Padrão alimentar saudável reduz o risco de doenças crônicas

Postado por admin em 23/abr/2017 -

Geralmente, seguir uma dieta e padrões de estilo de vida saudáveis reduz o risco de aparecimento de diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana. Recentemente, um novo estudo sobre mulheres americanas forneceu fortes evidências de que a adoção de padrões alimentares saudáveis reduz o aparecimento de doenças cardiometabólicas e endócrinas.

A maioria das doenças crônicas que persistem por períodos mais longos são comumente associadas com deficiência grave de saúde e causam mortalidade global. Essas doenças incluem doenças cardiovasculares (doença cardíaca e acidente vascular cerebral), doenças respiratórias crônicas e doenças endócrinas (diabetes). Os múltiplos mecanismos biológicos responsáveis pela patologia das doenças crônicas envolvem as vias inflamatórias, cardiometabólicas e endócrinas. Portanto, é importante tomar as medidas necessárias para a sua gestão, bem como melhorar as condições de saúde desses pacientes. No entanto, poucos estudos revelaram uma relação entre padrões alimentares saudáveis e doenças dos sistemas cardiometabólico e endócrino. A fim de estabelecer uma avaliação abrangente da associação entre os padrões dietéticos e doenças crônicas, um estudo foi realizado por pesquisadores do Departamento de Nutrição da Harvard, EUA, e os principais resultados foram publicados no American Journal of Clinical Nutrition, 2016.

Um estudo transversal foi conduzido em 775 mulheres saudáveis dos EUA no Estudo de Validação do Estilo de Vida de Mulheres (Women’s Lifestyle Validation Study), que incluiu dois grupos: NHS (Nurses Health Study) e NHS II para compreender a influência da dieta sobre as doenças crônicas. Os pesquisadores consideraram três métodos dietéticos saudáveis [a abordagem dietética para parar a hipertensão (DASH), a dieta mediterrânea alternativa (aMED), e o Índice Alternativo de Alimentação Saudável (aHEI)] para estabelecer a associação de biomarcadores plasmáticos cardiometabólico e endócrino que não foram influenciados por quaisquer fatores relacionados ao comportamento ou à saúde. Os biomarcadores considerados para o estudo incluíram a pró-insulina, peptídeo C, insulina, proteína 3 de ligação ao fator de crescimento do tipo insulina (IGFBP-3), fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1), adiponectina, leptina, receptor solúvel de leptina (sR), colesterol total, colesterol HDL, triglicerídeos, folato e globulina de ligação ao hormônio sexual (SHBG).

Em primeiro lugar, o escore dietético revelou que a DASH apresentou maior aderência com altas concentrações de HDL (9%) e SHBG (21%), enquanto que a leptina (28%), triglicerídeos (19%) e C-peptídeo (4%) estavam em menores concentrações. Em segundo lugar, o padrão aMED mostrou associação com SHBG (19%) em maior concentração e triglicerídeos (16%) em menor concentração. Por fim, o padrão aHEI foi significativo em maiores concentrações de insulina (16%) e SHBG (19%) e menores concentrações de leptina (18%).

Curiosamente, essas associações persistiram mesmo após o ajuste do índice de massa corpórea (IMC), indicando que algumas dessas associações podem ser influenciadas pelo peso corporal. Portanto, o estudo de três padrões alimentares saudáveis representa uma associação com vários biomarcadores cardiometabólicos e endócrinos.

Em resumo, a adesão a padrões alimentares saudáveis tem significativo impacto positivo no aparecimento de doenças crônicas relacionadas a atividades cardiometabólicas e endócrinas. Além disso, melhorias no desenho do estudo, generalização de resultados para outras populações em vez de caucasianas e medições múltiplas das concentrações plasmáticas dos biomarcadores teriam reforçado ainda mais o impacto-chave dos padrões alimentares saudáveis nas doenças crônicas.

 

Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.medicalnewsbulletin.com/healthy-dietary-pattern-reduces-risk-chronic-diseases/

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

Esqueça o seu celular enquanto treina

Postado por admin em 22/abr/2017 -

Falar ou enviar mensagens de texto em seu celular pode causar problemas durante o exercício, dizem pesquisadores.

Em dois estudos, eles descobriram que falar no celular ou mandar mensagens de texto durante um treino reduz a intensidade de sua sessão de exercício. Mais importante, a equipe do estudo observou que o uso do celular afeta o equilíbrio, o que pode aumentar o risco de lesões.

“Se você está falando ou escrevendo mensagens em seu telefone durante o treino, sua atenção fica dividida entre as duas tarefas, o que pode perturbar a sua estabilidade postural e, como consequência, pode predispor a outros riscos inerentes, tais como quedas e lesões musculoesqueléticas”, disse o autor do estudo, Michael Rebold, professor assistente de ciência do exercício integrativo no Hiram College, em Ohio, em um comunicado de imprensa.

Especificamente, as mensagens de texto reduziram a estabilidade postural em 45%. Somente o ato de falar ao celular reduziu a estabilidade postural em 19%.

Mas, se você quiser aumentar o nível de seu treino com algumas músicas, vá em frente. Usar o celular para ouvir música não mostrou efeito significativo sobre a estabilidade postural durante um treino, de acordo com o estudo que teve a participação de 45 estudantes universitários.

Os estudos sobre os efeitos do uso do telefone celular durante os treinos foram publicados nas revistas Computers in Human Behavior and Performance Enhancement & Health.

Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://consumer.healthday.com/health-technology-information-18/cellphone-health-news-729/working-out-don-t-bring-your-cellphone-718732.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=20170119&utm_term=718732

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

Como lidar com a TPM

Postado por admin em 17/abr/2017 -

A TPM surge em um momento do mês no qual muitas mulheres percebem mudanças físicas, oscilações emocionais e outros sintomas que podem ser amenizados com hábitos saudáveis e os nutrientes certos!

