIOS DE REFERÊNCIA DE NUTRIENTES OBRIGATÓRIA: | Kcal | %VD | |
Valor energético (calorias) | 255 | kcal | 13 |
Carboidratos | 26,3 | g | 0 |
Proteínas | 25 | g | 33 |
Gorduras (lipídeos) | 1,8 | g | 3 |
Fibra alimentar | 4,4 | g | 18 |
Sódio | 60 | mg | 3 |
Riboflavina (vitamina B2) | 2,8 | mg | 325 |
Vitamina C | 275 | mg | 275 |
Vitamina E | 50 | mg | 333 |
Cálcio | 126 | mg | 13 |
Ferro | 3,5 | mg | 25 |
Magnésio | 140,4 | mg | 33 |
Glutamina | 1000 | mg | ** |
Glicina | 2070 | mg | ** |
Cisteína | 700 | mg | ** |
Aprenda também a fazer um smoothie de banana e variar as opções de bebidas nutritivas no seu dia a dia!
Postado por Aline Soares em 28/maio/2024 -
O pão de chia é uma ótima opção para quem busca ter uma alimentação equilibrada. Além disso, é uma excelente maneira de acrescentar mais fibras na rotina alimentar, o que traz muitos benefícios à saúde.
Quer aprender a receita de pão de chia rápido e delicioso, com apenas quatro ingredientes?
Os benefícios da semente de chia (Salvia hispanica L.) são conhecidos há mais de 5.500 anos, tanto que ela era um dos componentes mais importantes da dieta dos maias e astecas.
Isso porque a sua composição química e as propriedades conferem um alto potencial nutricional. Hoje já se sabe que entre seus benefícios estão:
TEMPO DE PREPARO | 7 minutos |
RENDIMENTO | 1 porção |
DIFICULDADE | fácil |
PESO DA PORÇÃO | 100g |
Dica: depois de pronto, leve o pão de chia para a torradeira. Assim ele vai ficar supercrocante. Recheie de acordo com a sua preferência e aproveite!
TABELA NUTRICIONAL (por porção): | VD (%) | ||
Valor energético (calorias) | 280 | kcal | 14 |
Carboidratos | 12,2 | g | 4 |
Proteínas | 25,5 | g | 34 |
Gorduras (lipídeos) | 15,1 | g | 27 |
Fibra alimentar | 9,2 | g | 37 |
Sódio | 111,2 | mg | 5 |
Riboflavina (vitamina B2) | 0,3 | mg | 23 |
Vitamina B12 | 0,6 | ug | 26 |
Vitamina C | 250 | mg | 250 |
Cálcio | 212 | mg | 21 |
Ferro | 2,1 | g | 15 |
A chia pode ser adicionada em muitas preparações para ampliar seus benefícios para a saúde. Confira também esta receita de pão de queijo vegano, outra opção saborosa e nutritiva para o seu café da manhã ou lanche da tarde.
Postado por Aline Soares em 24/maio/2024 - Sem Comentários
Ter o hábito de treinar todos os dias depende muito da motivação pessoal de cada um. Confira neste texto algumas dicas para manter o foco nos seus objetivos e o entusiasmo na rotina de treinos.
Da busca por um estilo de vida saudável, até o desejo de superar limites pessoais, muitas pessoas esbarram em um obstáculo: a motivação para manter uma rotina de treino. Como encontrar estímulo com tantas prioridades, e até mesmo distrações, em meio às atividades do dia a dia?
A verdade é que ter motivação para treinar diariamente pode parecer uma tarefa desafiadora. No entanto, é justamente na constância e frequência que se alcança os objetivos e se mantém os resultados.
Neste texto, entenda a importância da motivação e como cultivá-la para ter uma rotina de exercícios prazerosa, mas também sustentável em longo prazo.
Para ter saúde e bem-estar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.
Porém, até mesmo conseguir manter uma quantidade mínima de exercício diário pode ser difícil se a pessoa não se sente motivada.
É a motivação que desempenha um papel fundamental nos treinos, impulsionando tanto a performance física quanto a mental. Quando estamos motivados, ficamos mais propensos a:
Mesmo com todos os benefícios do exercício físico, é normal passar por momentos de falta de motivação para treinar. Felizmente, existem várias estratégias que podem ajudar a fazer com que você se sinta empolgado para se exercitar regularmente.
Busque entender o que te faz querer treinar como: melhorar a saúde, ter mais disposição, fortalecer os músculos, emagrecer ou apenas sentir a boa sensação que o exercício traz. Definir objetivos é um dos passos iniciais para manter a motivação para treinar.
Além disso, as metas devem ser atingíveis, mensuráveis e realistas, respeitando seus limites e a sua realidade. Estabeleça metas alcançáveis e de curto prazo, como por exemplo: começar a treinar 30 minutos, 3 vezes por semana. Ou ainda: correr 2km na primeira semana, 3km na segunda, e assim sucessivamente.
