Postado por admin em 25/set/2016 -
Com a existência de dúvidas devido a resultado conflituoso de estudo anterior (estudo TOM com a participação de 209 homens, idade ≥ 65 e alta prevalência de doenças crônicas), cientistas do Centro Médico para Assuntos de Veteranos da Cidade de Kansas, EUA, usaram dados de um grande número de pacientes (n= 83.010, idade ≥ 50) que receberam cuidados médicos entre dezembro de 1999 e maio de 2014, para identificarem os reais benefícios da TRT sobre eventos cardíacos. Os homens foram divididos em três grupos clínicos: tratados até o ponto onde os seus níveis de testosterona total voltaram ao normal(Grupo 1); tratados, mas sem atingir o nível normal (Grupo 2); não tratados (Grupo 3).
É importante ressaltar que todos os três grupos – com baixos níveis de testosterona documentados – foram selecionados para que a comparação entre seus perfis de saúde fossem semelhantes. Foi levado em conta uma ampla gama de fatores que podem afetar o risco cardiovascular e riscos gerais, por exemplo, idade, índice de massa corporal, doenças crônicas, níveis de colesterol LDL, uso de aspirina, betabloqueadores e estatinas.
A média de follow up entre os grupos variou de 4,6 (sem TRT) a 6,2 anos (com TRT).
O contraste mais nítido emergiu entre o Grupo 1 e o Grupo 3. Os homens tratados apresentaram 56% menos probabilidade de morte durante o período de follow up, 24% menos probabilidade de sofrer um IM, e 36% menos probabilidade de sofrer um AVC.
Existiram diferenças entre o Grupo 1 e Grupo 2, mas foram menos pronunciadas. Pouca diferença surgiu entre os Grupos 2 e 3, com exceção de uma ligeira vantagem na sobrevivência para aqueles que foram tratados (Grupo 2).
O resultado final, portanto, foi que com a normalização dos níveis de testosterona após TRT ocorreu uma melhora quanto aos riscos cardiovasculares e morte por todas as causas. Mas, conforme autores do estudo retrospectivo afirmam, “os mecanismos para tal resultado ainda não são conclusivos, podendo ser postulado que os níveis de testosterona influenciam no tecido adiposo, sensibilidade à insulina, perfis de lipídios, ou devido às suas propriedades anti-inflamatórias e anticoagulantes, como já foi reportado por outros cientistas”.
O mérito deste trabalho é, finalmente, comprovar o que já se observa na prática: o homem com deficiência de testosterona é mais doente. O grande número de pacientes observados (83.000) – por longo período – faz com que as conclusões sejam sólidas o suficiente para que a prescrição de reposição de testosterona para os homens se torne uma medida preventiva importante.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
Revista Essentia Pharma Edição 9
Postado por admin em 19/set/2016 -
Estudos anteriores têm explorado a relação entre a vitamina D e o nascimento prematuro, e descobriram que mães deficientes em vitamina D correm maior risco de ter um bebê nascido antes das 37 semanas de gestação. Uma análise post-hoc em duas coortes de gravidez descobriu que mulheres com níveis de vitamina D ≥ 40ng/ml (n = 233) tiveram um risco 57% menor de parto prematuro, em comparação com aquelas com concentrações ≤ 20ng/ml (RR = 0,43, intervalo de confiança de 95% (CI) = 0.22,0.83).
É importante compreender que existe uma relação entre os níveis de vitamina D materna e infantil. A deficiência de vitamina D durante a gravidez está fortemente associada a níveis baixos em recém-nascidos. Na verdade, estudos têm mostrado que bebês recém-nascidos possuem apenas 2/3 dos níveis de vitamina D de suas mães. Para que mães garantam que seu bebê receba quantidade suficiente da vitamina durante uma fase tão crítica de crescimento e desenvolvimento, deve-se suplementar a criança. Devido às muitas recomendações diferentes para esta suplementação em recém-nascidos, pode ser difícil determinar a quantidade ideal. A Academia Americana de Pediatria recomenda, pelo menos, 400 UI de vitamina D por dia; enquanto a Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição recomenda de 800 a 1000 UI de vitamina D por dia. O presente estudo procurou fornecer clareza sobre esta questão, avaliando os efeitos de duas doses de suplementação da vitamina (400 UI/dia e 1000 UI/dia) em recém-nascidos prematuros com baixo peso.