A saúde da mulher e como ela se sente são acompanhadas pelos ciclos que acontecem naturalmente. 

Durante o período menstrual – tempo entre a menarca e a menopausa –, muitas mulheres sentem os efeitos da tensão pré-menstrual, a famosa TPM. Contudo, a adoção de hábitos saudáveis e a nutrição adequada podem amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida durante essa fase do ciclo menstrual. 

Neste post, saiba como lidar com a TPM e como viver essa fase com bem-estar e equilíbrio.

O que é a TPM

A tensão pré-menstrual (TPM) é um conjunto de sintomas físicos, cognitivos ou afetivos que surgem na fase lútea tardia (ou seja, após a ovulação). Ela pode durar de 10 a 15 dias e apresentar sintomas que variam de leves a graves e incapacitantes, dependendo de cada mulher. Passada essa fase, com o surgimento da menstruação, os sintomas tendem a desaparecer. 

 

A mulher que apresenta os sintomas da TPM não está sozinha: a condição atinge uma boa parte do público feminino, prejudicando a rotina e a qualidade de vida. Dados do Ministério da Saúde mostram que até 70% das mulheres em idade reprodutiva podem apresentar sintomas de TPM. 

Além disso, cerca de 40% dessas apresenta a forma moderada da síndrome, a mais comum. Já em outros países, como os Estados Unidos, a prevalência de TPM com sofrimento clinicamente significativo tem prevalência de 18%, enquanto na Índia as estimativas chegam a 43%.

TPM X SPM

Vale lembrar que o conceito TPM já existe desde a década de 30, mas, com novos estudos e adicional de sintomas, o termo passou a ser definido, já na década de 1950, como síndrome pré-menstrual (SPM). 

O primeiro termo continua mais popular e de fácil aceitação pela maioria das pessoas, mas independentemente de como é chamada essa condição, saber como lidar com a TPM continua sendo um desafio para muitas mulheres.

Quais os sintomas da TPM

Você sabia que existem mais de 200 sintomas relatados como ocorrentes no período pré-menstrual? E eles podem ser tanto físicos quanto psicológicos. Confira os principais.

Sintomas físicos da TPM

  • dor nas mamas;
  • dor de cabeça;
  • cansaço;
  • dor nas costas; 
  • dor lombar e nos membros inferiores. 

Alterações no peso

É comum que as mulheres se percebam mais inchadas e até com aumento do peso durante a TPM. Normalmente, é esperada uma alteração em até dois quilos por diminuição da diurese (produção de urina pelo rim) e retenção de líquido. A volta ao peso normal acontece após a menstruação.

Sintomas psicológicos

Quando não há fecundação, as concentrações de progesterona e de estrogênio (hormônios predominantemente femininos) despencam e ocorre o surgimento da menstruação, dando início a um novo ciclo. Essas oscilações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual também podem influenciar nos sintomas psicológicos da TPM. Os mais comuns são:

  • instabilidade emocional; 
  • irritabilidade ou sensibilidade excessiva;
  • maior desejo por doces e alimentos calóricos. 

Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)

 

Nas últimas décadas, os esforços para estabelecer padrões mais definidos de sintomas pré-menstruais graves deram origem ao termo adicional transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), estabelecido pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da American Psychiatric Association (APA).

Para atender aos critérios para um diagnóstico de TDPM, a APA estipula alguns critérios, por exemplo: na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem estar presentes na semana anterior à menstruação, associados a sofrimento clinicamente significativo ou interferência nas atividades da vida diária da mulher, impactando no ambiente de trabalho e nos relacionamentos. Ainda de acordo com a APA, a prevalência de TDPM varia entre 1,8 e 5,8% das mulheres em idade fértil no mundo. 

O que causa a TPM

Para saber como lidar com a TPM, é interessante entender primeiro o que leva a essa condição. As causas não são definidas, mas diversas teorias têm sido propostas para explicar por que a maioria das mulheres sofre com os sintomas. 

A teoria atual mais aceita diz que há uma tendência a relacioná-la com alterações hormonais. É que nessa fase há o declínio da progesterona e dos estrogênios, o que parece estar relacionado a uma diminuição na produção da serotonina, um neurotransmissor produzido a partir do aminoácido triptofano e que é responsável pela regulação do humor, sono e apetite. 

A TPM faz parte do universo feminino

Nesse contexto, é interessante destacar que ter TPM é algo biológico para a maioria das mulheres. Quer dizer, as alterações naturais que acontecem durante o seu ciclo fazem parte do funcionamento do organismo da mulher. 

Por isso, é importante que as mulheres tenham um olhar generoso para si, percebam como se sentem nessa fase e aproveitem as alternativas que podem ajudar a lidar com os sintomas da TPM e a promover bem-estar.

Nutrição adequada durante a TPM

Muitas pessoas não relacionam, mas a nutrição pode influenciar na ocorrência e intensidade dos sintomas da tensão pré-menstrual. Uma alimentação adequada é essencial para melhorar a qualidade de vida nesse período e ajudar a saber como lidar com a TPM. 

Confira quais nutrientes podem ser aliados na redução dos sintomas nessa fase.

Magnésio

O magnésio é um dos minerais mais abundantes no organismo e participa de mais de 300 reações bioquímicas, sendo um dos nutrientes mais importantes para a saúde e bem-estar. 

De acordo com um estudo de revisão, a deficiência de magnésio pode desempenhar um papel importante em diversas condições clínicas, como a TPM. A sua suplementação, sozinho ou combinado com a vitamina B6, pode ser benéfica para reduzir os sintomas. 

Os autores destacam que um ensaio clínico randomizado controlado por placebo verificou que sintomas de TPM diminuíram nas mulheres suplementadas com magnésio, fato não observado no grupo controle.

