Postado por admin em 04/jun/2017 -
Tal é o caso de uma classe popular de drogas chamadas inibidores da bomba de protons, ou IBP, agora usado por mais de 15 milhões de americanos e muitas pessoas mais em todo o mundo para combater uma doença cada vez mais comum: refluxo gastroesofágico, comumente conhecidos como azia ou indigestão.
Estes medicamentos estão agora ligados a um número crescente de complicações, que vão desde deficiências de nutrientes, dores articulares e infecções até fraturas ósseas, ataques cardíacos e demência. Enquanto ainda falta evidência definitiva para a maioria dos riscos identificados até agora, os consumidores que sofrem de refluxo ácido seriam mais prudentes se considerassem uma abordagem alternativa, nomeadamente de mudanças de estilo de vida que podem minimizar os sintomas e até mesmo curar os danos já feitos.
O refluxo gastroesofágico é mais do que apenas um incômodo. Envolve o retorno do fluxo do ácido estomacal nos tecidos acima. Isso ocorre quando o esfíncter esofágico inferior, um anel muscular entre o esôfago e o estômago, não consegue fechar firmemente o suficiente para evitar que o conteúdo do estômago se mova para cima em vez de para baixo. Às vezes, o esfíncter superior, entre o esôfago e a garganta, também não funciona bem.
Ao contrário do que muitos acreditam, a azia é apenas um dos muitos sintomas de DRGE, e não reconhecer os outros quando a azia não se apresenta pode resultar em refluxo não-tratado prejudicial. Além da indigestão, a DRGE pode causar tosse seca persistente, dor de garganta, a sensação de precisar limpar frequentemente a garganta, rouquidão, arrotos ou soluços, inchaço, dificuldade de engolir e sensação de um nódulo na garganta.
O Dr. Jonathan Aviv, um especialista em ouvido, nariz e garganta afiliado ao Mount Sinai Icahn School of Medicine em Nova York, estava em seus 30 anos quando desenvolveu um sintoma assustador que acabou por ser causado por DRGE. De repente, ele acordou uma noite ofegando por ar e sentindo como se estivesse sendo sufocado. Sem nunca reclamar de azia, seu próprio médico teve dificuldade em acreditar que o refluxo gastroesofágico poderia ser a explicação. No entanto, ao tratar a doença e sentir-se aliviado, o Dr. Aviv estudou por um ano a melhor maneira de gerenciá-la.
Recentemente, ele escreveu um livro, “The Acid Watcher Diet”, que explica como os sintomas variados de refluxo gastroesofágico surgem e detalha um programa de cura e prevenção que pode ajudar muitos, se não a maioria, a evitar os medicamentos comumente prescritos para tratá-lo.
Uma característica muitas vezes associada com o refluxo – sobrepeso, especialmente com obesidade abdominal – explica em grande parte por que a condição tornou-se tão comum nos países ocidentais. Alguém com um índice de massa corporal na faixa de sobrepeso tem quase o dobro da probabilidade de ter DRGE, em comparação com uma pessoa de peso normal. Perder peso é uma das melhores maneiras de encontrar alívio sem ter que depender de medicação.
Grandes refeições, deitar-se antes que uma refeição seja digerida e exercitar-se logo depois de comer também podem desencadear sintomas. As pessoas que sofrem de refluxo são muitas vezes aconselhadas a comer cinco ou seis pequenas refeições por dia em vez de uma ou duas grandes, e evitar comer dentro de três horas antes de se deitar. Para maior proteção, o lado da cabeceira da cama pode ser erguido (treze centímetros ou mais).