Os pesquisadores incluíram um total de 50 bebês prematuros, com baixo peso ao nascer (> 1.500g) no estudo. As crianças foram divididas em dois grupos. O Grupo 1 recebeu 400 UI de vitamina D3/dia, enquanto que o Grupo 2 recebeu 1000 UI de vitamina D3/dia. Níveis séricos de cálcio, fosfato e 25 (OH) D foram medidos no início do estudo e 6 semanas após. Os desfechos secundários da suplementação de vitamina D, como o crescimento e hipomineralização esquelética, também foram medidos. A hipomineralização esquelética é caracterizada pela deficiência grave de mineral nos ossos, o que pode resultar em ossos frágeis e quebradiços. As medidas antropométricas, como peso e circunferência da cabeça, foram tiradas diariamente, e radiografias bilaterais de punho foram administradas na 6ª semana para medir a hipomineralização esquelética.
Este estudo, juntamente com pesquisas anteriores, ilustra claramente a importância da manutenção de níveis saudáveis de vitamina D durante os estágios iniciais de desenvolvimento. Os pesquisadores concluíram que 1.000 UI de vitamina D3 por dia foi mais eficaz em aumentar os níveis de vitamina D e apoiar o crescimento entre bebês prematuros com baixo peso, em comparação com 400 UI/dia, atual dose diária recomendada (RDA) nos Estados Unidos para crianças com idade inferior a um ano. Estes resultados oferecem evidências adicionais de que a RDA atual é insuficiente.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.vitamindcouncil.org/blog/rct-finds-high-dose-vitamin-d-more-effective-than-low-dose-at-improving-growth-in-very-low-birth-weight-preterm-infants/?mc_cid=a20e159f0e&mc_eid=36d83b85ad
Postado por admin em 08/set/2016 -
Em um novo estudo, foi constatado que poluentes ambientais encontrados em peixes obstruem o sistema de defesa natural do corpo humano para expelir as toxinas prejudiciais. Equipe de pesquisa liderada por Scripps Institution of Oceanography, Universidade da California, San Diego, sugere que esta informação deve ser utilizada para avaliar melhor os riscos à saúde humana de comer frutos do mar contaminados. O estudo foi publicado na edição de 15 de abril da revista Science Advances.
Uma proteína encontrada em células de quase todas as plantas e animais, chamada de P-gp, atua como segurança ao expulsar os produtos químicos estranhos do corpo. P-gp é bem conhecida pela sua capacidade para transportar fármacos terapêuticos para fora das células cancerosas e, em alguns casos, tornando estas células resistentes a múltiplas drogas de uma só vez.
Para determinar a eficácia de P-gp em livrar células de poluentes industriais e agrícolas encontrados em frutos do mar – conhecidos coletivamente como poluentes orgânicos persistentes (POP) -, a equipe de pesquisa Scripps realizou uma análise bioquímica de proteínas P-gp de humanos e camundongos contra os POP. Os cientistas focaram em POP mais comumente encontrados no sangue e urina humanos, e também detectados nos tecidos musculares de atum albacora selvagem. Os poluentes incluídos são compostos do “legado” antigo, como o pesticida DDT, bem como mais recentes produtos químicos industriais, tais como retardadores de chama.