A possível ação do magnésio na TPM parece estar relacionada aos seus efeitos no sistema nervoso central, auxiliando no controle dos sintomas psicológicos, além de agir nos hormônios sexuais femininos.

Fontes de magnésio (cada 100g)

  • Leguminosas: feijão (170mg), grão-de-bico (146mg) e lentilha (122mg);
  • Oleaginosas: castanha-de-caju (260mg), amendoim (176mg) e amêndoas (168mg);;
  • Grãos integrais: aveia (235mg), trigo integral (137mg) e milho (127mg);
  • Sementes: de gergelim (356mg) e de abóbora (262mg);
  • Vegetais: pimentão (188mg), cogumelo shitake (132mg) e espinafre (128mg);
  • Cacau em pó (500mg) e chocolate meio amargo (107mg).

Cálcio

O cálcio é considerado um dos minerais mais importantes e é facilmente associado com a manutenção e com o fortalecimento de ossos e dentes. Mas, alguns estudos indicam relações desse micronutriente com a TPM.

Evidências científicas sugerem que as flutuações cíclicas nos níveis de cálcio podem ajudar a explicar algumas características da TPM. Essa revisão sistemática pontuou que, apesar de poucos estudos na área, a maioria deles observou efeito benéfico da suplementação do mineral nos sintomas da TPM, além de níveis séricos de cálcio mais baixos em mulheres que sofrem de TPM. 

Uma possível explicação é a relação entre os hormônios esteroides e calciotrópicos, uma vez que os primeiros influenciam as ações dos segundos, o estrogênio parece levar à menor concentração de cálcio na terceira fase do ciclo menstrual, que é onde a TPM ocorre. Dessa forma, a suplementação de cálcio seria eficaz no controle dos sintomas, especialmente nos psicológicos devido ao papel do nutriente na saúde cerebral.

Fontes de cálcio (cada 100g)

  • Laticínios: queijo minas (580mg), ricota (250mg), iogurte natural (180mg) e leite (150mg);
  • Sementes: gergelim (960mg) e linhaça (211mg);
  • Leguminosas e oleaginosas: amêndoa (263mg), castanha-do-pará (146mg) e feijão carioca (123mg);
  • Frutos do mar: sardinha (382mg), salmão (250mg) e anchova (230mg);
  • Vegetais: couve (232mg), rúcula (160mg) e espinafre (150mg).

Vitamina D

A cada dia a ciência aponta mais processos do organismo que são influenciados pela vitamina D. Conhecida por sua relação com o sistema imunológico, você sabia que ela também pode ter influência nos sintomas da TPM?

Uma pesquisa realizada com adolescentes iranianas associou a suplementação em altas doses semanais desse micronutriente a uma redução de 14,9% para 4,8% na incidência de vários sintomas de TPM, como dor nas costas, tendência a chorar com facilidade e a intensidade da dor da cólica menstrual.

Fontes de vitamina D

É importante destacar que, apesar de alguns alimentos serem fontes desse nutriente, como peixes, laticínios e cogumelos, a maior parte da vitamina D é obtida pela exposição à luz UV solar. Contudo, cogumelo shitake, salmão e atum são alguns alimentos ricos em vitamina D.

Triptofano

O triptofano é um aminoácido essencial diretamente relacionado à saúde mental. Uma de suas principais funções é dar origem à serotonina, conforme já mencionado. Além disso, também está envolvido na síntese de melatonina (hormônio relacionado ao sono). 

Um estudo piloto observou variação nos níveis séricos de triptofano livre e triptofano total ao longo do ciclo menstrual, com queda justamente no período que antecede a TPM, sugerindo que ocorre um consumo de precursores de serotonina concomitante com a liberação de hormônios (FSH e LH) durante o ciclo menstrual.

Desejo por doces na TPM

A redução temporária do neurotransmissor serotonina nesse período pode explicar a vontade de comer certos alimentos nessa fase – como o chocolate, para amenizar irritações e sinais depressivos. O desejo de doce seria uma tentativa do organismo de aumentar a produção natural desse neurotransmissor. 

Somado a isso, quando falamos em doces na TPM, vale sempre lembrar que não há nenhum problema em comer aquele chocolate que você ama quando a vontade surgir. Nosso corpo precisa de equilíbrio para estar saudável, e o bem-estar faz parte disso. 

Claro que priorizar uma alimentação balanceada é sempre a melhor dica! Há opções de chocolates saudáveis, doces com produtos naturais, sem açúcar e cheios de sabor que podem ajudar a lidar com a vontade de doce e cuidar da alimentação. Mas é legal deixar a culpa de lado e comer o docinho que você sentir vontade, em pequenas quantidades, mantendo escolhas saudáveis no cardápio.

Fontes de triptofano (cada 100g)

  • Tofu (0,75g);
  • Semente de abóbora (0,58g);
  • Queijos magros (0,52g);
  • Farelo de aveia (0,32g);
  • Atum (0,33g);
  • Feijões (0,28g);
  • Cacau em pó (0,29g);
  • Chocolate (0,18g).

Óleo de borragem

O óleo de borragem, extraído das sementes da planta Borago officinalis, é a fonte mais rica do ácido graxo ômega-6 chamado de GLA (ácido gamalinolênico), que é associado com a regulação de hormônios sexuais femininos e a liberação de neurotransmissores cerebrais. Ele ajuda a melhorar os sintomas da tensão pré-menstrual, amenizando dor, inchaço e cansaço por sua ação anti-inflamatória.

Além de consumir o ômega-6 por meio dos alimentos, é possível suplementar o óleo de borragem puro para lidar com a TPM. Já foi destacado pela literatura que a suplementação de ômega-6 pode ser efetiva no alívio dos sintomas da TPM, especialmente a dor nas mamas.