Enquanto alguns alimentos comuns – como cebolas cruas, alho, sucos cítricos, café e chocolate – são susceptíveis de causar refluxo na maioria das pessoas com a condição, o Dr. Aviv e outros especialistas enfatizam que cada indivíduo é diferente e que a melhor maneira de identificar os alimentos e bebidas “provocadores” é através da tentativa e erro. Especialistas sugerem a manutenção de um diário para registrar o consumo diário e horários, bem como os sintomas sentidos. Um alimento não tem de ser obviamente ácido para ser problemático. Alimentos ricos em gordura são problemáticos para muitas pessoas porque levam muito tempo para digerir. O Dr. Aviv aponta que muitos alimentos e bebidas produzidos comercialmente são tratados com substâncias contendo ácido para aumentar o sabor e vida útil. Assim, a dieta de “cura” de 28 dias que ele sugere consta quase inteiramente de alimentos naturais, não transformados, especialmente alimentos com proteína magra, como carne branca de frango e peixe, clara de ovo e produtos lácteos sem gordura, feijão (combinado com grãos integrais) e frutas e vegetais não ácidos.
Alimentos ricos em fibra são muito úteis, “ficam apenas atrás da eliminação de alimentos ácidos”, afirmou o Dr. Aviv. A fibra aumenta a digestão, reduzindo a pressão sobre o esfíncter esofágico inferior, e pode ajudar na perda de peso e manutenção, entre outros benefícios como a redução da inflamação. Tente ingerir 450g de vegetais todos os dias, metade dos quais cozidos e a outra metade crus, bem como 230g de frutas cruas. Boas fontes incluem brócolis, cenouras, beterrabas, vegetais de folhas verdes, maçãs, amoras, bananas, abacates e peras. Outros alimentos ricos em fibra incluem amêndoas, nozes, lentilhas, grão de bico e feijão de lima.
Se, após adotar as medidas acima relatadas, não conseguir controlar completamente o refluxo gastroesofágico, o inibidor da bomba de prótons também pode ser necessário. Mas o IBP deve ser tomado na dose eficaz mais baixa, na hora correta e durante o período mais curto possível, dizem os especialistas. “Estudos revelaram que 80% dos americanos podem estar tomando estes medicamentos incorretamente”, escreveu o Dr. Aviv. O correto é tomá-lo de 30 a 60 minutos antes do café da manhã e/ou jantar, mas não utilizados como um “antídoto” para consumir alimentos ácidos.
Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://www.nytimes.com/2017/03/20/well/pop-a-pill-for-heartburn-try-diet-and-exercise-instead.html?smid=nytcore-ipad-share&smprod=nytcore-ipad
Postado por admin em 03/jun/2017 -
Alguns argumentaram que é uma maneira de economizar energia. Outros sugeriram que o sono oferece uma oportunidade para limpar o desperdício celular do cérebro. Outros ainda propuseram que o sono simplesmente força os animais a permanecerem imóveis, ocultando-os dos predadores. Um par de artigos publicados na revista Science oferecem evidências de outra hipótese: dormimos para esquecer algumas das coisas que aprendemos todos os dias.
Para aprender, temos de desenvolver conexões ou sinapses entre os neurônios do cérebro. Essas conexões permitem que os neurônios enviem sinais uns aos outros de maneira rápida e eficientemente, estando as novas memórias armazenadas nestas redes.
Em 2003, Giulio Tononi e Chiara Cirelli, biólogos da Universidade de Wisconsin-Madison, propuseram que as sinapses crescem tão exuberantemente durante o dia que nossos circuitos cerebrais se tornam “barulhentos”. Os cientistas argumentaram que, quando dormimos, nossos cérebros reduziam essas conexões para aumentar o sinal sobre o ruído. Nos anos que se seguiram, o Dr. Tononi e a Dra. Cirelli, juntamente com outros pesquisadores, encontraram uma grande quantidade de evidência indireta para apoiar a chamada hipótese da homeostase sináptica.
Acontece, por exemplo, que os neurônios podem podar suas sinapses – pelo menos em uma placa de Petri (prato usado em laboratório). Em experimentos laboratoriais em grupos de neurônios, os cientistas usaram uma droga para estimulá-los ao aumento de sinapses. Posteriormente, os neurônios reduziram (um pouco) o aumento.
