Postado por admin em 10/jun/2016 -
A fim de perder peso de forma eficaz, é vital compreender a importância das calorias e como calcular a quantidade de calorias necessárias. Na perda de peso, sua dieta é 80 por cento responsável para alcançar os resultados desejados.
A maioria das pessoas está envolvida em diferentes programas de perda de peso com esperança de sucesso. Mas, você já parou para se perguntar o que é que ajuda as pessoas a perder peso em primeiro lugar? A resposta é simples: “as calorias que você consome em relação as que você gasta”. E para você ser capaz de calcular e eficazmente queimar as calorias, é necessário entendê-las.
Na nutrição, as calorias são definidas como a unidade de energia obtida a partir de alimentos e bebidas. As células do corpo precisam de calorias para funcionar normalmente e é por isso que é necessário garantir uma ingestão calórica diária. O que você precisa entender é que qualquer alimento que contém calorias possui o potencial de aumentar o seu consumo de energia. As pessoas que não entendem a importância das calorias, ou o seu papel no corpo, acabam ganhando ou perdendo mais peso do que pretendiam.
As calorias são responsáveis em prover o corpo energia para suas funções normais. No entanto, a ingestão de calorias é diretamente ligada ao consumo de energia. Isto significa que para você ser capaz de perder peso, o gasto de energia tem de ser maior do que a ingestão de calorias. Para ganhar peso, você precisa manter um consumo de energia maior do que o seu gasto (ou seja, comer um excesso calórico).
Existem três principais macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras. Para você ser capaz de calcular eficazmente a sua ingestão calórica diária, precisa se concentrar em entender a composição calórica de cada um desses macronutrientes. No entanto, nem todas as calorias são criadas iguais. Abaixo é o número de calorias por grama de cada macronutriente.
Calorias por 1 grama:
Proteína – 4
Carboidratos – 4
Gordura – 9
Álcool -7
Aqui é onde a maioria das pessoas se perde, desde que não sabem suficientemente sobre o seu consumo calórico para alcançar o seu objetivo de emagrecimento. Há três passos principais para determinar suas necessidades calóricas para a perda de peso.
Passo 1 | Calcule sua taxa metabólica basal (TMB)
Quando você está calculando a sua ingestão calórica recomendada para a perda de peso, precisa levar em consideração a sua idade, atividade física, altura e peso. Todas estas variáveis vão afetar o seu TMB.
Passo 2 | Determine o fator de atividade
Uma vez que você já descobriu o seu TMB, o próximo passo é multiplicá-lo com o número que corresponde com o seu nível de atividade por dia para determinar suas calorias de manutenção.
Nível de atividade:
Sedentária: Não fazer nada extenuante durante todo o dia. Não se exercitar: 1.2
Levemente ativo: Trabalha sentado e se exercita uma a três vezes por semana: 1.375
Moderado: Trabalha sentado e se exercita de três a cinco vezes por semana: 1,55
Ativo: Trabalha sentado e se exercita de seis a sete vezes por semana: 1.725
Muito ativo: Trabalho físico. Se exercita de seis a sete vezes por semana. 1.9
Mostrarei meus números:
TMB: 1.895 calorias (com base em 25 anos de idade, 182 centímetros de altura, 80kg, sexo masculino)
Nível de Atividade: 1.725
Ingestão calórica diária para manter o peso com o nível de atividade atual: 1.895 x 1.725 = 3.268 calorias
Uma vez que tenhamos descoberto a nossa ingestão calórica/dia de manutenção, nós simplesmente precisamos subtrair as calorias necessárias de nossa dieta para alcançar a meta de perda de peso.
Passo 3 | Quantas calorias subtrair?
Para queimar 454 gramas de gordura = 3.500 calorias. Portanto, diminuir 500 calorias diárias pode queimar 454 gramas de gordura em uma semana (500 x 7 = 3.500). Para queimar 1 quilo de gordura = cerca de 8.000 calorias.
Este método é igualmente eficaz se queremos ganhar músculo. Nós precisamos adicionar 500 calorias à nossa dieta para criar um excedente, o que nos permite construir músculos. Desta forma, a adição ou a dedução de calorias de nossas calorias de manutenção pode nos ajudar a ganhar massa muscular ou perder peso de forma mais eficaz.
Referências:
http://www.medicaldaily.com/weight-loss-physical-activity-healthy-diet-calories-basal-metabolic-rate-386605
Postado por admin em 07/jun/2016 -
O café tornou-se objeto de milhares de pesquisas nos últimos anos. Conhecido como um estimulante, ele tem também muitas outras propriedades graças aos seus poderosos compostos bioativos, como a cafeína e as substâncias antioxidantes.