Óleo de krill

Uma possível explicação para a grande incidência dos sintomas de TPM está no perfil inflamatório da nossa alimentação atual. Por isso, nutrientes com ação anti-inflamatória podem ser uma estratégia nessa fase. O ômega-3 é um exemplo: esse ácido graxo pode ser encontrado em diversas fontes, entre elas o krill (Euphausia superba), um minúsculo crustáceo encontrado nas águas frias do oceano Antártico. 

Comparado com o óleo extraído de peixes, que também é rico em ômega-3 e pode contribuir para amenizar sintomas e lidar melhor com a TPM, o óleo de krill apresentou algumas vantagens para atuação complementar no combate aos sintomas. É o que descobriu um estudo da Universidade de Montreal com mulheres com diagnóstico confirmado de Síndrome Pré-Menstrual.

Metade do grupo foi tratada com ômega-3 extraído de peixes e a outra metade recebeu ômega-3 extraído do crustáceo krill. Embora ambos os grupos tenham melhorado em peso, desconforto abdominal e inchaço, apenas o grupo suplementado com óleo de krill apresentou melhora significativa na sensibilidade mamária, sensação de inadequação, estresse, irritabilidade, depressão, desconforto nas articulações e inchaço. Essas mulheres também relataram maior estado de alerta, energia e bem-estar, além de terem consumido menos medicamentos analgésicos durante o período.

Teanina

Pesquisadores descobriram que a L-teanina, um aminoácido presente em abundância no chá verde, pode ajudar na ansiedade e no estresse, mostrando uma redução significativa no número e na intensidade dos sintomas da TPM. 

Um estudo no Japão testou os efeitos de 200 mg de L-teanina em 20 mulheres entre 22 e 49 anos, ao longo de três ciclos menstruais. Os autores destacaram que, durante o consumo de L-teanina, houve uma redução na frequência e intensidade de sintomas como dor de cabeça, fadiga, raiva fácil, dificuldade de concentração, comportamento agressivo, constipação, dor nos seios e desmotivação. 

Ainda, houve redução significativa nos sintomas mentais. Especificamente, sintomas como dor nas costas, apatia e incapacidade de realizar tarefas diárias desapareceram durante a ingestão do suplemento.

7 hábitos que ajudam a lidar com a TPM

1. Fazer exercícios físicos aeróbicos

Praticar exercícios físicos regularmente é ideal para a saúde de modo geral, mas pode beneficiar muito quem apresenta os sintomas da TPM. É o que apontou uma publicação para determinar o efeito de oito semanas de exercício aeróbico na gravidade dos sintomas físicos da tensão pré-menstrual.

Os resultados mostraram que as mulheres que praticaram exercício no período tiveram redução de sintomas como dor de cabeça, náusea, inchaço, constipação e diarreia em comparação ao grupo placebo. 

Além disso, a comparação da diferença entre a média dos sintomas no início e no final do estudo, como distensão abdominal, vômitos, ondas de calor e aumento do apetite, diminuíram significativamente.

Os exercícios aeróbicos, além de liberarem endorfina, reduzem o cortisol, hormônio relacionado ao estresse, um dos “culpados” por aumentar a retenção de líquidos na TPM. A liberação de hormônios gerada pela atividade física, principalmente a endorfina – hormônio ligado à sensação de prazer –, proporciona bem-estar e estabiliza os níveis de glicose.

2. Preferir uma alimentação balanceada

Tudo indica que saber como lidar com a TPM está associado a comportamentos alimentares e estilo de vida, uma vez que a alimentação possui efeitos sobre a saúde como um todo e está envolvida em processos inflamatórios, por exemplo.  

Uma análise feita com mulheres universitárias observou que 95% delas apresentava pelo menos um sintoma de TPM durante o período menstrual. A prevalência de TPM foi de 35,3%, sendo os sintomas leves os mais relatados. 

O estudo mostrou que a ingestão de alimentos com muitas calorias, gordura, açúcar e sal foi associada ao aumento do risco de relatar sintomas físicos. No entanto, o consumo de frutas foi associado a uma diminuição do risco de relatar sintomas comportamentais. 

3. Praticar ioga

O exercício de ioga é composto por práticas físicas, respiratórias e mentais, resultando em saúde, relaxamento e consciência positiva. Assim comoexercício físico auxilia na liberação de neurotransmissores e parece ajudar no alívio da dor e dos sintomas da TPM, a ioga também já foi apontada por pesquisas como tendo ação nesse sentido.

A pesquisa feita com mulheres com sintomas de TPM verificou que, após a prática de ioga três vezes por semana, durante um mês, houve redução significativa da dor e da intensidade dos sintomas da TPM. Os autores verificaram que a prática foi tão eficaz quanto o exercício físico aeróbico (grupo controle).

4. Acompanhar o ciclo menstrual

Uma dica essencial para lidar com a Tensão Pré-Menstrual é entender e acompanhar o seu ciclo menstrual. Conhecer as fases do ciclo permite identificar padrões de sintomas e suas causas, possibilitando a adoção de estratégias específicas para amenizar desconfortos. 

Utilizar aplicativos de monitoramento menstrual ou manter anotações em diário ou agenda pode ajudar a prever quando a TPM ocorrerá, facilitando o planejamento de atividades e o ajuste da rotina para melhor enfrentar esses dias. 

Compreender o próprio corpo e suas variações hormonais é um passo importante para manejar os sintomas da TPM de maneira mais eficaz e melhorar a qualidade de vida.

5. Ter momentos de autocuidado

Práticas de autocuidado podem ajudar as mulheres a lidar com os sintomas da TPM, promovendo bem-estar e alívio do estresse. Entre essas práticas, o skincare destaca-se como uma forma eficaz de cuidado pessoal. 

Dedicar tempo a uma rotina de cuidados com a pele não só beneficia a aparência, mas também proporciona momentos de relaxamento e conexão consigo mesma. Assim, o skincare, é mais do que uma questão estética; é um gesto de amor-próprio e de cuidado com a saúde mental e emocional. Essas práticas auxiliam no manejo dos sintomas da TPM, tornando esse período mais leve.