Há quatro anos, ambos os cientistas tiveram a chance de testar sua teoria através das próprias sinapses. Eles adquiriram uma espécie de triturador para o tecido cerebral, o qual usaram para raspar camadas ultrafinas do cérebro de um camundongo.
Luisa de Vivo, uma cientista assistente, conduziu uma minuciosa pesquisa de tecido retirado dos animais, alguns acordados e outros dormindo. Ela e seus colegas determinaram o tamanho e a forma de 6.920 sinapses. Descobriram que as sinapses nos cérebros de camundongos adormecidos eram 18% menores do que nos acordados. “É surpreendente tão grande mudança”, disse o Dr. Tononi.
O segundo estudo foi conduzido por Graham H. Diering, um investigador da Universidade Johns Hopkins. O Dr. Diering e seus colegas começaram a explorar a hipótese da homeostase sináptica, estudando as proteínas em cérebros de camundongos. Em um experimento, eles criaram uma minúscula abertura através da qual podiam examinar os cérebros dos animais. Em seguida, adicionaram um produto químico que iluminou uma proteína de superfície em sinapses cerebrais. Olhando através da abertura, descobriram que o número de proteínas de superfície caía durante o sono. Esse declínio é o que se esperaria se as sinapses estivessem encolhendo.
O Dr. Diering e seus colegas procuraram então saber qual era o gatilho molecular para esta mudança e descobriram que centenas de proteínas aumentam ou diminuem dentro das sinapses durante a noite. Mas uma proteína em particular, chamada Homer1A, se destacou.
Em experimentos laboratoriais anteriores, Homer1A provou ser importante para reduzir as sinapses. O Dr. Diering se perguntou se este fato também era importante no sono.
Para descobrir, ele e seus colegas estudaram camundongos geneticamente modificados para que não pudessem produzir proteínas Homer1A. Esses camundongos dormiam normalmente, mas suas sinapses não alteravam suas proteínas como as dos camundongos não geneticamente modificados.
Para ver como esta maquinaria de poda afeta o aprendizado, os cientistas efetuaram um teste de memória em camundongos não modificados. Os animais foram colocados em um compartimento onde recebiam um choque elétrico suave se andassem sobre uma seção do chão.
Naquela noite, os cientistas injetaram um produto químico no cérebro de alguns dos camundongos. O produto químico foi mostrado para bloquear neurônios que reduziam as sinapses.
o dia seguinte, colocaram todos os animais de volta na câmara em que estavam antes. Ambos os grupos de camundongos passaram grande parte do tempo ‘congelados’, com medo de recordar o choque. Mas quando os pesquisadores os colocaram em uma câmara diferente, observou-se uma grande diferença. Os camundongos comuns farejavam curiosamente. Os que tinham sido impedidos de ter suas sinapses cerebrais podadas durante o sono, por outro lado, congelaram-se novamente.
Diering pensa que, sem a poda noturna, suas memórias acabaram confusas. Em seu próprio experimento, o Dr. Tononi e colegas descobriram que a poda não atingiu todos os neurônios. Um quinto das sinapses permaneceram inalteradas. É possível que essas sinapses codifiquem memórias bem estabelecidas que não devem ser adulteradas. “Você pode esquecer de uma maneira inteligente”, disse Tononi.
Outros pesquisadores advertiram que as novas descobertas não eram prova definitiva da hipótese de homeostase sináptica. Marcos G. Frank, um pesquisador do sono na Universidade Estadual de Washington, em Spokane, disse ser difícil dizer se as alterações no cérebro durante a noite foram causadas pelo sono ou pelo relógio biológico. Markus H. Schmidt, do Instituto de Medicina do Sono de Ohio, questiona se, embora o cérebro possa podar sinapses durante o sono, esta seria a principal explicação para o sono. “O trabalho é ótimo”, comentou ele sobre os novos estudos, “mas a questão é, será esta uma das funções do sono ou a função?”. Muitos órgãos, não apenas o cérebro, parecem funcionar de forma diferente durante o sono, o Dr. Schmidt apontou. O intestino parece produzir muitas células, por exemplo.