Aqui estão alguns achados interessantes que relacionam os benefícios do café na saúde.
O café é uma mistura complexa, já que é caracterizado por conter, em uma única dose, mais de mil compostos químicos diferentes. Entre eles estão hidratos de carbono, lipídeos, compostos nitrogenados, vitaminas, minerais, alcaloides e substâncias bioativas. A maioria dos estudos sobre os efeitos do consumo do café na saúde ainda pede atenção.
Pesquisas também apontam os benefícios do café relacionados com a saúde humana. Alguns deles envolvem a prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças degenerativas e alguns tipos de câncer.
Prepare o seu cafezinho (preferencialmente sem açúcar) e vem conferir oito deles.
Um dos principais benefícios do café está associado com a cafeína, conhecida pelo efeito estimulante no Sistema Nervoso Central. Em estudo científico que a relacionou com o desempenho mental, foi identificado que os efeitos estimulantes da ingestão de cafeína acontecem entre 15 e 20 minutos depois, e têm duração de até quatro horas.
De acordo com uma publicação, a cafeína pode aumentar a capacidade de resistência do organismo e reduzir a percepção de esforço durante a atividade física. Além disso, há estudos que indicam que pode retardar a fadiga e diminuir a percepção de dor.
Antes do café ser torrado, moído e chegar na sua xícara, ele é um grão verde. No caso do extrato do café verde, pesquisas têm apontado algumas propriedades relevantes.
Os resultados mais significativos são os que mostram uma diminuição nos níveis de glicose do sangue e redução do peso e do Índice de Massa Corporal (IMC). Há estudos que afirmam que os resultados positivos nessas áreas estão relacionados ao ácido clorogênico, encontrados em maior quantidade no grão verde do que no torrado.
Outro efeito bastante conhecido do café é aquele “calorzinho” que sentimos após uma xícara. Isso se dá pelo aumento na liberação de noradrenalina e adrenalina causado pela cafeína. Essas substâncias estimulam o metabolismo energético, aumentando a geração de calor, ou termogênese, e favorecem mais um dos benefícios do café, direcionado para quem busca aumentar a queima de calorias.
Além da perda de peso, o extrato do grão de café verde tem sido apontado como um forte aliado na prevenção do diabetes tipo 2.
Foi evidenciado em estudos que os finlandeses, que são conhecidos por beberem grandes quantidades de café por dia, quase não apresentam índices de diabetes, assim como percentuais de risco de desenvolver a doença.
Pesquisadores acreditam que o ácido clorogênico é o responsável por isso. Com concentração muito maior no extrato do grão verde, essa substância é capaz de modular a ação de uma enzima responsável pela liberação da glicose na corrente sanguínea.
Outras pesquisas importantes são aquelas relacionadas a doenças cardiovasculares.
Em pesquisa feita nos Estados Unidos, por um período variado entre sete e oito anos, os pesquisadores acompanharam dois grupos, um de bebedores de café e o outro não.
A conclusão foi de que os pacientes que bebem café diariamente apontaram uma redução de 48% no risco de mortalidade depois de um ataque cardíaco. O principal efeito da bebida,
segundo os cientistas, é retardar a progressão da doença vascular.
Outra análise mostra um estudo feito por enfermeiras de um hospital norte-americano. Durante 24 anos foram acompanhadas pessoas que bebem e que não bebem café, e os resultados apontam uma diminuição de 43% no risco de um acidente vascular cerebral nos consumidores da bebida.
Alguns ensaios indicam uma possível atuação anticancerígena do café. O câncer de mama, por exemplo, teve índice de risco de 12% a 50% menor nas mulheres que bebem café com frequência (mais do que cinco xícaras de café por dia) na pós-menopausa.
Em mulheres pré-menopausa a chance de desenvolver a doença é ainda menor entre as que consomem a bebida, chegando a uma redução de 70% nos riscos.

Cada tipo de café tem suas características e benefícios. A maioria do café usado no mundo é da planta Coffea arabica, originária do Iêmen. Depois se estimulou o desenvolvimento de outra planta da mesma família que era menos suscetível a pragas e de mais fácil cultivo, a planta Coffea canephora ou robusta, originária da África. Como o próprio nome afirma, é um café mais robusto, forte, mais amargo e amadeirado, enquanto que o Coffea arabica é mais ácido e frutado. No entanto, o Coffea robusta é mais rico em cafeína (1,2 a 2,4 % comparado com 0,7 a 1,2% do arábico) e em ácido clorogênico (7 a 14% comparado a 3,5 a 7,3% do arábico).