À medida em que conquistar suas metas e ganhar motivação, você pode ir evoluindo ou adequando a sua jornada de treinos. Assim, você cria oportunidades de celebrar os progressos, o que alimenta a sua motivação em longo prazo, e cria-se o hábito.
Você sabia que grande parte dos frequentadores de academia desiste de treinar nos primeiros meses da nova rotina? Um estudo que avaliou os registros de 5.240 frequentadores de academia no Rio de Janeiro, entre janeiro de 2005 e junho de 2014, revelou que a maioria dos novos membros (63%) desistiram das atividades antes do terceiro mês. Os engajados por mais de 12 meses consecutivos representaram menos de 4%.
Para 68,1% das pessoas envolvidas nesse estudo, a “perda de peso” foi a motivação mais prevalente para iniciar um programa de exercícios, mas foi também significativamente relacionada com uma maior probabilidade de abandono precoce. Isso, porque perder peso é algo que ocorre em longo prazo e que depende de outros fatores que devem ser considerados ao estabelecer a sua meta, a fim de diminuir as chances de frustração e abandono do plano.
As suas chances de continuar com os treinos diariamente aumentam quando o exercício deixa de ser apenas uma obrigação para ser um momento de prazer, autocuidado e até diversão.
Escolher uma atividade que você se identifique é essencial para isso. Se você não gosta de exercícios em ambiente fechado, tente uma corrida externa. Se você prefere fazer a atividade acompanhado, procure um esporte coletivo. Você não precisa acertar de primeira. Permita-se explorar diferentes modalidades até encontrar a mais adequada ao seu perfil e realidade.
Você já deve ter ouvido essa frase e ela se encaixa em muitos aspectos da vida, entre eles a busca por uma rotina eficaz de exercícios físicos. Muitas vezes, a busca pela perfeição pode gerar um efeito contrário, levando à procrastinação e à falta de progresso.
É preciso buscar sempre o equilíbrio, respeitando limites e metas com base na rotina de cada pessoa. Treinar duas vezes por semana, por exemplo, é melhor do que nada. Treinar quatro vezes por semana é melhor do que duas, e assim por diante.
O importante é não desistir nas primeiras dificuldades ou deixar de treinar porque as metas parecem inalcançáveis naquele momento.
Manter uma rotina de exercícios físicos nem sempre é fácil. Há dias em que você pode sentir mais cansaço, dores, um certo desconforto ou simplesmente querer ficar na cama mais alguns minutos. Nesses dias, pode até dar vontade de desistir ou não sentir tanto prazer com a atividade física, mesmo que seja algo que você faz com frequência e se sente bem.
Para manter a motivação para treinar diariamente, registre sua evolução através da perda ou ganho de peso, do desempenho cardiovascular, aumento de força e outras métricas importantes para o seu objetivo.
Caso as mudanças ainda não sejam tão visíveis, tente anotar melhorias no seu bem-estar como: conseguir subir as escadas sem ficar ofegante, dormir melhor, sentir mais disposição, melhorar algum exame laboratorial ou ter mais ânimo para o trabalho.
Ter um parceiro de treino pode fornecer uma dose extra de motivação. Juntos, vocês podem compartilhar metas, desafios e sucessos, criando um ambiente de encorajamento mútuo. Além disso, a presença de um parceiro de treino pode tornar os exercícios mais divertidos e interessantes.
Uma pesquisa realizada com idosos praticantes de atividade física em Curitiba (PR) revelou que a influência de amigos, vizinhos e parentes foram fatores relevantes para o início da prática da atividade física. Os participantes praticavam caminhada de forma independente ou ginástica dentro de um programa social.
O grupo da caminhada disse que escolheu a atividade por preferência. Por outro lado, o grupo envolvido em atividades ginásticas associou mais o prazer pela prática à oportunidade de interagir com outros idosos do que a uma afinidade direta com a atividade física em si. Os membros desse grupo destacaram a importância das amizades e do sentimento de pertencimento a um grupo como elementos cruciais para manter seu envolvimento na prática de exercícios físicos.
O que você coloca no prato também pode ser essencial para ter mais motivação para treinar. Alguns alimentos são responsáveis por proporcionar mais energia por serem fontes de carboidratos, proteínas ou boas fontes de gordura, além de vitaminas e minerais. Já o consumo excessivo de alimentos industrializados ricos em açúcar e gordura saturada pode piorar o desempenho, proporcionar mais fadiga e até prejudicar o sono.
A pesquisa Time Course and Determinants of Individual Motivation among Women Enrolled in a Diet and Physical Activity Primary Prevention Trial que analisou a ligação entre a dieta e a motivação para participar de mudanças relacionadas à dieta e à atividade física de mulheres na pós-menopausa dá uma ideia dessa relação.