O Dr. Tononi afirmou que as novas descobertas devem indagar o que as atuais drogas do sono fazem no cérebro. Embora possam ser boas para fazer as pessoas dormirem, também é possível que interfiram com a poda necessária para a formação de memórias.
“Você pode realmente estar trabalhando contra si mesmo”, disse o Dr. Tononi. No futuro, medicamentos do sono alvejarão precisamente as moléculas envolvidas no sono, garantindo que as sinapses sejam adequadamente podadas. “Uma vez que você sabe um pouco mais do que acontece, pode ter uma melhor ideia do que fazer ou como escolher a terapia”, concluiu Tononi.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://www.nytimes.com/2017/02/02/science/sleep-memory-brain-forgetting.html
Postado por admin em 24/maio/2017 -
Você provavelmente já ouviu repetidas vezes que o treinamento intervalado de alta intensidade (sigla em inglês, HIIT) fornece resultados incríveis para o fitness e na perda de gordura. O HIIT combina intervalos de exercícios de alta intensidade com fases de recuperação de exercício de intensidade baixa à moderada. Tal como acontece com muitas outras tendências populares de fitness e nutrição, pode ocorrer uma abundância de mitos sobre o treinamento de resistência.
Assim como você não iria correr uma maratona – ou até mesmo uma meia maratona – sem treinamento, também não deveria da noite para o dia fazer um treino de alta intensidade. De acordo com Len Kravitz, professor da Universidade do Novo México, e Micah Zuhl, professor assistente na Universidade Central de Michigan, você precisa ter cuidado ao iniciar ou reiniciar um programa de exercícios. “Começar com HIIT pode aumentar a chance de lesão e dor muscular”, tanto Kravitz e Zuhl avisam. É melhor começar com exercícios aeróbicos de baixa intensidade.
Muitas pessoas estão realmente fazendo treinamento de intervalo supramaximal (SMIT) e equivocadamente chamando-o de HIIT. O primeiro envolve a realização de explosões de exercícios, intercaladas com períodos de repouso completo ou sem atividade. Por outro lado, o HIIT envolve a realização de exercícios de alta intensidade intercalados com exercícios de intensidade baixa à moderada. Confusão à parte, um estudo de 2013 publicado no European Journal of Sport Science descobriu que o SMIT levou a maiores melhorias no desempenho do que o HIIT ou corrida contínua. Também forneceu maiores benefícios para as pessoas fisicamente ativas, especialmente para as mulheres. Mas fazer somente o treinamento SMIT faz com que seu corpo se adapte ao estímulo específico, tornando seu esforço menos eficaz. E aí que entra o HIIT para tornar seus exercícios mais abrangentes, eficazes e interessantes.
Não é nenhum segredo que um bem concebido programa de treinamento de força pode aumentar significativamente a força, desempenho atlético e aparência física em homens e mulheres. Mas, o que muitas pessoas não percebem é a importância do músculo no processo de perda de gordura. Simplificando, o músculo é um tecido metabolicamente ativo, desde que é o lugar em seu corpo onde a gordura é queimada (ou seja, usada como energia). Assim, quanto mais tecido muscular magro você tiver, mais calorias/gordura você queimará ao longo do dia, mesmo enquanto dorme – porque mais tecido muscular requer mais energia. Seu corpo é como seu carro, quanto maior ou mais possante o motor, mais combustível será necessário durante a condução. Com esta analogia em mente, músculos mais desenvolvidos ajudam a queimar mais calorias. É por isso que a combinação de um treinamento de força mais abrangente aliado a estratégias de alimentação é absolutamente fundamental para a perda de gordura.
Como o nome sugere, o treinamento intervalado de alta intensidade é intenso e exige bastante do seu corpo, por isso é importante o tempo de recuperação entre os treinos. Três vezes por semana pode ser o suficiente para atingir os melhores resultados, limitando o risco de lesões.