Já o café arábica tem qualidade exemplar e é um dos cafés mais apreciados no mundo, fazendo parte da categoria de cafés gourmet. Ele contém um composto de elevada capacidade biológica, a trigonelina, N-metil betaína (em torno de 1%, enquanto o café robusta contém 0,7%). Dentre os seus potenciais, destacam-se as ações anticancerígena e antibacteriana.
O café verde nada mais é que o café robusta antes de ser torrado. A torrefação reduz em pelo menos 50% o ácido clorogênico do café, assim o café verde tem menos cafeína e mais ácido clorogênico, o principal antioxidante do café que tem vários efeitos saudáveis no corpo.
Além dos benefícios do café para a saúde, outro ponto positivo da bebida é que há muitas opções de consumi-la. Como exemplos, preparos de receitas culinárias, composição de suplementos que podem ainda combinar outros ingredientes ao café, como uma ótima opção para ser consumida no pré-treino ou para melhorar o foco e a atenção.
Saiba mais sobre os suplementos de café.
Postado por admin em 05/jun/2016 -
Infelizmente, o que podemos ver é que o percentual que sabe, e o que escolhe viver diferentemente, não são iguais. Evidências claras têm demonstrado os danos que alimentos processados e refinados fazem na saúde das pessoas.
Uma grande parte do problema na sociedade de hoje é que estamos nos tornando dependentes dos alimentos processados e do açúcar refinado. Quanto mais consumimos, mais nos viciamos. O xarope de milho, aditivos sintéticos e conservantes adicionam mais problemas e podem levar às doenças e inflamação, mas existem sintomas mais sutis que podem apontar a deficiência de nutrientes. Além da qualidade dos alimentos que obtemos hoje não ser tão boa como há muitos anos devido a uma diminuição da qualidade do solo, agora sofremos com más escolhas nutricionais, o que certamente agrava o problema.
1- Rachaduras nos cantos da boca – possível deficiência de ferro, zinco, vitaminas do complexo B, riboflavina, e B12. Considere a acelga, tahine, brócolis, pimentão vermelho, couve e couve-flor.
2 – Erupção cutânea vermelha e escamosa no rosto e perda de cabelo – possível deficiência de biotina e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). Considere o abacate, cogumelos, couve-flor, nozes, framboesas e bananas.
3 – Saliências parecidas com acnes vermelhas ou brancas no rosto, braços, coxas e bumbum – possível deficiência de ácidos graxos essenciais e vitaminas A e D. Considere os vegetais de folhas verdes, cenoura, batata-doce e pimentão vermelho.
4 – Formigamento e dormência nas mãos, pés, ou outro lugar do corpo – possível deficiência de vitaminas do complexo B, como ácido fólico, B6, e B12. Considere o espinafre, aspargo e beterraba.
5- Espasmos muscular fortes como pontadas nos pés, panturrilhas, arcos dos pés e parte de trás das pernas – possível deficiência de magnésio, cálcio e potássio. Considere as amêndoas, avelãs, abóbora, couve, espinafre, dentes de leão, brócolis, couve chinesa, e maçãs
A obtenção de suplementos de boa qualidade pode aumentar ainda mais o equilíbrio natural do seu corpo com vitaminas e minerais.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.healthy-holistic-living.com/body-signals-may-overlooked-sign-vitamin-deficiencies.html
Postado por admin em 04/jun/2016 -
O momento em que uma pessoa se alimenta pode ser tão importante quanto o que ela come. Um novo estudo do Instituto Weizmann de Ciência, Israel, e Instituto Max Planck de Biologia, Alemanha, que recentemente foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), sugere que as usinas de energia das células – as mitocôndrias – são altamente regulamentadas pelo relógio biológico, ou circadiano. Isto pode ajudar a explicar por que as pessoas que dormem e comem em desarmonia com seus relógios circadianos sofrem maior risco de desenvolver obesidade, diabetes e síndrome metabólica.
O Dr. Gad Asher do Departamento de Ciência Biomolecular do Instituto Weizmann, que liderou o estudo, explica que os relógios circadianos, encontrados em seres vivos – desde bactérias, moscas e seres humanos – controlam os ritmos de sono, atividade, alimentação e metabolismo. “Em certo sentido”, diz ele, “é como um calendário diário, dizendo ao corpo o que esperar, para que possa se preparar para o futuro e operar de forma otimizada”.
O Dr. Adi Neufeld-Cohen, do grupo de Asher, em colaboração com a Dra. Maria S. Robles e Professor Matthias Mann do Instituto Max Planck de Bioquímica, estudaram as mudanças circadianas nas mitocôndrias, que por criarem picos e depressões nos níveis de energia celular, também ajudariam a regular os seus ciclos diurnos e noturnos. O grupo identificou e quantificou centenas de proteínas mitocondriais, descobrindo que 40% elevam suas atividades agudamente uma vez por dia. Posterior investigação identificou as proteínas compondo o relógio circadiano mitocondrial que regula essas atividades. Surpreendentemente, a maioria das proteínas circadianas entraram em pico nas mitocôndrias após quatro horas do ciclo de luz do dia (em camundongos, que são ativos durante a noite).