O grupo foi dividido em 4 subgrupos: mudança na dieta, mudança na alimentação, mudança na dieta + alimentação e controle. Ao longo de dois anos, as participantes foram solicitadas a avaliar a importância da mudança em seu estilo de vida (alimentação e/ou exercícios físicos), a confiança em sua capacidade de implementar essas mudanças e sua disposição para participar de estudos relacionados ao estilo de vida.
As participantes com hábitos alimentares e estilos de vida mais saudáveis anteriormente, com consumo elevado de frutas e vegetais, baixo consumo de carne vermelha e atividade física regular, exibiram maior motivação desde o início e ao longo do estudo.
Além disso, as mulheres designadas para qualquer um dos grupos de intervenção demonstraram maior motivação do que aquelas no grupo de controle.
Ter foco para treinar pode ser tão desafiador quanto ter motivação. A boa notícia é que você pode lançar mão de algumas substâncias que ajudam a manter a mente focada no objetivo.
A cafeína é muito conhecida como uma substância que auxilia na manutenção do foco e da concentração. Ela é capaz de aumentar os níveis de neurotransmissores, como a noradrenalina e a dopamina, que estão envolvidos na regulação do estado de alerta e da atenção.
Esse aumento na atividade cerebral resulta em uma sensação de vigilância e foco aprimorados, tornando mais fácil para a mente permanecer engajada em tarefas específicas. Ela tem o potencial de diminuir a sensação de fadiga e tem efeito ergogênico, ou seja, de aumentar a energia, o que pode ajudar a aumentar o desempenho no treino.
Outra opção é a L-teanina, um aminoácido encontrado principalmente no chá verde. Seu efeito calmante sobre o cérebro promove um estado de relaxamento sem causar sonolência, ajudando a manter a mente centrada e alerta.
Ainda, ela também estimula a produção de neurotransmissores associados ao humor e à motivação, contribuindo também para estimular o foco.
A taurina e o gengibre também podem ajudar na motivação devido ao seu poder de concentração e foco. A primeira tem a capacidade de acalmar o cérebro, favorecendo um estado de atenção relaxada. Também ajuda na diminuição da fadiga dos músculos, fortalecimento da contração muscular e aumento da resistência física e do desempenho atlético.
Já o segundo, é conhecido por ser rico em vitaminas e minerais, além de estimular a metabolização de gorduras pelo organismo. A espécie Alpinia galanga, em especial, conhecida como gengibre tailandês, é utilizada há séculos na Ayurveda, como um nootrópico natural (substância que melhora o desempenho cerebral). Ao equilibrar o efeito estimulante da cafeína, o gengibre tailandês pode prolongar o estado de alerta sem causar o efeito rebote da cafeína.
Esses compostos e nutrientes também são encontrados em formulações que auxiliam a ter mais foco e atenção para treinar diariamente e conquistar a motivação que faltava na sua rotina. Conheça algumas opções de suplementos.
BARBOZA EIRAS, S. et al. “R. Fatores de adesão e manutenção da prática de atividade física por parte de idosos”. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 2010.
GONÇALVES, Marina et al. Motivação à prática de atividades físicas: um estudo com praticantes não-atletas. Psico-usf (impresso).2010.
SPERANDEI, Sandro et al. “Adherence to physical activity in an unsupervised setting: Explanatory variables for high attrition rates among fitness center members.” Journal of science and medicine in sport. 2016.
Postado por Aline Soares em 21/maio/2024 - Sem Comentários
Coração acelerado, nervosismo e falta de foco podem ser sinais da ansiedade atravessando o seu dia. Saiba como lidar com ela e viver com mais calma e clareza mental.
Em um mundo repleto de demandas, encontrar maneiras eficazes de lidar com os sentimentos de inquietação e preocupação tornou-se essencial para preservar o bem-estar mental e emocional.
Por isso, perceber e controlar a ansiedade é tão importante para manter o equilíbrio da mente e do corpo.
Siga a leitura para compreender o que acontece quando estamos ansiosos, até quando a condição é considerada normal, além de técnicas e mudanças de comportamento que ajudam muito nesse sentido.
A ansiedade é uma emoção inerente à experiência humana e desempenha um papel importante na adaptação e na sobrevivência. Se sentir ansioso é uma reação natural do corpo relacionada à preocupação e ao medo, uma maneira de lidar com o desconhecido e preparar-se para enfrentar possíveis ameaças. Ou seja, é normal e comum sentir ansiedade.
Em níveis moderados, a ansiedade é útil e desempenha várias funções adaptativas e protetoras no corpo humano, incluindo:
Os níveis normais de ansiedade podem se manifestar como um leve sentimento de medo, apreensão ou insegurança, sensações sutis de tensão muscular e suor, e outros sinais que não prejudicam a vida do indivíduo.