6. Manejar sentimentos e emoções

Muitas mulheres sentem as sensações de ansiedade, irritabilidade e tristeza mais intensas na TPM. Por isso, adotar estratégias para gerir essas emoções pode melhorar significativamente a qualidade de vida e reduzir o impacto dos sintomas da TPM.

A primeira etapa para gerenciar sentimentos e emoções é o autoconhecimento. Entender as próprias reações e identificar os gatilhos emocionais pode ajudar nas mudanças de humor características. 

Manter um diário,  no qual se registram os sentimentos e os eventos que os influenciam, pode ser uma ferramenta valiosa. Isso permite reconhecer padrões e adotar medidas proativas para minimizar o impacto emocional.

Práticas de relaxamento, como meditação, ioga e respiração profunda, são eficazes para reduzir o estresse e promover o equilíbrio emocional. A prática mindfulness, por exemplo, ajuda a trazer a mente para o momento presente, diminuindo a ansiedade e melhorando a clareza mental. 

7. Experimentar calmantes naturais

Para somar nas estratégias de como lidar com a TPM, existem diversas opções de calmantes naturais que podem ser incluídos na rotina para minimizar o desconforto físico e emocional. Chás de camomila, valeriana e melissa são conhecidos por suas propriedades relaxantes e calmantes. 

Assim como os nutrientes adequados para esse período apresentados anteriormente, suplementos de magnésio e teanina também são feitos com substâncias naturais que podem ajudar a manter o equilíbrio.

Para saber mais, confira uma seleção de suplementos aliados da saúde da mulher.

Happy Theanine 60 caps

250mg de L-teanina pura e concentrada

R$176,00
R$0,00

Gamalift

Puro Óleo de Borragem concentrado em GLA

R$192,00
R$0,00
Cranberrylift-0

Cranberry Lift

Cranberry e D-manose

R$192,00
R$0,00

Krill Oil

Omega 3 + Astaxantina

R$212,00
R$139,00

American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5. American Psychiatric Association, 2013.

BAHRAMI, Afsane et al. High dose vitamin D supplementation can improve menstrual problems, dysmenorrhea, and premenstrual syndrome in adolescents. Gynecological Endocrinology, 2018.

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Do diabetes ao câncer: o que altera seus hormônios silenciosamente

Postado por admin em 10/abr/2017 -

Eles provocam distúrbios hormonais, mas estão escondidos em cosméticos, embalagens de alimentos e até em brinquedos. Por isso é quase impossível escapar deles no dia a dia.

Existem cerca de 800 compostos químicos suspeitos de interferir no sistema hormonal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). A maioria ainda está sendo submetida a mais estudos, mas a Comissão Europeia garante que pelo menos 66 destes compostos, como bisfenol A (BPA), dioxina, atrazina e vários ftalatos (BBP, DEHP, DOP e DBP), têm “clara evidência de pertubação da atividade endócrina”.

Esse alerta fez parte de uma proposta divulgada ano passado pela OMS com o objetivo de regular seu uso. Cada vez mais pesquisas com animais vinculam compostos como esses a prejuízos à saúde que vão desde a infertilidade ao risco de câncer.

Ainda faltam evidências em humanos. Por isso, essas substâncias continuam presentes em centenas de produtos de consumo diário. Veja aqui a lista dos compostos citados pela Comissão Europeia

Os ftalatos são usados, por exemplo, em produtos coloridos, como brinquedos infantis e sexuais, produtos de limpeza, como detergente, embalagens de alimento, produtos de beleza, como esmalte de unhas, sprays para o cabelo, loções de barbear, sabonetes, xampús, perfumes e outros produtos com fragância. Outro exemplo é o bisfenol A (BPA), presente em garrafas de plástico ou latas, cosméticos, brinquedos, CDs e, até há pouco tempo, em mamadeiras.

Alguns compostos perderam o uso, como o ftalato DBP, que era um plastificante usado em vernizes de unha ou tintas de impressão. Mesmo assim, continuam provocando riscos à saúde, uma vez que, segundo a OMS, seus efeitos podem afetar várias gerações.

Exposição precoce gera risco para toda vida

Tanto animais como humanos são mais vulneráveis a esses compostos durante certos períodos do desenvolvimento como dentro do útero da mãe e na puberdade.

 

A OMS diz que os efeitos da exposição precoce ao composto podem se manifestar em qualquer momento da vida, através de câncer de mama e de próstata, infertilidade, puberdade precoce, obesidade, transtornos metabólicos e diabetes tipo 2.

Como minimizar a exposição

Hoje é difícil saber qual é a composição exata dos produtos que consumimos. Em 2015, a Agência Química Sueca analisou 112 brinquedos no país e descobriu que 15% deles tinham substâncias químicas proibidas.

 

Mas, segundo especialistas, há pouco a se fazer em nível individual. As principais mudanças deveriam surgir, dizem eles, da regulação da indústria, como restringindo o uso desses compostos químicos e buscando alternativas.

Traduzido por Essential Nutrition

Fonte:
http://www.newswise.com/articles/low-vitamin-d-levels-linked-to-increased-risk-of-bladder-cancer

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

Como o exercício pode minimizar a depressão em crianças

Postado por admin em 09/abr/2017 -

O exercício não cura a depressão, mas ser uma pessoa ativa fisicamente tem mostrado aliviar alguns de seus sintomas em adolescentes e adultos. Dependendo da gravidade do transtorno, o exercício poderia minimizar problemas como a negatividade e a ruminação.

Os cientistas estão investigando agora se os mesmos benefícios podem se aplicar às crianças – uma faixa etária com casos crescentes de depressão. Em um novo relatório publicado na revista Pediatrics, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia aproveitaram dados de quase 800 crianças de seis anos que foram questionadas sobre seus hábitos de exercícios e sintomas depressivos e acompanhadas até seus oito e dez anos. Em geral, as crianças que se exercitaram mais (intensidade moderada à vigorosa) mostraram menos sintomas depressivos anos mais tarde.