Entre essas proteínas essenciais, os pesquisadores descobriram uma enzima chave que determina a taxa de utilização de açúcar para a produção de energia. Esta proteína atinge o seu valor máximo quatro horas depois do início do ciclo da luz do dia, sugerindo que a maior capacidade da mitocôndria de queimar açúcar seja em torno desse mesmo tempo. Para verificar, os pesquisadores deram açúcar às mitocôndrias e descobriram que em torno da quarta hora, a respiração e utilização de glicose estavam, de fato, mais elevadas. Também descobriram que a proteína responsável pela entrada de ácidos graxos dentro das mitocôndrias só entra em pico na décima-oitava hora e, novamente, os testes mostraram que o processamento de gordura era ótimo nesse mesmo horário. Em camundongos com uma mutação genética que interfere nos seus relógios biológicos gerais, os montantes dessas proteínas não se alteraram ao longo do dia, e a atividade de decomposição de gorduras e açúcares era sempre estável.
“Estes resultados suportam descobertas prévias em nosso laboratório quando se mostrou que, se os camundongos comem apenas à noite, quando estão ativos, em vez de ao longo do dia e da noite, eles consomem a mesma quantidade de calorias, mas os seus níveis de lipídios no fígado serão 50% menores”, explica Asher. “Em outras palavras, o resultado depende não só do que você come, mas também quando você come. Se pudermos ser mais conscientes sobre o momento de nossas atividades celulares, poderemos ser capazes de tirar proveito de vários nutrientes de forma mais saudável.”
Referências:
http://medicalxpress.com/news/2016-03-scientists-cells-power-timers.html
Postado por admin em 03/jun/2016 -
David Kadavy – um designer que virou autor e que atualmente escreve sobre a produtividade -, ao falar com o neurocientista John Kounios, escutou que, ao contrário da crença popular, o sono não é inerte. “O sono trabalha a mente”, afirmou Kounios.
O que Kounios está dizendo é que, embora o sono não seja o desprendimento total e completo como muitas pessoas pensam, ou melhor, queiram acreditar que seja, isto pode não ser tão ruim. Muitas pessoas bem sucedidas às vezes renunciam ao sono em favor da produtividade, mas Kounios insiste que durante o sono o cérebro está “consolidando a memória”, ou seja, está pegando informação armazenada e tornando-a mais disponível.
Esse tipo de fortalecimento da memória é crucial para a resolução de problemas durante as horas de vigília. Então, da próxima vez que você escolher o trabalho em vez do sono, lembre-se que a diferença entre os dois é menor do que você pensa.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.mydomaine.com/neuroscience-of-sleep-as-work
Postado por admin em 30/maio/2016 -
Uma das mais simples e seguras lições para ajudar os adolescentes a combater a obesidade pode estar em aumentar a sua consciência sobre o que estão comendo e se estão mesmo com fome. Um estudo piloto de 40 adolescentes em Richmond County, Georgia, mostrou que o treinamento da consciência sobre a alimentação baseado em mindfulness* incentivou adolescentes a comer saudavelmente e se exercitarem mais, marginalizando assim sua tendência de ganhar peso.
“Isso nos dá uma segura e acessível intervenção que poderia ser traduzida em um programa real para o dia a dia de crianças com excesso de peso”, disse o Dr. Vernon A. Barnes, fisiologista da Georgia Prevention Institute, da Faculdade de Medicina da Geórgia (Augusta University).
“Se você cria o hábito de se manter consciente no momento presente em cada refeição, isso pode beneficiá-lo por toda a sua vida”, continuou Barnes, autor do estudo publicado em International Journal of Complementary & Alternative Medicine.
Neste primeiro estudo, para analisar o impacto da abordagem mindfulness sobre a dieta, exercício e comportamento alimentar de adolescentes do nono ano de escolaridade (média, 14 a 15 anos) de 6 escolas de ensino médio, os alunos foram aleatoriamente designados para o grupo controle, que simplesmente continuaram com suas aulas de saúde normalmente, ou para o grupo intervenção que teve adicionado às suas rotinas várias sessões de mindfulness durante 12 semanas. A intervenção começou com técnicas mais fáceis, como a consciência da respiração, onde os alunos se concentravam sobre o movimento de seu diafragma como uma maneira de aprender a prestar mais atenção aos seus corpos. As doze sessões também incluíram o uso do chocolate para aumentar a consciência de sabor e saciedade, com a explicação de como as emoções podem provocar excessos, bem como o benefício do movimento mindfulness, incluindo o uso de pedômetros e caminhada meditativa.