Porém, quando se sentir ansioso se torna frequente, provavelmente, algo não está bem. A ansiedade e o medo são identificados como patológicos quando se apresentam de forma exagerada, grave e persistente para a situação apresentada, afetando a qualidade de vida, o bem-estar emocional ou a rotina do indivíduo.
Nesses casos, há uma sensação de perigo iminente e de medo, sem que haja uma ameaça verdadeira ou sem que essa ameaça seja proporcional à intensidade da emoção, podendo, ainda, se desdobrar em transtornos e fobias.
Como exemplo, o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é diagnosticado em adultos considerando ansiedade excessiva e preocupações com várias atividades ou eventos por pelo menos 6 meses, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5.
Por isso que, no caso de suspeita de um transtorno de ansiedade, o ideal é consultar um psiquiatra e/ou psicólogo para um melhor entendimento do diagnóstico e tratamento adequado.
A ansiedade pode surgir quando uma pessoa se sente tensa, com medo ou sob pressão. A respiração se torna ofegante, os batimentos cardíacos aceleram e o corpo fica em estado de alerta, como se precisasse fugir imediatamente.
Essa seria uma sensação herdada dos antepassados, que precisavam enfrentar perigos e agir imediatamente, como o ataque de um animal feroz, por exemplo.
Esse conceito foi proposto por Charles Darwin na obra “A expressão das emoções no homem e nos animais” (1872). Para ele, o valor adaptativo dessa emoção encontra-se no fato de a ansiedade ter uma função biológica a cumprir. Freud também concordava com essa suposição, mas acreditava ainda que a ansiedade auxilia também na detecção antecipada de novas ocorrências do estado de perigo.
Para entender melhor como a ansiedade afeta o corpo humano, é importante citar a amígdala, uma estrutura localizada na parte mais profunda do cérebro. É ela quem desempenha o papel de processar e interpretar os sinais sensoriais do ambiente, incluindo situações de perigo, sejam elas reais ou imaginárias.
Quando a amígdala percebe uma ameaça, ela desencadeia a liberação de neurotransmissores como cortisol, noradrenalina e adrenalina, levando o cérebro a iniciar uma resposta de defesa. A partir daí, o corpo se comporta como em uma situação de perigo iminente.
Essa reação é útil ao enfrentar um perigo real, pois permite uma rápida resposta do corpo, como, por exemplo, correr ao notar um assalto à sua frente.
No entanto, nos dias de hoje, as ameaças e perigos são mais raros que com os nossos antepassados e a ansiedade muitas vezes é desencadeada por fatores psicológicos. Essa ameaça imaginária deixa a pessoa tensa, paralisada e sem saber como agir.
Além disso, ela não termina após ter passado o perigo porque não é uma situação iminente de sobrevivência. Então, quando essas “ameaças” são constantes, podem resultar em diversos problemas de saúde.
Uma análise de estudos científicos sobre como a ansiedade afeta as pessoas mostrou que ela influencia muitas áreas da vida. Por exemplo, a condição pode impactar na capacidade de atenção, aprendizado e raciocínio, assim como o desempenho na escola ou no trabalho.
Fisicamente, ela também pode aumentar a pressão arterial, diminuir a capacidade de resistência à dor, aumentar os níveis de estresse e enfraquecer o sistema imunológico.
Também foi observado que a ansiedade está relacionada a problemas como depressão, consumo excessivo de álcool e dores de cabeça, a condições como psoríase e dermatite e a pensamentos negativos repetitivos após eventos estressantes.
Ainda, a ansiedade pode influenciar na recuperação de uma doença ou afetar os sintomas de doenças como diabetes ou pressão alta. Há evidências de que a saúde intestinal está associada aos níveis de ansiedade, chamado eixo microbiota-intestino-cérebro.
Seja pelas mudanças fisiológicas e hormonais ou por todos os desafios que podem surgir, a ansiedade na gravidez pode ser muito comum. E é natural que tantos acontecimentos ocorrendo na vida da gestante possam gerar medo, preocupação e incerteza. No entanto, é preciso prestar atenção na intensidade com que isso acontece e nas reações que esse sentimento provoca.
A pesquisa The influence of general anxiety and childbirth-specific anxiety on birth outcome descobriu que a ansiedade relacionada ao trabalho de parto pode influenciar na duração do trabalho de parto.
Reconhecer os sinais e sintomas é crucial para aprender como controlar a ansiedade, buscar ajuda e manejar essa condição de forma eficaz. Confira os principais deles:
Conviver com a ansiedade faz parte da condição humana, mas a forma de lidar com ela pode ser a chave para manter a homeostase corporal, o equilíbrio mental e minimizar os efeitos na rotina e na saúde.
Confira algumas estratégias para gerenciar a ansiedade considerada normal no dia a dia:
A respiração tende a se tornar mais rápida e superficial quando estamos estressados ou ansiosos. Isso ocorre porque, em momentos de tensão, o corpo demanda uma maior quantidade de oxigênio.