“Eu penso que médicos, pais e políticos devem facilitar a atividade física entre as crianças”, diz Tonje Zahl, autora principal do estudo. “O foco deve ser a atividade física não apenas para os benefícios imediatos, como melhorar a pressão arterial, frequência cardíaca e outros benefícios físicos, mas para os benefícios de saúde mental a longo prazo”, afirma ela. O foco disso deveria ser para todas as crianças, adiciona.

Zahl e sua equipe também se perguntaram sobre a verdadeira conexão entre o exercício e distúrbios do humor como a depressão. É a depressão que torna as crianças mais sedentárias e menos ativas, ou o fato de serem menos ativas é o que provoca sintomas depressivos? Para descobrir, analisaram os dados de acordo ao sedentarismo das crianças, determinado por dados de rastreadores de atividades que as crianças usavam. Como resultado, a quantidade de tempo que elas passaram como sedentárias não previu a depressão – nem a presença de depressão previu quanto exercício era feito.

Isso sugere que mesmo que uma criança passe a maior parte do dia sentada – seja na escola ou na frente de um computador ou tela de televisão –, a quantidade de tempo ativo pode importar mais. “Eu diria que se preocupar com o tempo que uma criança fica parada pode não ser o ângulo certo”, diz Zahl. “Ser ativo é mais benéfico, de modo que o foco deve ser a obtenção de mais atividade física (moderada à vigorosa) ao longo do dia.”

As descobertas suportam trabalhos anteriores que demonstram benefícios semelhantes do exercício no alívio da depressão para adultos e adolescentes, mas uma vez que este é o primeiro estudo a olhar para crianças tão jovens, Zahl espera que outros estudos repliquem os resultados para a sua confirmação. Até então, dado que a atividade física faz tanto bem para o coração, cérebro e metabolismo, Zahl diz que os médicos devem aconselhar as crianças com depressão e seus pais a serem mais ativos. A atividade física pode ser uma importante adição aos tratamentos existentes, e os benefícios podem ser especialmente críticos para crianças com alto risco de depressão.

Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://time.com/4624768/exercise-depression-kids/?utm_campaign=normal&utm_source=twitter&utm_medium=social

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

A dieta mediterrânea pode preservar o volume do cérebro

Postado por admin em 07/abr/2017 -

À medida que as pessoas envelhecem, o volume cerebral se reduz, um problema que afeta negativamente as habilidades cognitivas. Um novo estudo descobriu que seguir a dieta mediterrânea (MedDiet) pode ajudar a preservar o tamanho do cérebro. Este benefício deve resultar em menos declínio na memória e capacidade de aprendizagem.

A MedDiet envolve o consumo de azeite de oliva como a principal fonte de gordura, bem como grandes quantidades de frutas, legumes, nozes, feijão e grãos integrais. Também inclui quantidades moderadas de produtos lácteos, peixe e vinho tinto, mas limita a ingestão de aves e carnes vermelhas.

No estudo publicado na revista Neurology, os cientistas na Escócia recolheram dados dietéticos sobre 967 pessoas em torno dos 70 anos que tinham função cognitiva normal. Desse grupo, 562 foram submetidas a uma ressonância magnética na idade de 73 anos para medir o volume da matéria cinzenta, volume cerebral global e a espessura da camada externa do cérebro chamada córtex. Entre essas, 401 voltaram para uma segunda ressonância magnética aos 76 anos. Os resultados dos exames de imagem foram comparados com o grau de adesão à MedDiet.

Os achados sobre o volume total do cérebro foram promissores.

Os participantes que não aderiram tão bem à MedDiet foram mais propensos a ter maior perda de volume do que aqueles que melhor seguiram a dieta. Os que melhor aderiram a dieta tiveram apenas metade da perda de volume que seria esperada devido aos efeitos normais do envelhecimento. Após ajuste para fatores que poderiam influenciar a atrofia cerebral, como idade, educação e certas condições de saúde, os resultados permaneceram inalterados.

Não foi observada nenhuma ligação entre a dieta e o volume de matéria cinzenta ou espessura cortical.

Além disso, ao contrário dos achados de pesquisas anteriores, comer mais peixe e menos carne não mostrou associação com a preservação do volume cerebral. “É possível que outros componentes da dieta mediterrânea sejam responsáveis por essa relação, ou que seja devido a todos os componentes combinados”, afirmou a autora principal Michelle Luciano, da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

Luciano observou que, embora os estudos anteriores estivessem limitados a um momento isolado no tempo, o atual seguia as pessoas ao longo de um período de três anos. “Em nosso estudo, os hábitos alimentares foram medidos antes do volume cerebral, o que sugere que a dieta pode ser capaz de fornecer proteção em longo prazo para o cérebro”, acrescentou Luciano. “Ainda assim, estudos maiores são necessários para confirmar esses resultados.”

Como exatamente a preservação do volume cerebral pode se correlacionar com as habilidades cognitivas? Em uma entrevista para Olive Oil Times, Luciano explicou que a pesquisa sobre a questão até a data não produziu resultados definitivos. No entanto, devido ao trabalho de sua equipe, ela espera que eles possam aprender mais sobre isso em um futuro não muito distante.

“Nesta fase eu não posso fazer uma estimativa sobre a manutenção da função cognitiva devido ao maior volume cerebral, porque diferentes estudos que estimam a associação entre perda cerebral e declínio cognitivo/início da demência têm fornecido resultados mistos”, relatou ela. “Mas desde que medimos as habilidades cognitivas dos participantes em nossa amostra e temos informações sobre sua progressão para a demência, vamos ser capazes de testar se a estrutura do cérebro pode mediar qualquer associação entre a dieta e o declínio cognitivo. Ainda precisamos realizar esta análise, mas espero que seja em breve.”