A maioria dos adolescentes estava com sobrepeso e tinha maus hábitos alimentares. Cerca de 20% dos participantes de intervenção relataram que não estavam conscientes do fato de que comiam rápido demais ou que se sentiam desconfortáveis depois. Quase 60% relataram um problema de compulsão alimentar, que, infelizmente, a conscientização da alimentação com o uso de mindfulness não ajudou, afirmou Barnes.
O progresso, incluindo o que eles comeram, quantas vezes se exercitaram e se continuaram sentindo compulsão, foi avaliado no final da intervenção e, novamente, três meses depois.
A coautora do estudo, Dr. Jean L. Kristeller, psicóloga clínica e professora emérita da Universidade do Estado de Indiana, já havia adaptado a redução do estresse baseada em mindfulness em um programa de sensibilização alimentar onde consumidores adultos eram treinados para que pudessem melhor controlar seus hábitos alimentares. Mais tarde, ela e Barnes adaptaram esse programa de duas horas em uma sessão de 50 minutos que se encaixaria dentro do tempo escolar para indivíduos mais jovens.
Os adolescentes no grupo de intervenção se alimentaram e exercitaram melhor. A sua atividade física moderada aumentou 1,4 dias por semana, em comparação com os controles que apresentaram diminuídas as suas atividades durante o período de estudo em cerca de meio dia por semana. Durante mais de seis meses, os participantes do grupo intervenção aumentaram de 2,9 a 3,6 e 4,3 dias de atividades semanais, atividades essas vigorosas o suficiente para fazê-los respirarem com dificuldade e/ou suarem. O grupo controle, de 3 dias semanais de atividades vigorosas, passaram para cerca de 2 dias.
Os adolescentes do grupo de intervenção apresentaram uma ligeira tendência de queda de peso. A perda de peso, ou mesmo a manutenção de um peso constante, é difícil entre os adolescentes, que normalmente experimentam vários surtos de crescimento e puberdade, disse Barnes. “Pelo menos para este grupo, fomos capazes de mantê-los em equilíbrio durante alguns meses”.
Enquanto o grupo de intervenção percebeu uma diminuição da ‘fome’ e consumiu uma dieta saudável – menos gordura e calorias – muitos integrantes também continuaram apresentando um comportamento de compulsão alimentar periódico, de leve a moderado.
* N. da T.: ‘Mindfulness’ é um termo que designa a técnica que auxilia o indivíduo a colocar atenção plena (observação consciente) na experiência e vivência do momento presente.
Referências:
http://www.psypost.org/2016/04/mindfulness-based-eating-awareness-helps-adolescents-eat-healthier-foods-active-42086
Postado por admin em 29/maio/2016 -
David Perlmutter, renomado neurologista americano e autor de vários livros, incluindo o bestseller Grain Brain, e membro do American College of Nutrition, compartilha a opinião de que o papel da nutrição na saúde do cérebro é essencial. Em seus livros, Perlmutter avalia que a doença de Alzheimer é evitável e que os principais vilões são os carboidratos e o açúcar consumidos ao longo da vida, destacando ainda que a sensibilidade ao glúten, proteína encontrada nos cereais que afeta o intestino, está envolvida nas doenças crônicas, incluindo as que afetam o cérebro devido à influência exercida no sistema imunológico.13
A glicemia de jejum e o marcador de açúcar no sangue de longo prazo chamado hemoglobina glicosilada são preditores da doença de Alzheimer, explica Perlmutter. Existe uma correlação muito direta entre maiores níveis de açúcar no sangue e a doença, ou seja, quanto mais açúcar no sangue, maior o risco de encolhimento do centro da memória, marca principal da doença, e a velocidade com que o cérebro diminui de volume está correlacionada à hemoglobina glicosilada (exame de controle da diabetes). A notícia boa é que esses fatores são perfeitamente controláveis através de mudança alimentar – controlando-se a quantidade de carboidratos, de calorias (da quantidade total ingerida) e aumentando o consumo de gorduras saudáveis – e da prática de exercícios físicos. A neuroplasticidade cerebral é importante, fazendo com que a regeneração cerebral seja uma realidade. Manter os níveis de açúcar controlados permite a redução da ação dos genes que expressam inflamação, aumentando a produção de antioxidantes, e, através da neurogênese, permite a regeneração das células do centro da memória e promoção da conectividade.