Trabalhando com pesquisadores da Skaggs School of Pharmacy and Pharmaceutical Science and School of Medicine, UC San Diego, os investigadores descobriram que todos os 10 poluentes interferiram com a capacidade da P-gp para proteger as células. O estudo também foi o primeiro a mostrar como um dos 10 poluentes, o PBDE-100, utilizado como um retardador de chama de espuma em estofados e plásticos, liga-se à proteína transportadora: de uma forma semelhante como os quimioterápicos, mas em vez de ser transportado para fora da célula, o POP inibe a capacidade da proteína para desempenhar a sua função de defesa.
“Nós mostramos que estes inibidores são encontrados nos peixes que comemos”, disse a pesquisadora Sascha Nicklisch, principal autora do estudo. “As suas concentrações na gordura de alguns atuns eram altas o suficiente para inibir a P-gp em nossos ensaios. Portanto, é importante considerar o potencial risco de ingestão destes poluentes.”
Os pesquisadores apontam que as populações mais vulneráveis são os recém-nascidos e larvas de peixes. Os primeiros são particularmente vulneráveis, uma vez que são expostos a altas concentrações de POP no leite materno e possuem baixas quantidades da protetora proteína P-gp. Já as larvas de peixes podem estar em maior risco desde que o acúmulo de poluentes pode abrandar o sistema de defesa do animal para combater outros poluentes marinhos, tais como hidrocarbonetos de petróleo encontrados em locais de derramamento de óleo.
“Quando comemos peixe contaminado, podemos estar reduzindo a eficácia deste sistema de defesa crítica em nossos corpos”, disse Amro Hamdoun, um professor associado na Divisão de Pesquisa de Biologia Marinha da Scripps, e autor sênior do estudo.
Os pesquisadores sugerem que os produtos químicos ambientais devem ser testados para determinar se impedem a eficácia do sistema natural do corpo de defesa de expulsar produtos químicos estranhos. A agência americana Food and Drug Administration recomenda atualmente testes semelhantes em produtos farmacêuticos.
“É perturbador descobrir que todos os poluentes ambientais persistentes testados interferiram com a capacidade da proteína para proteger as células”, disse Jacob James, diretor da Fundação Waitt, que financiou o estudo. “Ainda mais preocupante são os resultados que mostram que PBDE-100 se liga à proteína, em essência trancando e envenenando o ‘leão de chácara’ cujo trabalho é expulsar as toxinas. Podemos supor que alguns peixes carregam mais de uma toxina, sendo assim uma tripla ameaça, desde que resultados com misturas sugerem que várias toxinas agem como ‘multiplicadoras de força’ na degradação da habilidade celular de resposta. Como somos a única espécie que pode influenciar cadeias alimentares inteiras e habitats, devemos agir com mais responsabilidade na concepção e utilização de produtos químicos em nosso ambiente, bem como trabalhar as formas economicamente viáveis de medir e entender os impactos desses produtos em frutos do mar e em nós mesmos.”
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://scripps.ucsd.edu/news/pollutants-fish-inhibit-humans-natural-defense-system
Postado por admin em 02/set/2016 -
E outro estudo, também britânico, suporta o achado. Contra todas as expectativas, homens e mulheres que participaram dos estudos consumiram menos calorias, em comparação com os que não se exercitaram, quando apresentados com uma refeição estilo buffet. Ambos os grupos tiveram o mesmo déficit calórico, seja através do exercício ou através da restrição da ingestão de alimentos.
No primeiro estudo, a equipe de pesquisadores, liderada pelo Dr. Stensel da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, estudou as respostas hormonais, psicológicas e comportamentais de 12 estudantes saudáveis do sexo feminino (todas magras) durante um período de nove horas depois da restrição calórica. Os níveis de grelina das participantes – o hormônio da fome – aumentaram, enquanto que os níveis do peptídeo YY – um hormônio de supressão de fome – diminuíram.
Como resultado, este grupo de mulheres consumiu, em média, 944 calorias no buffet, em comparação com 660 calorias para as participantes cujo déficit calórico foi criado através da corrida em esteira.
No segundo estudo, os pesquisadores pediram a 10 homens e 10 mulheres para correr durante 60 minutos. Após a corrida, eles foram monitorados durante sete horas. Foi descoberto que, quanto mais vigorosos os exercícios, maior foi a supressão da fome.