O estudo não foi capaz de fornecer informações sobre se os participantes eram seguidores ao longo da vida da MedDiet ou se mudaram para ela na meia-idade. Pesquisa anterior mostrou que quanto mais cedo uma pessoa adere à dieta, maiores são os benefícios para a saúde futura. No entanto, nunca é tarde demais para começar a comer de maneira mais saudável.

Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://www.oliveoiltimes.com/olive-oil-health-news/mediterranean-diet-may-preserve-brain-volume/54750

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Por que estresse adoece?

Postado por admin em 05/abr/2017 -

Durante momentos estressantes, nossos corpos são projetados para se preparar e entrar em modo de defesa. Níveis dos hormônios de estresse – adrenalina e cortisol – aumentam, sua frequência cardíaca e pressão arterial aumentam, sua respiração pode acelerar e seus músculos ficam tensos. Estas mudanças fisiológicas são úteis ao se enfrentar uma emergência aguda (digamos, precisar sair rapidamente de um carro submerso), mas não quando se está constantemente lidando com aborrecimentos ordinários (Você não encontra a sua carteira de trabalho! Seu computador trava! Se atrasa por causa do tráfego!). Colocar seu corpo neste estado de hiperatividade, luta ou fuga, por períodos prolongados pode enfraquecer sua resposta imunológica, desencadeando vários sintomas (problemas gastrointestinais, dores de cabeça, insônia) e contribuindo para desde infecções respiratórias a doenças cardíacas.

Agora, não existe tal coisa como viver sem estresse, mas isso você já sabe. O fundamental é como você gerencia o que a vida lhe apresenta – fazer um curto-circuito na preocupação antes que ela sobrecarregue você.

Estudos mostram que uma das melhores estratégias de redução do estresse é através da respiração controlada e profunda. Inspire enquanto expande sua barriga, pause, então exale lentamente durante uma contagem de cinco. Repita por alguns minutos. Você também pode fazer ‘suar’ a sua angústia: a atividade aeróbica ajuda a baixar os níveis de hormônios do estresse. Mesmo uma caminhada de 20 minutos pode acalmar.

E não subestime o poder de uma boa sessão de ventilação com um amigo, parceiro ou terapeuta. Conversar ajuda a diminuir o estresse. Eu também acho que interromper períodos tensos, acrescentando alguns momentos de alegria pura e simples faz a diferença. Como adultos, muitas vezes esquecemos como é importante brincar, e isso significa pausar alguma coisa no trabalho para assistir um filme no meio-dia ou apenas se desconectar do e-mail após o jantar e se divertir assistindo um programa favorito.

Nota final: Uma das maiores causas do estresse crônico é quando uma pessoa tenta resolver tudo por si só ou lidar com muitas responsabilidades ao mesmo tempo. Se você sempre se sente oprimido, isto pode ser um sinal de que precisa de uma nova estratégia, como reduzir sua carga de trabalho ou compromissos sociais. Não tenha medo de delegar, pedir ajuda a colegas no trabalho ou familiares em casa e eliminar tarefas de sua lista que não sejam prioridades reais.

Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://time.com/4698397/sick-after-stress/?utm_campaign=normal&utm_source=twitter&utm_medium=social

“As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. As informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.”

Exercício pode ser valioso para pessoas com doença de Parkinson

Postado por admin em 01/abr/2017 -

Susan Sills, uma artista do Brooklyn que até recentemente fez em tamanho natural recortes em madeira compensada usando uma serra elétrica, há muito suspeitava que poderia estar em risco de desenvolver a doença de Parkinson. Tanto a mãe como o avô tinham essa desordem do movimento neurológico, e ela sabia que às vezes a doença corre na família.

Assim, não se surpreendeu quando aos 72 anos notou pela primeira vez tremores das mãos e um neurologista confirmou sua suspeita. Mas, três anos depois, seu corpo se mantém em linha reta, caminha rapidamente, fala claramente e mantém uma agenda que poderia cansar alguém com metade de sua idade.

Tendo sabiamente colocado a serra elétrica de lado, Sills agora produz intricada joia com design artístico. Ela também é docente no museu do Brooklyn, participa de uma cooperativa de galeria de arte e auxilia o negócio do marido, entretendo os clientes.

Sills atribui sua energia e bem-estar, em parte, à medicação que toma, mas, principalmente, às horas que passa trabalhando com um fisioterapeuta e personal trainer, que a ajudaram a desenvolver um regime de exercícios, os quais embora não a curem, podem aliviar os sintomas de Parkinson e tornar lenta a progressão da doença.

Após um diagnóstico de Parkinson, quanto antes as pessoas começam a se exercitar na mais elevada intensidade possível, melhor para elas”, afirmou Marilyn Moffat, uma terapeuta física da Universidade de Nova Iorque. “Muitas atividades diferentes foram mostradas como benéficas, incluindo ciclismo, boxe, dança e andar para a frente e para trás em uma esteira. Se alguém não gosta de nenhuma delas, há outras que podem ter igualmente bons resultados.

Infelizmente, a Dra. Moffat acrescentou: “Ninguém diz às pessoas com Parkinson o que poderiam e deveriam fazer a não ser que tenham um fisioterapeuta”. O atraso típico no início de um programa eficaz de exercícios também decorre da capacidade da medicação para aliviar os sintomas iniciais, deixando os pacientes pouco motivados para o exercício.

Embora todos possam se beneficiar do exercício, é especialmente importante para as pessoas com um transtorno de movimento progressivo como Parkinson, que pode resultar em fraqueza, rigidez, dificuldade para andar, mau equilíbrio e quedas, bem como prejudicar o processamento cognitivo. O exercício regular aumenta os níveis de aptidão; fornecem uma maior sensação de bem-estar; músculos e ossos mais fortes; articulações mais saudáveis; respiração mais eficiente; melhor digestão e circulação sanguínea. O resultado é uma maior saúde física, mental e cognitiva, especialmente importante para pessoas com uma doença crônica.