Respirar profundamente e de forma consciente ajuda a reduzir a atividade do sistema nervoso simpático (responsável pela resposta de “lutar ou fugir”) e promove a ativação do sistema nervoso parassimpático, que está associado ao relaxamento e à redução do estresse.
Para respirar de forma mais eficiente e profunda, experimente a respiração diafragmática, também conhecida como respiração abdominal, uma técnica que envolve o uso do diafragma, um músculo localizado abaixo dos pulmões. A respiração abdominal fornece aos pulmões uma quantidade de oxigênio maior do que a superficial, pois tem maior capacidade de “enchê-lo” de ar.
Inspire lentamente pelo nariz, enchendo o abdômen e expandindo-o, e depois expire suavemente pela boca. Uma dica útil é esvaziar completamente os pulmões antes de iniciar uma nova inspiração. Repetir esse processo de cinco a dez respirações abdominais por vez pode ajudar a reduzir a frequência cardíaca, a relaxar os músculos e a acalmar a mente.
Distensionar o corpo e acalmar a mente é uma estratégia valiosa de como controlar a ansiedade. Algumas técnicas de relaxamento ajudam a reduzir a tensão física e mental que acompanha a ansiedade, mas é sempre válido buscar e praticar as atividades mais prazerosas e que você mais se identifique.
Inspire-se nestas dicas:
A quantidade de demandas e compromissos que ocupam as agendas podem ser gatilhos para a ansiedade se manifestar. Por isso, ao identificar e dedicar tempo às tarefas mais importantes, podemos sentir um senso de controle e reduzir a sensação de sobrecarga.
Estabelecer metas realistas e dividir grandes objetivos em etapas menores também pode ajudar a tornar as responsabilidades mais gerenciáveis e obter aquela sensação de dever cumprido ao poder riscar uma tarefa da lista.
Estar no momento presente com consciência pode ser uma ótima estratégia para controlar a ansiedade. Ao praticar a atenção plena, a pessoa aprende a se concentrar no aqui e agora, em vez de se preocupar com o futuro ou remoer o passado.
Isso pode ajudar a interromper o ciclo de pensamentos ansiosos e a desenvolver uma maior capacidade de lidar com situações estressantes, ao permitir que a pessoa se envolva de forma consciente e deliberada com as experiências que surgem em sua vida cotidiana.
Manter o corpo em movimento é uma boa forma de controlar a ansiedade e melhorar a saúde. O exercício físico libera endorfinas, substâncias químicas naturais do corpo que atuam como analgésicos naturais e promovem uma sensação de bem-estar.
Além disso, atividades físicas ajudam a normalizar os níveis de cortisol, hormônio liberado em maior quantidade nas situações de estresse, o que pode contribuir para a diminuição da ansiedade.
Mesmo pequenas quantidades de exercício regular, como uma caminhada rápida algumas vezes por semana, podem ter um impacto significativo na sua saúde mental e no controle da ansiedade.
Um estudo experimental investigou os efeitos dos exercícios resistidos (treinamento de força) e aeróbio (bicicleta ergométrica) por 4 semanas no status e nos sintomas de transtornos de ansiedade diagnosticada em 48 adultos. Foi observado que os dois tipos de exercícios tiveram efeitos positivos sobre os sintomas de ansiedade.
Os prováveis mecanismos de ação são a melhora do funcionamento de algumas regiões cerebrais, como o hipocampo, e o aumento de algumas substâncias benéficas para o bom funcionamento neurológico, o que diminuiria os sintomas de ansiedade.
Além disso, o aumento de substâncias relacionadas ao bem-estar e os efeitos anti-inflamatórios do exercício físico também são elencados.
Uma excelente forma de controlar a ansiedade é descobrir atividades que promovam prazer e colocar atenção nelas. Ao dedicar tempo para elas, é possível distrair a mente dos pensamentos ansiosos e encontrar um espaço de relaxamento e diversão.
Seja praticando esportes, pintando, cozinhando, cuidando do jardim, escrevendo ou realizando qualquer outra atividade que desperte interesse, o importante é encontrar algo que “areje” a mente e proporcione um momento de escape do estresse do dia a dia.
Além de oferecer uma pausa necessária, os hobbies também podem ajudar a desenvolver novas habilidades, promover interações sociais positivas e aumentar a sensação de realização pessoal e bem-estar.
A revisão Nutrition and behavioral health disorders: depression and anxiety analisou evidências científicas e sugeriu que um padrão alimentar saudável e nutricionalmente adequado parece contribuir na prevenção e no tratamento adjuvante da ansiedade.
Os estudos indicam que uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura e carnes magras deve ser priorizada. Além disso, peixes ricos em ômega-3 e azeite de oliva trazem benefícios à saúde mental.