Recentemente, o anúncio de que a doença de Alzheimer possa ser o estágio final no cérebro do diabetes tipo 2, surpreendeu a todos. Na verdade, médicos e cientistas já estavam investigando essa hipótese há alguns anos. Em 2005, a doença de Alzheimer foi inicialmente denominada de “diabetes tipo 3”. A resistência à insulina (necessidade de quantidades cada vez maiores de insulina para manter o nível normal de açúcar no sangue), marca registrada do diabetes tipo 2, também pode levar a problemas cognitivos como perda de memória e confusão mental. Estudo realizado pelo grupo de pesquisadores liderados pela Dra. Susanne de La Monte, da Universidade Brown, dos Estados Unidos, identificou uma razão pela qual as pessoas com diabetes tipo 2 apresentam maior risco em desenvolver a doença de Alzheimer: o hipocampo, responsável pela aprendizagem e memória, parece ser insensível à insulina, o que leva a crer que o cérebro também pode ser diabético assim como o fígado, os músculos e as células de gordura. A sugestão de que a doença de Alzheimer possa ser causada por uma espécie de “diabetes do cérebro” conduz a interpretação de que problemas de memória que muitas vezes acompanham o diabetes tipo 2 sejam de fato o estágio inicial do Alzheimer e não um mero declínio cognitivo. Recebendo uma dieta elaborada para induzir ao diabetes tipo 2, os ratos estudados tiveram seus cérebros preenchidos com placas insolúveis da proteína beta-amiloide, uma das marcas registradas do Alzheimer. A novidade é que, talvez não sejam as placas em si que causem os sintomas da doença, e sim seus precursores chamados oligômeros. Dessa forma, as placas seriam a maneira do cérebro em tentar isolar os oligômeros tóxicos, ou seja, seria uma defesa e não a real causa da doença. Os testes em ratos mostraram que, os que foram alimentados com dieta rica em açúcar, para induzir-lhes ao diabetes tipo 2, tiveram memória mais fraca do que os outros.14
Acompanhando o progresso do envelhecimento de mais de 15 mil adultos de meia-idade durante 26 anos, com avaliações da função cognitiva periódica de três em três anos, concluiu-se que houve um declínio das funções cognitivas de 19% a mais do que o normal já esperado em participantes com diabetes mal controlado, e quedas menores em participantes com diabetes controlado e pré-diabetes. O desenrolar do estudo ressalta a importância da combinação de controle de peso através de dieta e prática de exercícios para que o diabetes seja prevenido. “Se nós podemos fazer um trabalho melhor, na prevenção e controle do diabetes, podemos amenizar a progressão para demência de muitas pessoas”, diz Selvin,1 uma das autoras do estudo “Diabetes in Midlife Linked to Significant Cognitive Decline 20 Years Later”.1
Outro estudo que avaliou essa relação entre diabetes e demência, comandado pelo Dr. Nick Bryan, professor de radiologia da Universidade de Perleman – Escola de Medicina da Pensilvânia, na Filadélfia, utilizou exame de ressonância magnética de imagem e observou o cérebro de 614 pessoas com diabetes tipo 2 há pelo menos 10 anos. Notou-se um encolhimento do cérebro que, segundo Bryan, pode estar relacionado com a forma como o açúcar é utilizado no cérebro. A maior parte da perda de volume cerebral ocorreu na matéria cinzenta, além de áreas envolvidas no controle muscular, visão, audição, memória, emoções, fala, tomada de decisão e autocontrole. O estudo em questão não prova que o diabetes tipo 2 seja a causa da atrofia do cérebro, apenas encontra uma relação entre a doença e, a maior e mais rápida perda de volume cerebral. Segundo os pesquisadores, pode haver duas maneiras de o diabetes afetar o cérebro: danos aos vasos sanguíneos e degeneração das células cerebrais.15
De acordo com a Associação Americana de Diabetes, quase 26 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm diabetes tipo 2. O Dr. Souhel Najjar, diretor de neurociência e acidente vascular cerebral no Hospital Universitário de Staten Island, em Nova York salienta: “Dado o crescente problema de saúde pública de diabetes tipo 2, os resultados desta pesquisa são muito importantes, pois ligar diabetes diretamente à atrofia do cérebro ressalta a importância da prevenção primária e tratamento precoce da doença na redução da demência, particularmente na população mais idosa”.15
Referências:
1- Andreea M. Rawlings, A. Richey Sharrett, Andrea L.C. Schneider, Josef Coresh, Marilyn Albert, David Couper, Michael Griswold, Rebecca F. Gottesman, Lynne E. Wagenknecht, B. Gwen Windham, Elizabeth Selvin. Diabetes in Midlife Linked to Significant Cognitive Decline 20 Years Later. Ann Intern Med. 2014;161(11):785-793.