Para os pacientes de Parkinson em particular, o exercício regular adaptado às suas necessidades pode resultar em uma melhor postura; menor rigidez; melhora da flexibilidade dos músculos e articulações; habilidades de caminhada mais rápidas e seguras; menor dificuldade para realizar as tarefas da vida diária; e uma qualidade de vida globalmente mais elevada.

Os pacientes que participam de programas de exercícios projetados para mitigar os sintomas e talvez retardar a progressão do Parkinson “podem ser independentes em um nível mais elevado, ter sentimentos mais fortes de bem-estar e estar mais felizes com sua qualidade de vida”, disse a Dra. Moffat, que já testemunhou grandes melhorias nas pessoas com quem trabalhou.

Entre as muitas opções de exercício, um programa de agilidade que incorpora os princípios de tai chi, caiaque, boxe, e Pilates foi desenvolvido e provado seguro e eficaz por Laurie A. King e Fay B. Horak, da Universidade de Saúde e Ciências de Oregon. O curso de agilidade inclui desvios de navegação em passagens de entradas, corredores e pequenas áreas; tarefas como caminhar com os joelhos altos e com as mãos os tocando; pulos e pequenos movimentos da técnica de esquiva do boxe (troca de lado). Em um relatório sobre o seu trabalho em Physical Therapy, o jornal da American Physical Therapy Association, a Dra. King e Dra. Horak explicaram que o exercício intenso pode melhorar a “plasticidade” do cérebro, proteger contra a degeneração do sistema nervoso e até mesmo reverter déficits motores.

Outro programa, chamado “Rock Steady Boxing”, foi fundado por Scott C. Newman, um ex-promotor em Marion County, Indiana, que desenvolveu Parkinson aos 40 anos. Ele relatou melhorias significativas em sua saúde física, agilidade, funcionamento diário e qualidade de vida logo após que começou uma rotina de exercícios de alta intensidade fazendo movimentos de boxe alguns anos depois de seu diagnóstico. Newman tem apontado que o Parkinson não é uma doença que acaba com os músculos. Em vez disso, o cérebro é que esquece de dizer aos músculos o que fazer. Ele acreditava que seria possível ensinar o cérebro a fazer os músculos trabalharem de forma mais eficaz, que é o que a técnica Rock Steady Boxing e outros programas de exercícios para a doença de Parkinson parecem ter conseguido.

Enquanto que é melhor começar um programa de exercícios desafiadores no início da doença, a Dra. Moffat e o Sr. Newman dizem que os exercícios podem ajudar em qualquer fase. Rock Steady Boxing, por exemplo, possui programas de treinamento adequados aos níveis de aptidão para todos os estágios do Parkinson.

Outra experiência pessoal, esta de um ciclista de cross-country, resultou em um programa de ciclismo em tandem (que usa bicicleta para mais de uma pessoa) para pacientes com Parkinson. Em uma viagem de 200 milhas por Iowa em 2003, Jay Alberts, um engenheiro biomédico na Clínica de Cleveland, pedalou na posição de liderança com uma mulher que tem Parkinson. O ritmo que ele definiu obrigou-a a pedalar um terço mais rápido do que teria feito sozinha. Os tremores da mulher desapareceram enquanto ela pedalava com o Dr. Alberts, e mais tarde ele mostrou em um estudo controlado que a capacidade de pedalar intensamente para suprimir os sintomas de Parkinson pode persistir por semanas mais tarde.

O Dr. Alberts suspeita que o exercício de alta intensidade muda como o cérebro processa o movimento, resultando em uma função motora melhorada em geral. Os benefícios do ciclismo em tandem podem ser alcançados em ambientes internos e externos, mesmo sem um parceiro de ciclismo.

Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
nytimes.com/2017/01/23/well/exercise-can-be-a-boon-to-people-with-parkinsons-disease.html?smid=nytcore-ipad-share&smprod=nytcore-ipad&_r=0

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Por que seu cérebro se torna mais flexível após o exercício

Postado por admin em 30/mar/2017 -

Encaixar um treino de meia hora na rotina de seu dia é como lançar um feitiço altamente benéfico sobre si mesmo de muitas maneiras – desde viver mais até pensar mais rápido. Enquanto a neurociência se debruça sobre estudos em fitness, pistas estão aparecendo sobre como o movimento físico impulsiona seu cérebro.

Em PsyPost, Eric Dolan destacou um novo estudo publicado em Experimental Brain Research. Conduzido pelo neurocientista Ronan Mooney da Universidade da Nova Zelândia, a equipe de pesquisa recrutou dez jovens adultos para pedalar por 30 minutos moderadamente (ou não, para o grupo de controle).

Eles descobriram que imediatamente após o treino, o córtex motor apresentava menos ácido gama-aminobutírico, ou GABA, um neurotransmissor que inibe a atividade no cérebro. Isso parece ser um mecanismo de trabalho de como o exercício aeróbio promove a neuroplasticidade, ou a capacidade do cérebro para remodelar-se.

Este processo “pode melhorar a aquisição e consolidação de habilidades mais precocemente, levando à melhoria da memória motora e desempenho”, escrevem os autores. Isso significa que um treino pode ajudar vítimas de derrame para uma terapia física mais eficaz, permitindo-lhes mais rapidamente reordenar os membros – porque a memória não é apenas mental, mas física.

Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://nymag.com/scienceofus/2017/01/why-your-brain-becomes-more-flexible-after-working-out.html?utm_source=Sailthru&utm_medium=email&utm_campaign=Science%20of%20Us%20-%20January%2030%2C%202017&utm_term=Subscription%20List%20-%20Science%20of%20Us%20%281%20Year%29

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