Incluir fontes de triptofano, como ovos, queijo brancos e aveia também pode ser interessante, pois esse nutriente está envolvido na produção de serotonina, hormônio importante para a sensação de bem-estar.
Em contrapartida, outros estudos sugerem que os efeitos inflamatórios da típica dieta ocidental, rica em calorias, açúcar e gordura saturada, pode prejudicar a saúde do cérebro e piorar sintomas de doenças psicológicas como ansiedade e depressão.
Algumas substâncias naturais e compostos bioativos encontrados em chás, alimentos e outras fontes nutricionais, como os suplementos, apresentam ação calmante e podem ajudar a controlar a ansiedade no dia a dia.
Siga a leitura para saber mais sobre os calmantes naturais e descubra opções que ajudam a promover o relaxamento e cultivar a calma.
LOPES A. B. et al. “Transtorno de ansiedade generalizada: uma revisão narrativa”, REAC. 2021.
NECHITA, Dan et al. “A review of the influence the anxiety exerts on human life.” Romanian journal of morphology and embryology = Revue roumaine de morphologie et embryologie. 2018.
CASTILLO, A. R. G., et al.. “Transtornos De Ansiedade”. Brazilian Journal of Psychiatry, Associação Brasileira de Psiquiatria. 2000
MARQUES, L. “Do I have anxiety or worry: What’s the difference?” Harvard health blog. 2020
FIRTH, Joseph et al. “Food and mood: how do diet and nutrition affect mental wellbeing?.” BMJ (Clinical research ed.). 2020.
LENHARDTK, Gabriela et al. Quando a ansiedade vira doença? Como tratar transtornos ansiosos sob a perspectiva cognitivo-comportamental. Aletheia. 2017.
BREHL, Anne-Kathrin et al. “A mechanistic model for individualised treatment of anxiety disorders based on predictive neural biomarkers.” Psychological medicine. 2020.
LIU, Wei-Zhu et al. “Identification of a prefrontal cortex-to-amygdala pathway for chronic stress-induced anxiety.” Nature communications. 2020.
LEBOUTHILLIER, Daniel M, et al. “The efficacy of aerobic exercise and resistance training as transdiagnostic interventions for anxiety-related disorders and constructs: A randomized controlled trial.” Journal of anxiety disorders. 2017.
Postado por Aline Soares em 15/maio/2024 -
Quem resiste a uma torta de limão? A base crocante, o recheio cremoso e a mistura do doce com o toque cítrico fazem dessa sobremesa a escolha perfeita para qualquer ocasião. Melhor ainda quando os ingredientes, além de realçar o sabor, agregam nutrientes importantes.
Continue a leitura e aprenda a preparar uma torta de limão nutritiva e geladinha!
Algumas substituições simples podem transformar sua torta de limão em uma opção mais leve e nutritiva. A farinha de coco, por exemplo, pode ser uma alternativa à farinha de trigo, pois oferece mais fibras e tem menor índice glicêmico, auxiliando na saciedade e no controle de açúcar no sangue.
Substituir o açúcar por adoçantes naturais reduz as calorias sem perder o sabor. No recheio, o iogurte grego combinado ao whey protein de baunilha traz cremosidade e nutrientes extras.
TEMPO DE PREPARO | 40 minutos |
RENDIMENTO | 6 fatias |
DIFICULDADE | Média |
PESO DA PORÇÃO | 100g (1 fatia) |
TABELA NUTRICIONAL (por porção): | VD (%) | ||
Valor energético (calorias) | 182,5 | kcal | 9 |
Carboidratos | 13,7 | g | 5 |
Proteínas | 8,2 | g | 11 |
Gorduras (lipídeos) | 14,5 | g | 26 |
Fibra alimentar | 3,4 | g | 14 |
Sódio | 64,2 | mg | 3 |
Tiamina (vitamina B1) | 1,0 | mg | 83 |
Riboflavina (vitamina B2) | 0,2 | mg | 20 |
Quer aprender outra receita de doce nutritivo e saboroso? Confira a torta de cookie saudável, mais uma opção de sobremesa para você ter sempre à mão em momentos especiais!
Postado por Aline Soares em 07/maio/2024 - Sem Comentários
Os calmantes naturais ajudam a nutrir a tranquilidade, o relaxamento, o bom humor e a clareza mental. Conheça algumas opções
Para viver em equilíbrio, é importante manejar o estresse e abrir espaço na agenda para a calma. Afinal, quando nos sentimos tranquilos, é comum ter a sensação dos pensamentos fluírem melhor, de se perceber bem e até mais feliz.
Alguns nutrientes ajudam o corpo e a mente a encontrar a calma no dia a dia. Quando aliados a outras práticas para cuidar da saúde mental, eles ajudam a relaxar e a lidar com momentos de ansiedade e que nos fazem perder a tranquilidade e o foco.