Com a popularidade do HIIT, o padrão de 30 minutos de treinamento aeróbico no estado estável (como corrida nas ruas, esteira, elíptico ou bicicleta) parece ter caído em desuso. O cárdio estável é muitas vezes demonizado por interferir com e até mesmo matar ganhos musculares de treinamento de força. No entanto, um estudo de 2012 publicado em International Journal of Sports Medicine descobriu que a adição de exercício aeróbico de baixo impacto, como o ciclismo, não irá prejudicar os ganhos em força ou tamanho muscular. De fato, o estudo descobriu que em homens previamente destreinados, o exercício aeróbio pode aumentar seus ganhos musculares. E, claro, o treinamento aeróbio aumenta sua aptidão aeróbia e um excelente método (quando de leve a moderado) para usar nos dias de recuperação – entre os dias de treinamento intervalados mais anaeróbios.
Os benefícios do HIIT são inegáveis, mas é importante que você não se torne obcecado com o método de treinamento e negligencie outros também eficazes que podem adicionar variedade e diversidade para a sua rotina de exercícios. Cada tipo de treinamento – treinamento de força, HIIT, SMIT e cárdio estável – oferece benefícios e limitações.
Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.livestrong.com/slideshow/1010147-5-common-myths-highintensity-interval-training-hiit/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=040217_sun_curated_f#slide=1
Postado por admin em 22/maio/2017 -
Mas isso está mudando à medida que as evidências mostram que fazer breves intervalos de atividade durante o dia ajuda as crianças a aprenderem e a serem mais atentas na sala de aula, e um número crescente de programas destinados a promover o movimento está sendo adotado nas escolas.
“Nós precisamos reconhecer que as crianças são baseadas em movimento”, disse Brian Gatens, superintendente de escolas em Emerson, New Jersey, EUA. “Nas escolas, às vezes estamos atuando contra a natureza humana, pedindo-lhes para se sentarem e ficarem quietos o tempo todo.”
“Nós caímos nesta armadilha de pensar que, se as crianças estão em suas mesas com suas cabeças para baixo, silenciosas e escrevendo, estão aprendendo”, completou o Sr. Gatens. “Mas o que descobrimos é que o tempo ativo usado para energizar seu cérebro torna todos aqueles momentos ainda melhores”, ou mais produtivos.
“A atividade física diária oferece uma oportunidade para a escola mediana se tornar uma escola de alto desempenho”, disse Jesper Fritz, um estudante de doutorado na Universidade de Lund e médico do Hospital Universitário Skane, em Malmo, que foi autor principal do estudo.
“A atividade física ajuda o cérebro de muitas maneiras”, disse James F. Sallis, professor de medicina da família e saúde pública na Universidade da Califórnia, em San Diego, que fez pesquisas sobre a associação entre pausas de atividades físicas e comportamento em sala de aula. “A atividade estimula mais vasos sanguíneos no cérebro para suportar mais células cerebrais. E há evidências de que crianças ativas obtêm melhores resultados em testes padronizados e prestam mais atenção na escola.”
John Ratey, professor associado de psiquiatria na Harvard Medical School e autor de “Spark: The Revolutionary New Science of Exercise and the Brain”, disse: “O movimento ativa todas as células cerebrais que as crianças estão usando para aprender, pois acorda o cérebro”.
“Além disso”, acrescentou, “isso faz com que as crianças queiram ir mais à escola – é divertido fazer essas atividades”.
“A realidade é que, com apenas seis horas e meia durante o dia, a nossa prioridade é acadêmica”, afirmou Tom Hernandez, o diretor de relações comunitárias para o distrito escolar de Plainfield, em Illinois, cerca de 40 quilômetros a sudoeste de Chicago. Ele disse que, de acordo com a lei estadual, as escolas oferecem aulas diárias de educação física e que os professores encontram maneiras de dar aos alunos pausas durante o dia para se recarregarem.