O próximo passo dos pesquisadores é investigar como diferentes tipos de níveis e intensidades de exercícios afetam o apetite ao longo de um período de 24 horas, portanto, um prazo mais longo. Mais pesquisas são necessárias também para determinar se os resultados se estendem a pessoas com excesso de peso e mais velhas (em forma e saudável), e determinar se esses grupos respondem de forma diferente ao longo de um longo período.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.themalaymailonline.com/features/article/exercising-before-eating-could-actually-curb-your-hung
Postado por admin em 31/ago/2016 -
Uma dieta criada, estudada e relatada por pesquisadores da Rush University Medical Center foi classificada como a dieta mais fácil de seguir e a segunda melhor dieta no geral (empate em ambas as categorias) pelo U.S. News & World Report (2016). A dieta ‘MIND’ também empatou em terceiro como a melhor dieta para uma alimentação saudável e foi classificada entre as cinco primeiras em cinco categorias e 20 primeiras em sete categorias:
Dietas mais fáceis de seguir: No. 1 (empate)
Melhores dietas no geral: No. 2 (empate)
Melhores dietas para uma alimentação saudável: No. 3 (empate)
Melhores dietas para diabetes: No. 4 (empate)
Melhores dietas para um coração saudável: No. 4
Melhores dietas de perda de peso: No. 16 (empate)
Melhores dietas para rápida perda de peso: No. 21 (empate)
Em seu 6o ano, a lista anual de “Melhores Dietas” fornece fatos sobre 35 planos alimentares escolhidos e os classifica em vários níveis, desde saúde coronária ao emagrecimento. Para criar os rankings anuais, os editores e repórteres da U.S. News passam meses acompanhando as potenciais adições à lista de dietas, escrutinizando os relatórios governamentais, médicos e outras fontes para estabelecer seus perfis em profundidade. Cada perfil explica como a dieta funciona, se suas reivindicações são ou não fundamentadas, escrutiniza possíveis riscos para a saúde, e examina a dieta no dia a dia, não apenas lendo sobre ela.
A dieta MIND é baseada em pesquisa desenvolvida por Martha Clare Morris, ScD, uma epidemiologista nutricional da Rush, e seus colegas. Em estudos recentes, a dieta mostrou que ajuda a diminuir o risco da doença de Alzheimer em até 53 por cento nos participantes que aderiram à ela de maneira rigorosa, e em cerca de 35 por cento naqueles que a seguiram moderadamente.
“Uma das coisas mais interessantes disso é que as pessoas que aderiram mesmo moderadamente à dieta MIND tiveram uma redução no risco de Alzheimer”, diz Morris. Os pesquisadores também descobriram que a adesão à dieta pode retardar o declínio cognitivo entre os adultos mais velhos, mesmo quando a pessoa não está em risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
O nome MIND, um híbrido das dietas Mediterrânea e DASH (Dietary Abordagens to Stop Hypertension), é a sigla em inglês para dieta Mediterrânea-DASH de intervenção para o atraso neurodegenerativo.
Ambas as dietas foram encontradas para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, como a hipertensão, ataque cardíaco e AVC. E alguns pesquisadores descobriram que elas fornecem proteção contra a demência também.
Morris e seus colegas desenvolveram a dieta MIND com base nas informações acrescidas de anos de estudos sobre quais alimentos e nutrientes têm efeitos bons e maus sobre o funcionamento do cérebro.
A dieta MIND tem 15 componentes alimentares, incluindo 10 “grupos de alimentos saudáveis para o cérebro” e cinco grupos insalubres – carne vermelha, manteiga e margarina, queijo, bolos e doces, e alimentos fritos ou fast food.