Saiba como os calmantes naturais agem no organismo, quais são os compostos e nutrientes com propriedades calmantes e quando eles podem contribuir com o seu bem-estar mental.
Os calmantes naturais são substâncias, geralmente de origem vegetal, que possuem propriedades relaxantes e ansiolíticas. São utilizados para aliviar o estresse, melhorar o humor e aumentar a sensação de calma e tranquilidade.
Alguns calmantes naturais têm a capacidade de impulsionar a atuação de neurotransmissores relacionados ao bem-estar, como a serotonina e a dopamina.
Vale lembrar que a serotonina desempenha um papel fundamental na regulação do humor, do sono e do apetite e a dopamina na sensação de prazer e de motivação. Os baixos níveis desses neurotransmissores estão associados a distúrbios de ansiedade e depressão. Portanto, ao aumentar os níveis de serotonina e dopamina no cérebro podemos reduzir os sintomas de ansiedade e promover uma sensação de calma e bem-estar.
Além de influenciar a produção de neurotransmissores, alguns calmantes naturais têm outros efeitos sobre o sistema nervoso, ajudando a reduzir a atividade neuronal relacionada ao estresse.
O estresse pode levar a uma hiperativação do sistema nervoso simpático, responsável por nos preparar para situações de perigo. Quando esse sistema é ativado, o coração bate mais rápido, a respiração acelera e os músculos ficam tensos.
Nesse sentido, os calmantes naturais podem ajudar a restaurar o equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático, sendo que esse último, ao contrário do simpático, ajuda a diminuir o ritmo do coração, regula a respiração e relaxa os músculos.
Um estudo intitulado “Herbal Medicine for Anxiety, Depression and Insomnia” revisou os mecanismos de ação de várias plantas medicinais no tratamento de ansiedade, depressão e insônia. Os pesquisadores identificaram que muitas dessas plantas exercem efeitos moduladores sobre o sistema nervoso, atuando em receptores específicos envolvidos na regulação do estresse.
Além dos mecanismos sobre o sistema nervoso, como a produção de neurotransmissores, alguns calmantes naturais exercem seus efeitos por meio de propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
O estresse crônico também está associado a um aumento da produção de radicais livres e à inflamação, condições que estão associadas com o desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão.
Portanto, substâncias com atividades antioxidante e anti-inflamatória podem ajudar a proteger o cérebro dos danos causados pelo estresse e promover a saúde mental.
Em geral, os calmantes naturais são considerados seguros quando usados de acordo com as instruções e doses recomendadas.
No entanto, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação, especialmente se você estiver grávida, amamentando ou tomando outros medicamentos.
Existem várias formas de consumir calmantes naturais, sendo as mais comuns por meio de chás, manipulados e suplementos.
Os suplementos de calmantes naturais são uma opção conveniente para quem prefere uma dosagem precisa e em concentrações que favorecem o aproveitamento da substância pelo organismo.
A Passiflora, também conhecida como flor do maracujá, é utilizada tradicionalmente para promover o relaxamento. No cérebro, os compostos ativos da passiflora, como os alcaloides e os flavonoides, interagem com os receptores de neurotransmissores.
Pesquisas indicam que a passiflora tem potencial para aliviar alguns sintomas de origem neuropsiquiátrica. A redução dos níveis de estresse, de insônia, de ansiedade e de comportamentos semelhantes aos da depressão são reportados pelos pesquisadores. Além disso, também já foram confirmados efeitos benéficos da passiflora na função da memória.
A valeriana é uma planta comumente utilizada para tratar insônia e ansiedade. Estudos mostram que o composto ácido valerênico interage com o GABA, um neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central.
Além de estimular a sua produção, extratos da raiz de valeriana também inibem a enzima responsável pela quebra do GABA, cujos efeitos refletem em relaxamento e diminuição da ansiedade.
Em um experimento feito com ratos, os resultados revelaram uma redução significativa no comportamento ansioso nos animais expostos ao extrato de valeriana ou ao ácido valerênico, em comparação com o grupo controle que recebeu etanol.
A Camomila é conhecida por suas propriedades relaxantes e sedativas, sendo comumente utilizada para promover o sono e aliviar a ansiedade. Mais de 300 compostos foram identificados na camomila, incluindo flavonoides e terpenos. Alguns desses compostos, como a apigenina, têm efeitos anti-inflamatórios, enquanto outros, como os ésteres nos óleos voláteis, têm propriedades sedativas e calmantes.
Diante disso, as associações da camomila com o bem-estar mental são o foco de diversas pesquisas. Entre elas, um estudo de 2020, publicado no Journal of Alternative and Complementary Medicine, descobriu que a suplementação de extrato de camomila por 8 semanas ajudou a reduzir a ansiedade e a depressão em pessoas que sofrem de Transtorno de Ansiedade Generalizada e depressão ao mesmo tempo.