14- de la Monte, S. M. Alzheimer’s Disease Is Type 3 Diabetes—Evidence Reviewed. Journal of Diabetes Science and Technology. 2008 November.
15- R. Nick Bryan, Michel Bilello, Christos Davatzikos, Ronald M. Lazar, Anne Murray, Karen Horowitz, James Lovato, Michael E. Miller, Jeff Williamson, Lenore J. Launer. Effect of Diabetes on Brain Structure: The Action to Control Cardiovascular Risk in Diabetes MR Imaging Baseline Data. Radiology. July 2014 Volume 272, Issue 1
Postado por admin em 29/maio/2016 -
Além de ser pouco atraente, a gordura localizada na barriga também tem efeitos prejudiciais sobre a saúde geral devido a sua natureza inflamatória. Essa adiposidade visceral tem sido associada a taxas mais elevadas de risco cardiometabólico que outros tipos de adiposidade. Um estudo piloto, recente, recrutou um total de 20 mulheres obesas com idades entre 18 e 40 para testar a eficácia da suplementação do aminoácido arginina como tratamento da gordura abdominal. Foram administrados três gramas de L-arginina, três vezes por dia, durante 12 semanas, bem como também foi feito aconselhamento sobre mudança de estilo de vida. As participantes toleraram bem a suplementação de arginina não apresentando efeitos secundários nocivos e a circunferência abdominal diminuiu de 115,6 para 109,2 cm (p = .0004) e o peso reduziu de 98,6 para 95,7 em 12 semanas (p = .015). Também foram observadas reduções significativas da linha de base no índice de massa corporal (IMC) e relação entre a circunferência abdominal e o quadril (RCQ). O estudo concluiu poder ser efetivo o uso da arginina para a redução da gordura abdominal.
Comentário do Editor: O aumento da liberação do Hormônio de Crescimento (que é lipolítico, queimando mais a gordura abdominal), produção de óxido nítrico e síntese de novas mitocôndrias no tecido gorduroso são alguns dos motivos pelo qual se compreende este fantástico efeito “queimador” de gordura abdominal que a arginina tem.
Referências:
Revista Essentia 7 – In The News
Ryan T. Hurt, Jon O. Ebbert, Darrell R. Schroeder, et al. L-Arginine for the Treatment of Centrally Obese Subjects: A Pilot Study. Journal of Dietary Supplements, March 2014, Vol. 11, No. 1 : Pages 40-52.
Postado por admin em 24/maio/2016 -
Sabemos sobre os básicos passos para manter um cérebro jovem e saudável: ter uma dieta balanceada, praticar exercícios e ter uma boa noite de sono. Somado a isso, a saúde cerebral também pode ser influenciada por uma fonte inesperada: o intestino, nosso segundo cérebro.
O intestino é chamado de “segundo cérebro” porque nele existem cerca de 500 milhões de neurônios, mais de 30 neurotransmissores e bactérias que podem ajudar a moldar a nossa estrutura cerebral, possivelmente, influenciar o nosso humor, comportamento e saúde mental, tal como a probabilidade de desenvolver a doença de Alzheimer.
Entenda como funciona essa incrível conexão entre os órgãos e os motivos que fazem do intestino o segundo cérebro.
Talvez você não saiba, mas o intestino é um órgão que atua com uma certa independência no seu funcionamento. Isso porque ele não precisa do cérebro para dar comandos nas suas atividades. Ele conta com a ação de neurônios que integram o sistema digestivo e que formam a sua própria rede nervosa, chamada de sistema nervoso entérico (SNE), a qual atua nos órgãos relacionados às atividades gastrointestinais e está presente no tecido que reveste o sistema digestivo.
Mas, por mais que apresente atuação independente, o sistema nervoso do intestino se comunica constantemente com o sistema nervoso central, responsável por receber e processar informações, formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados no crânio e coluna, respectivamente.
É no intestino que acontece a produção de neurotransmissores e hormônios importantes para o funcionamento do nosso corpo e que são fundamentais para a sensação de saciedade, bem-estar e felicidade.
Para contextualizar, um exemplo é a serotonina, que tem 90% da sua produção feita pelo intestino. A serotonina é um neurotransmissor produzido a partir do triptofano, aminoácido que está associado à regulação do sono, do humor, da cognição e até mesmo, da temperatura corporal. Além disso, é importante para o movimento involuntário do intestino que conduz o bolo alimentar no processo de digestão.
O intestino se comunica com o cérebro através do nervo vago – um nervo craniano que se estende a partir do tronco cerebral até o abdômen, através do coração, esôfago e pulmão – conhecido como o eixo intestino-cérebro. Sequencialmente, as fibras no nervo vago transportam informação do intestino para o cérebro. Essa comunicação acontece através de moléculas que são produzidas por bactérias intestinais que, em seguida, entram na corrente sanguínea. Logo, o sangue libera compostos neuroativos e hormônios que vão para o cérebro.