Para aderir e se beneficiar dela, uma pessoa precisa comer pelo menos três porções de grãos integrais, um vegetal verde folhoso e um outro vegetal todos os dias – juntamente com um copo de vinho –, oleaginosas na maioria dos dias como petisco, feijão em dias alternados, aves e amoras (pelo menos) duas vezes por semana, peixe (pelo menos) uma vez por semana. Além disso, o estudo descobriu que para se ter uma chance real de evitar os efeitos devastadores do declínio cognitivo, deve-se limitar a ingestão de alimentos designados como não saudáveis, especialmente manteiga (menos de 1 colher de sopa por dia), doces e tortas, queijo gordo, frituras ou fast food (menos do que uma porção por semana para qualquer deles).
As amoras (berries) são as únicas frutas especificamente a serem incluídas na dieta MIND. “O mirtilo é um dos alimentos mais potentes em termos de proteção ao cérebro”, afirma Morris, e os morangos também tiveram um bom desempenho em estudos sobre a função cognitiva.
“A dieta MIND é uma modificação das dietas Mediterrânea e DASH que destaca os alimentos e nutrientes apontados por estudos científicos como associados com a prevenção de demência”, relata Morris. “Ainda há uma grande quantidade de estudos que precisamos fazer nesta área, e achamos que faremos mais modificações na dieta à medida que a ciência avança.” Para estabelecer uma relação de causa e efeito entre a dieta MIND e reduções na incidência da doença de Alzheimer, “Os resultados precisam ser confirmados por outros investigadores em diferentes populações e também através de ensaios randomizados”.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://www.rush.edu/news/mind-diet-ranked-among-best
Postado por admin em 29/ago/2016 -
O esquecimento de nomes, rostos, datas ou eventos importantes são tidos como sinais de má memória. Este declínio lento em nossas habilidades de memória, pensamento e raciocínio nos deixa suscetíveis a doenças neurodegenerativas relacionadas com a idade, incluindo transtorno cognitivo leve e doença de Alzheimer. Mas, os pesquisadores sugerem que isso pode ser revertido. Um estudo recente, publicado em Journal of Alzheimer’s Disease, concluiu que a ioga aliada à meditação podem reduzir os problemas cognitivos e emocionais ligados à doença de Alzheimer e outras formas de demência, em comparação com exercícios de treinamento de memória como palavras cruzadas.
“O treinamento da memória foi comparável à ioga juntamente com a meditação, mas a ioga proporcionou um benefício mais amplo do que o treinamento da memória, porque ela também ajudou no humor, ansiedade e habilidades de enfrentamento”, relatou Helen Lavretsky, autora do estudo, professora residente do departamento de psiquiatria, e pesquisadora do Semel Institute for Neuroscience and Human Behavior, UCLA.
Os exercícios de “treinamento cerebral” foram criados para ajudar a evitar o declínio cognitivo relacionado com a idade. O programa Luminosity, por exemplo, é composto de mais de 40 jogos projetados para melhorar as habilidades cognitivas, incluindo a memória, atenção e resolução de problemas. Os membros são encorajados a jogar por 15 minutos, três a cinco vezes por semana. No entanto, este jogo ou outros programas de treinamento não foram ainda comprovados que funcionam pela Comissão Federal de Comércio americana. Ao contrário, eles não favorecem o antídoto real que protege a saúde cognitiva na velhice: um estilo de vida saudável e sociável.
Lavretsky e seus colegas procuraram comparar os efeitos da ioga que inclui meditação com exercícios de treinamento de memória na função cerebral em um pequeno grupo de 25 participantes com idade superior a 55 anos. Os participantes relataram problemas que incluíram a tendência de esquecer nomes, rostos ou compromissos, ou de guardarem objetos em lugares estranhos. Eles foram submetidos a testes de memória e escaneamento do cérebro no início e no final do estudo. Dois grupos se formaram: 11 participantes receberam uma hora por semana de treinamento da memória e 20 minutos por dia de realização de exercícios, como a associação verbal e visual para se lembrar de rostos, nomes e listas, e outras estratégias para melhorar a memória, baseadas em técnicas cientificamente comprovadas. Os outros 14 participantes receberam uma classe de uma hora, uma vez por semana, de Kundalini – técnica de ioga que coloca ênfase na consciência (mindfulness) ativando centros de energia em todo o corpo -, e praticaram meditação Kirtan Kriya (cantos, movimentos das mãos e visualização de luz) em casa por 20 minutos/dia.