O triptofano é um aminoácido essencial que atua como precursor da serotonina, neurotransmissor associado ao bem-estar, e da melatonina, o hormônio do sono.
Uma revisão sistemática descobriu que a ingestão de triptofano é útil para o humor e os sentimentos, e que vários relatos mostraram que o aminoácido reprime sentimentos negativos e aumenta os positivos em indivíduos saudáveis.
Pesquisas indicam que, devido às substâncias que produz e às suas diversas funções no organismo, o triptofano pode estar associado a uma variedade de condições de saúde, incluindo doenças do sistema nervoso central, autoimunes e relacionadas à saúde mental quando está em níveis baixos ou em desequilíbrio.
Quando está disponível na forma 5-HTP, apresenta a vantagem de ser utilizado principalmente pelo cérebro para produzir serotonina, consequentemente, apresentando maior efetividade em nível cerebral.
O açafrão é extraído dos estigmas das flores de Crocus sativus L. – fonte natural de safranal e crocina. Estudos realizados em animais indicam que o açafrão parece modular os níveis de neurotransmissores, como a serotonina.
Vários estudos analisaram as suas capacidades de reduzir a ansiedade e a depressão, incluindo um ensaio clínico randomizado publicado no Journal of Affective Disorders, duplo-cego e controlado por placebo que mostrou uma redução significativa nos scores de depressão e ansiedade em 40 indivíduos que receberam um antidepressivo combinado com crocina por 4 semanas, em comparação ao grupo controle (mesmo antidepressivo mais um placebo).
Em pesquisas mais recentes, resultados sugerem que o extrato de açafrão pode melhorar a duração e a qualidade do sono.
A ashwagandha é uma erva que tem sido utilizada na medicina oriental. Também conhecida como ginseng indiano, tem propriedades que ajudam a acalmar o cérebro, favorecer funções cognitivas e auxiliar na resposta ao estresse.
Os extratos de raiz e das folhas de exibiram notável atividade antiestresse e ansiolítica em estudos com animais e humanos, além de melhorar os sintomas de depressão e insônia, de acordo com revisões sobre o tema.
Os principais mecanismos elencados pelos pesquisadores envolvem a ação anti-inflamatória e antioxidante da WS, além da atividade serotoninérgica e dos efeitos sobre o receptor GABA.
O magnésio é um importante mineral e é encontrado de forma abundante no corpo. A literatura sugere que manter os níveis adequados de magnésio parece estar associado a menores riscos de depressão.
Ainda, existem achados interessantes da sua ação adjuvante ao tratamento da depressão, indicando que pacientes com diferentes níveis do quadro (de leve a severo) tiveram seus escores de sintomas reduzidos ou normalizados após o uso de 300mg de magnésio ao dia, por 8 semanas.
É um aminoácido com promissoras ações para controlar a ansiedade, aliviar o estresse, e melhorar o humor. Ainda, está associado a efeitos calmantes sem causar sonolência. Além disso, estudos mostram sua atuação a favor das funções cognitivas, como a atenção e a memória.
A teanina se destaca por não causar sonolência e pela sua ação rápida. Se você ainda não conhece as propriedades desse poderoso aminoácido com efeitos relaxantes e neuroprotetores, leia o artigo completo sobre a teanina.
Janda, Katarzyna et al. “Passiflora incarnata in Neuropsychiatric Disorders-A Systematic Review.” Nutrients, 2020.
Murphy, K et al. “Valeriana officinalis root extracts have potent anxiolytic effects in laboratory rats.” Phytomedicine : international journal of phytotherapy and phytopharmacology, 2010.
Dai, Yun-Lei et al. “Chamomile: A Review of Its Traditional Uses, Chemical Constituents, Pharmacological Activities and Quality Control Studies.” Molecules (Basel, Switzerland), 2022.
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Pachikian, Barbara D et al. “Effects of Saffron Extract on Sleep Quality: A Randomized Double-Blind Controlled Clinical Trial.” Nutrients, 2021.
Talaei, Ali et al. “Crocin, the main active saffron constituent, as an adjunctive treatment in major depressive disorder: a randomized, double-blind, placebo-controlled, pilot clinical trial.” Journal of affective disorders, 2015.
Amsterdam, Jay D et al. “Putative Antidepressant Effect of Chamomile (Matricaria chamomilla L.) Oral Extract in Subjects with Comorbid Generalized Anxiety Disorder and Depression.” Journal of alternative and complementary medicine, 2020.
Georgiadou, G et al. “Effects of the active constituents of Crocus Sativus L., crocins, in an animal model of obsessive-compulsive disorder.” Neuroscience letters, 2012.
CÚRCUMA E AÇAFRÃO Todo o potencial destas duas especiarias reconhecidas pela ciência. Revista Essentia, 14ª edição, 2019.
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