Quando pensamos em órgãos que estão expostos aos fatores externos e que apresentam atividades “sensitivas”, logo lembramos da pele, por exemplo. A verdade é que o intestino, por mais que esteja protegido dentro do nosso corpo, tem funções que ajudam a detectar adversidades e a preparar o cérebro e, consequentemente, o organismo para responder a elas.
Uma pesquisa evidenciou que os neurônios do intestino são capazes de ativar as células do sistema imune em situações de “perigo” e avisam o cérebro. Para ilustrar, o alerta pode acontecer diante de bactérias maléficas presentes em alimentos ingeridos. Assim, os neurônios intestinais ativam os macrófagos (células de defesa) sobre a presença de possíveis causadores de doenças.
Resumidamente, os neurônios do intestino potencializam a ação das respostas imunológicas.
O caminho inverso também acontece, ou seja, o cérebro também ocasiona reações no processo gastrointestinal. Quem nunca sentiu o famoso “frio na barriga” diante de momentos de nervosismo ou ansiedade? Ou a “água na boca” ao sentir o cheiro de uma comida apetitosa?
Tudo indica que as sensações e pensamentos também influenciam o sistema digestivo, ocasionando a produção de hormônios, de secreções e de respostas imunológicas. Assim, reforça a importância e dá este significado ao intestino: segundo cérebro.
A microbiota intestinal também tem uma atuação importante para o funcionamento do organismo, e influencia em sistemas que são fundamentais para manter o corpo saudável, como a imunidade.
Em estudos, o desequilíbrio entre bactérias intestinais, conhecido como “disbiose”, tem sido associado a um número de distúrbios psiquiátricos e neurológicos, tais como o autismo, a ansiedade, a depressão e o estresse. Esse desequilíbrio pode mesmo desempenhar um papel em doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson.
Diante das evidências, o desconforto estomacal ou intestinal pode ser a causa ou consequência de quadros de ansiedade, estresse e depressão, estando potencialmente relacionado com estados pró-inflamatórios induzidos pelo desequilíbrio das bactérias.
Há pesquisas que sugerem que manipular as bactérias do intestino pode, de alguma forma, produzir comportamentos relacionados com a ansiedade e depressão. Um estudo de 2013 encontrou que a substituição de bactérias intestinais de camundongos ansiosos por bactérias de camundongos que não sentiam medo levou os animais ansiosos a tornarem-se mais sociáveis e, assim, menos ansiosos.
Sequencialmente, testaram o sentido inverso e comprovaram a mudança comportamental através da alteração da população de bactérias no intestino – mudando a dieta ou usando antibióticos.
Existem várias implicações desta conexão que reforçam a ideia de que o intestino é um segundo cérebro, tais como a possibilidade tanto da prevenção quanto do tratamento de distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos através da saúde intestinal.
Uma outra conexão incrível do intestino está relacionada com os nossos genes. Para começar essa conversa, saiba que a parede intestinal é reparada e reconstruída pelo nosso corpo diante das informações colhidas pelos genes, e isso acontece de forma automática, a cada 7 dias, mais precisamente. Essas informações repassadas ocorrem através de uma alimentação adequada e oferecimento de nutrientes ideais para o intestino.
Dessa forma, os genes, automaticamente, seguem um padrão: se a alimentação é rica e equilibrada, os genes entendem ser possível manter o intestino saudável. Contudo, se é oferecida uma dieta inadequada, somada a níveis de estresse e má qualidade de vida, eles se confundem e entendem que os nutrientes para a reconstrução da barreira intestinal não estão atendendo a necessidade. Assim, apresentam como resposta uma parede intestinal mais fraca e permeável.
Por mais que o corpo possa se regenerar sozinho, se ele não receber boas fontes nutricionais para reconstruir a barreira do intestino, o órgão fica exposto a doenças autoimunes, aumento de gordura corporal, inflamação, desequilíbrios hormonais, disbiose, ansiedade e, consequentemente, mau-humor, mal-estar, cansaço e fadiga.
Por fim, você concorda que a relação “intestino: segundo cérebro” é surpreendente e precisa ser reconhecida, não é mesmo? Além da importante atuação apresentada aqui, vale lembrar de todas as atividades intestinais e como o órgão atua na absorção dos nutrientes.
Para isso, temos um conteúdo para você conhecer mais acerca da incrível função do intestino. Siga com a leitura!
Referências:
http://www.medicaldaily.com/food-thought-gut-bacteria-mood-behavior-379915
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