De acordo com Lavretsky, a técnica Kirtan Kriya foi praticada por centenas de anos na Índia como uma forma de prevenir o declínio cognitivo em adultos mais velhos.
Os resultados revelaram que, após 12 semanas, ocorreram melhoras semelhantes entre os dois grupos nas habilidades de memória verbal, o que é útil para lembrar locais e caminhar ou dirigir. No entanto, o grupo de ioga-meditação se saiu melhor no quesito redução de sentimentos de depressão e ansiedade, e melhora de habilidades de enfrentamento e resistência ao estresse. Isto é importante uma vez que o comprometimento cognitivo pode ser uma condição emocionalmente difícil de gerir na velhice.
“Quando você tem perda de memória, você pode ficar muito preocupado com isso, podendo levar à depressão”, disse Lavretsky.
A melhora na memória coincidiu com mudanças na atividade cerebral. Os participantes em ambos os grupos tiveram mudanças em sua conectividade do cérebro, mas as mudanças entre o grupo ioga foram mais profundas. Através da técnica Kirtan Kriya, o exercício mindfulness reduziu o estresse e inflamação, melhorou o humor e capacidade de resistência, e aumentou a produção do fator de crescimento neurotrófico derivado do cérebro – uma proteína que estimula conexões entre os neurônios, melhorando a telomerase, ou seja, processo que recupera material genético.
Um estudo semelhante de 2013 concluiu que a meditação mindfulness levou a menos encolhimento no hipocampo – região do cérebro que faz parte do sistema límbico e está associada principalmente com a memória e a navegação espacial. Além disso, os pesquisadores descobriram que adultos mais velhos que meditavam possuíam maior conectividade cerebral do que aqueles que não meditavam.
Sarah Vaynerman, fundadora do Work from Om, uma empresa que gerencia ioga, meditação e estresse para o local de trabalho, e professora de ioga, afirma os benefícios de saúde mental da ioga: “Ela também regula o nervo vago, uma das partes mais importantes, mas menos conhecidas do nosso corpo que lida com os nossos humores e níveis de estresse”. Isto ocorre através da estimulação e aumento da atividade dos neurotransmissores que bloqueiam tensão.
Além disso, o exercício de respiração da ioga estimula o sistema nervoso parassimpático – o sistema de ‘descanso e digestão’ que retarda a frequência cardíaca e relaxa os músculos -, para reduzir a pressão arterial e diminuir a frequência cardíaca quando utilizado para intervir no estresse agudo e ansiedade, de acordo com Vaynerman. Isto é particularmente útil para pacientes mais idosos que podem sofrer de problemas emocionais devido às suas lutas mentais.
A equipe de pesquisa propõe que os médicos considerem as terapias alternativas como a ioga para tratar de problemas cognitivos e emocionais comuns que vêm com doenças neurodegenerativas: “Estamos convertendo a sabedoria histórica para o alto nível de evidência necessária para que os médicos a recomendem a seus pacientes”, disse Harris Eyre, principal autor do estudo, doutorando na Universidade de Adelaide, na Austrália.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e, atualmente, a sexta maior causa de morte nos EUA. Ainda não há cura, mas a pesquisa, o passado e o presente sugerem que a ioga (aliada à meditação) pode desempenhar um papel vital na prevenção e melhorar os sintomas da doença.
