E eles seguem aumentando, afinal, cientistas e médicos seguem trabalhando para compreender a totalidade da complexa essencialidade da vitamina D dentro do corpo humano.
HISTÓRIA DA VITAMINA D
Inicialmente, quando foi descoberta, a vitamina D era indicada para a saúde dos ossos, prevenção e tratamento do raquitismo. Atualmente, estudos têm demonstrado implicações mais amplas em muitos sistemas do corpo.
Entre outras funções da vitamina D, ela auxilia o sistema imune através da prevenção de infecções e por sua função imunomoduladora; fortalece o sistema osteomuscular; atua na prevenção de doenças cardíacas; previne doenças degenerativas do sistema nervoso; age preventivamente em diversos cânceres.
VITAMINA D PELO MUNDO:
RECOMENDAÇÕES GOVERNAMENTAIS
As recomendações governamentais ainda são muito conservadoras quando comparadas aos resultados positivos de milhares de estudos científicos sobre a vitamina D, mas, aos poucos, se começa a perceber uma mudança de posicionamento. Na Europa e nos Estados Unidos, as agências regulatórias já estão revisando a recomendação de dosagem.
Nos EUA, a partir de 2016, um novo design de rótulo quanto às informações nutricionais começa a se efetuar, com sua total concretização no ano de 2019: outrora não exigida, agora a informação nutricional da vitamina D contida num alimento industrializado será obrigatória.
No Brasil, o movimento por doses maiores na suplementação de vitamina D ocorre por ora de maneira individual, através de profissionais de saúde que acompanham a evolução da ciência e organizações profissionais, como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
DOSAGEM RECOMENDADA DE VITAMINA D
No entanto, é preocupante que a grande camada populacional não receba essas informações atualizadas. Segundo a SBEM, 85% dos idosos da cidade de São Paulo (e 90% dos idosos institucionalizados) apresentam níveis inadequados de vitamina D. Na população de jovens saudáveis, o percentual é de 50%. O SUS fornece doses de 400 UI da vitamina, dose hoje considerada insuficiente para manter os níveis séricos adequados.
Os números afirmam que estamos pecando pela escassez ao invés de excesso em várias frentes quanto à dose de vitamina D. Alguns profissionais de saúde temem que a vitamina D em excesso (o que não é comum), por exemplo, provoque pedras nos rins.
Esse receio, à primeira vista, pode fazer sentido, pois a vitamina D está envolvida na absorção do cálcio de modo que poderia aumentar o risco de pedras nos rins. A teoria tem o que se chama de “validade aparente”, o que significa que soa bem. No entanto, dois estudos recentes descobriram exata-mente o oposto: quanto menor o nível de 25(OH)D, maior o risco de pedras nos rins.
A questão sobre o excesso de vitamina D precisa ser esclarecida: embora a grande maioria das pessoas que toma suplementos de D3 não apresente nenhum problema, a possibilidade do seu excesso pode acontecer se, de maneira errônea, alguém ingerir mais que 40.000 UI/dia por mais de dois meses consecutivos, ou uma imensa única dose.
O que vai incrivelmente além do recomendado: 2.000 UI a 5.000 UI/dia, seguidos de medição sanguínea para alcançar um nível sérico ideal de 50ng/ ml a 80ng/ml, ou pelo menos um nível considerado normal de 30ng/ml.
Como ocorre com qualquer substância, os excessos podem se tornar tóxicos, mas se descobriu que as doses de vitamina D para se tornarem tóxicas são muito maiores do que anteriormente se acreditava. Além disso, é possível um controle objetivo da dose através de um exame de sangue acessível em qualquer laboratório para fazer seus ajustes necessários.
Especialistas advertem que o exame de vitamina D deve ser incluído na lista de exames de rotina. A dosagem sanguínea é confiável para verificar suas necessidades e tem efeito preventivo tão importante quanto dosar o colesterol e a glicose.