“Se alguém está tentando melhorar a memória ou compensar o risco de desenvolver sua perda ou demência, uma prática regular de ioga e meditação pode ser uma solução simples, segura e de baixo custo para melhorar a aptidão do cérebro”, disse Lavretsky. Vinte minutos diários para recuperar o fôlego e meditar poderiam preservar ou manter a mente ágil para mais tarde na vida.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
//www.medicaldaily.com/yoga-brain-power-mindfulness-exercises-alzheimers-disease-385393
Postado por admin em 28/ago/2016 -
Um crescente corpo de pesquisa médica indica que alterações nos tipos de bactérias que vivem no trato gastrointestinal podem influenciar o funcionamento cerebral, humor e saúde mental em geral. Pela primeira vez em um novo estudo executado na Finlândia, Pärtty e colegas mostraram que a suplementação com probióticos no início da vida pode ser eficaz para reduzir a incidência de Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças.
Através da hipótese de que a suplementação probiótica possa proteger contra o desenvolvimento de TDAH e TEA, inicialmente os pesquisadores revisaram dados de um estudo originalmente projetado para testar o efeito da suplementação probiótica na infância sobre o desenvolvimento posterior de eczema. Mães de 159 crianças foram recrutadas em um estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo, e receberam 10 bilhões de unidades formadoras de colônias de Lactobacillus rhamnosus ou placebo, diariamente, durante 4 semanas antes do parto esperado. Após o parto, a suplementação foi continuada aos bebês, através das mães (amamentação), por 6 meses.
Isto posto, para avaliar a possível associação entre a suplementação probiótica e TDAH ou TEA, aos 13 anos de idade, 75 dessas crianças foram avaliadas por um psiquiatra ou neurologista infantil experiente e terceirizado, de maneira randomizada ‘às cegas’, de modo a não produzir qualquer viés para o estudo.
Os resultados mostraram que o diagnóstico de TDAH ou TEA ocorreu em 6/35 (17,1%) crianças do grupo placebo e em nenhuma criança do grupo probiótico (0/40). O valor da probabilidade foi de 0,008, indicando que o resultado não foi devido ao acaso,
NOTA DO EDITOR:
Este trabalho é um grande marco da medicina, onde comprova que a flora intestinal tem uma importância fundamental para o neurodesenvolvimento das crianças. Já se sabia dos benefícios da suplementação dos lactobacilos no período pré-natal e nos primeiros meses de vida sobre a incidência de eczema na infância. Ao voltar a analisar o mesmo grupo de crianças tratadas para eczema 13 anos após, surge um grande achado: a redução de TEA e TDAH no grupo tratado. O efeito inusitado comprova as novas teorias de que esses transtornos podem se originar da disbiose (desequilíbrio da flora) intestinal, pois esta pode provocar um processo de inflamação no cérebro que atrapalha o desenvolvimento cerebral normal.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
Revista Essentia Pharma Edição 8
Postado por admin em 22/ago/2016 -
“Eu amo cozinhar, e assim, acho incrivelmente divertido inventar diferentes maneiras de obter leite de fonte não animal, uma alternativa aos laticínios. Esta receita de leite de raiz de cúrcuma é tão inspiradoramente bonita com sua brilhante cor laranja-dourado, como incrivelmente saudável.” diz a escritora Elana Amsterdam
É uma raiz que tem a pele marrom e, internamente, cor laranja. Ela se parece com a raiz de gengibre. Seu sabor é ligeiramente amargo e delicadamente picante.
A cúrcuma tem incríveis propriedades anti-inflamatórias, devido a uma substância que contém, chamada curcumina. Componente da medicina ayurvédica, o seu pó, feito da raiz, é uma especiaria amarelo brilhante usada em molhos e muitas outras receitas. Atualmente, devido a estudos científicos, a curcumina é um suplemento popular usado para fortalecer o sistema imunológico e melhorar a função digestiva.
O leite contém apenas quatro ingredientes e é fácil de fazer. Não há necessidade de tirar a pele da raiz de cúrcuma nem da raiz do gengibre, desde que isso só criaria mais trabalho na cozinha, produziria resíduos, e privaria a receita de nutrientes valiosos.
Se a preferência for por um leite mais doce, sem adição de açúcar, pode-se adicionar stévia (Conheça os adoçantes Essential) , mel, ou outro adoçante que não seja artificial. Na geladeira, o leite pode durar por 2 a 3 dias.
Pode-se comprar raiz de cúrcuma fresca em algumas lojas de alimentos saudáveis, mas nem sempre é fácil de encontrar, portanto, mantenha esta receita para quando a oportunidade surgir!
Ingredientes para 5 xícaras:
1 xícara de amêndoas
¼ xícara de raiz de cúrcuma, fatiada
1 colher (de sopa) de gengibre, fatiado
2 xícaras de água
Deixe as amêndoas de molho em água durante a noite.
Descarte a água e enxague as amêndoas em uma tigela grande repetindo até que a água escorra sem cor.
Coloque as amêndoas, 2 xícaras de água, raiz de cúrcuma e gengibre em um liquidificador.
Bata em alta velocidade por 60 segundos.
Coe em pano fino, e guarde a polpa para fazer biscoitos ou pão.
Saúde!
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://blog.lifeextension.com/2015/12/recipe-turmeric-root-milk.html?utm_campaign=normal&utm_source=twitter&utm_medium=social
Postado por admin em 18/ago/2016 -
Baseado no índice de densidade de nutrientes agregados (sigla em inglês, ANDI), uma classificação de valor nutricional por caloria, o agrião tem uma pontuação nutricional excelente. Basicamente, isto significa quanto de nutrição que um alimento pode conter, sem que afete a sua cintura. O agrião recebeu a pontuação 100, estando a frente de alimentos como couve (49) e couve-flor (25).
Excelente fonte de impulsionadores do sistema imunológico, vitaminas A e C, e contendo altos níveis de antioxidantes, o agrião pode diminuir a inflamação e evitar que as células cancerosas se espalhem. Contém isotiocianatos, compostos que ajudam o corpo a desintoxicar-se de produtos químicos que causam câncer.
Um estudo de 60 fumantes e não-fumantes descobriu que a adição de 1 1/2 xícaras de agrião cru em suas dietas, por dois meses, reduziu o dano ao DNA e aumentou os níveis de antioxidantes no sangue, reduzindo potencialmente o risco de câncer. Em vários estudos, foi apontado que o consumo regular de vegetais crucíferos como o agrião está ligado a um menor risco de cânceres da bexiga, pulmão, próstata e mama. O agrião também pode ajudar a prevenir danos às células saudáveis durante o tratamento do câncer.
Excelente fonte de vitamina K e cálcio, nutrientes necessários para ossos fortes.
O agrião pode ajudar a prevenir doenças do coração, diminuindo os níveis de triglicerídeos. É também rico em nitratos, compostos que podem reduzir a pressão arterial.
Rico em um antioxidante chamado ácido alfa-lipóico (ALA), que pode ajudar a melhorar a sensibilidade das células à insulina e reduzir os níveis de açúcar no sangue, como também ajudar a diminuir a neuropatia ou dano do nervo (uma complicação comum do diabetes).
O agrião é rico em luteína e zeaxantina, fitoquímicos que impedem a catarata e degeneração macular.
Como comprar:
Procure agrião com folhas verdes escuras (não começando a amarelar). Mantenha-o na geladeira com as hastes em um copo de água e coberto para durar mais tempo.
O agrião tem um sabor leve, picante, tornando-se uma excelente alternativa para as pessoas que não gostam do sabor amargo da rúcula ou couve. Excelente em sanduiches, saladas, vitaminas, massas, sopas ou cozidos no vapor com limão.
Considere utilizar o agrião em marinadas: ele é rico em clorofila, que pode ajudar a prevenir a formação de substâncias cancerígenas ao grelhar a carne, peixe e aves a altas temperaturas.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.huffingtonpost.ca/christy-brissette-msc-rd/the-worlds-healthiest-veg_b_9630088.html?ncid=fcbklnkushpmg00000032
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