“As crianças não devem ficar sentadas o dia todo enquanto recebem informações”, disse Steve Boyle, um dos cofundadores da Associação Nacional de Alfabetização Física, que pretende levar o movimento para as escolas. “Os adultos também não estão conectados dessa maneira.”
A associação do Sr. Boyle introduziu uma série de vídeos de três a cinco minutos chamados “BrainErgizers” (energizadores cerebrais) que estão sendo usados em escolas e clubes infantis em 15 estados, e no Canadá, México, Irlanda e Austrália. Uma versão do programa está disponível para as escolas sem nenhum custo.
O programa é projetado para que de três a cinco vezes por dia, os professores possam reservar alguns minutos para os seus alunos para assistir a um vídeo e seguir as dicas dadas pelos instrutores. Por exemplo, em um vídeo, os instrutores (de idades e tamanhos variados) são estudantes universitários da Universidade de Connecticut que fazem um aquecimento rápido e depois levam as crianças através de um mini treino envolvendo movimentos de vários esportes: beisebol, basquete e triatlo. Isso é seguido por um arrefecimento.
“No final da semana, as crianças têm uma hora ou mais de movimento, e tudo é feito na sala de aula sem equipamento especial”, disse Boyle. “Nós não estamos querendo substituir as aulas de ginástica, mas sim temos o objetivo de dar às crianças mais alguns minutos de movimento por semana. E por introduzir esportes nos vídeos, apresentamos às crianças uma chance de experimentar esportes que elas podem não ter tentado antes.”
Julie Goldstein, diretora da Breakthrough Magnet School em Hartford, Connecticut, disse que sua escola tem usado os vídeos BrainErgizers desde a primavera de 2015. É fácil para os professores implementarem e “fácil para os alunos seguirem”, disse a Sra. Goldstein. Scott McQuigg, executivo-chefe e cofundador do GoNoodle, um programa de movimento de sala de aula usado em mais de 60 mil escolas primárias nos Estados Unidos, credita ao programa da ex-primeira-dama Michelle Obama, “Let’s Move”, o qual ajudou a trazer o movimento e a saúde das crianças para a consciência pública. “Nós chamamos isso de ‘movimento Movimento’”, disse o Sr. McQuigg. “Se nós investimos de três a cinco minutos para que nossas crianças movam-se na sala de aula, estamos realmente otimizando os próximos 45 minutos para o aprendizado. Esse pequeno investimento no tempo fornece um grande rendimento.”
O GoNoodle, que oferece vídeos gratuitos e pagos, pretende distrair as crianças enquanto elas estão se movimentando, disse McQuigg. GoNoodle e outros tipos de vídeos energizadores do cérebro podem ser encontrados no site da iniciativa da Sra. Obama ‘Let’s Move! Active Schools’. “Propositadamente, não estamos colocando isso como um programa de exercícios”, disse McQuigg. “Esta é uma geração digital que espera se divertir, e pensamos que podemos fazer melhor se os entretemos enquanto se movem.”
Joseph E. Donnelly, professor de medicina e diretor do Centro de Atividade Física e Gestão do Peso da Universidade do Centro Médico de Kansas, disse que um ponto positivo desse movimento dentro das salas de aula é que todo mundo está se movendo ao mesmo tempo. “Nas aulas de educação física, muitas vezes um grupo de crianças está parado esperando por sua vez, e às vezes as crianças estão apenas se movendo por cerca de 15 minutos durante uma classe de 50 minutos. Se você implementar movimentos na sala de aula algumas vezes ao dia, isso pode somar pelo menos mais 60 minutos a mais de movimento por semana.”
O professor DiStefano, professor associado do departamento de cinesiologia da Universidade de Connecticut, afirmou que o país está atrasado na apreciação dos benefícios da atividade física dentro de classe. “Em 1961, o presidente Kennedy disse que os escolares precisavam de atividade física para prosperar, mas nos últimos 20 anos, o pêndulo mudou totalmente para o caminho oposto porque as escolas estão sentindo a pressão para que os alunos tenham bom desempenho nos testes padronizados”, afirmou DiStefano. “Não estamos pensando a criança como uma pessoa inteira, e como a atividade física pode as ajudar a lidar com o estresse escolar e realmente as beneficiar na sala de aula.”
Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://www.nytimes.com/2017/03/21/well/family/why-kids-shouldnt-sit-still-in-class.html?smid=nytcore-ipad-share&smprod=nytcore-ipad&_r=0
Postado por admin em 19/maio/2017 -
O estudo conduzido por equipes na Universidade de Manchester e Institutos Nacionais de Saúde nos EUA, revelou que um tipo específico de célula imunológica, a célula Th17, pode ser estimulada quando você mastiga. Esta célula imune é importante na proteção contra infecções bacterianas e fúngicas que são comumente encontradas na boca.
Embora ser de conhecimento geral que os nutrientes dos alimentos podem apoiar um sistema imunológico saudável, os resultados do estudo estabelecem que a ação de mastigar é também importante para tal.
Em outras partes do corpo, tais como o intestino e a pele, as células Th17 são estimuladas pela presença de bactérias amigáveis, o que era assumido como sendo o mesmo caso na boca. No entanto, a equipe descobriu que os danos causados pela abrasão da mastigação induziram fatores gengivais que poderiam ativar os mesmos caminhos que as bactérias e agir sobre as células Th17.
Mas, a estimulação de células Th17 para a proteção imunológica pode ser uma espada de dois gumes: muitas delas podem contribuir para a periodontite – uma doença comum na gengiva que está ligada a complicações em muitas doenças, incluindo diabetes, artrite reumatoide, nascimento prematuro.
A pesquisa foi financiada pelo BBSRC (Biotechnology and Biological Sciences Research Council), Reino Unido, e Instituto Nacional de Pesquisa de Odontologia e Craniofacial, Estados Unidos. A pesquisadora e bióloga Joanne Konkel, da Universidade de Manchester, explicou: “O sistema imunológico realiza um ato de equilíbrio notável em locais de barreira, como a pele, boca e intestino, combatendo agentes patogênicos nocivos, tolerando a presença de bactérias amigáveis normais. Nossa pesquisa mostra que, ao contrário de outras barreiras, a boca tem uma maneira diferente de estimular as células Th17: não através de bactérias, mas pela mastigação. Portanto a mastigação pode induzir uma resposta imunológica protetora em nossas gengivas”.
Na revista Immunity, a equipe mostra que foi capaz de estimular o aumento de células Th17 em ratos, alterando apenas a dureza de seu alimento, e provando que a mastigação foi o fator crítico.
Mas essas células também apresentam um outro lado: “Também fomos capazes de mostrar que o aumento dos danos causados pela mastigação poderia exacerbar a perda óssea na periodontite. Mas, desde que a inflamação na boca está ligada ao desenvolvimento de doenças em todo o corpo, é importante compreendermos os fatores específicos do tecido que regulam a imunidade na barreira oral para eventualmente levar a novas formas de tratar várias condições inflamatórias”.
Referências:
https://medicalxpress.com/news/2017-01-reveals-health-benefits-food.html
Postado por admin em 15/maio/2017 -
No entanto, a dor crônica no joelho associada à terceira idade é frequentemente considerada uma consequência inevitável da idade, e interrompe atividades básicas do cotidiano como caminhar e subir escadas.
Atualmente, é estimado que 250 milhões de pessoas sofram de osteoartrite de joelhos. Para tal, é comumente recomentado tratamentos que incluem atividades aeróbicas, alongamentos e medicamentos com o objetivo de reduzir a dor e a deficiência física.
Entretanto, a natureza crônica da doença tem impulsionado pesquisadores e pacientes a testar diversos suplementos nutricionais para melhorar os sintomas e também prevenir ou reduzir o progresso da oesteoartrite. Um estudo recente associa os benefícios da suplementação do óleo de Krill ao alívio das dores nos joelhos.
AUTORES: Yoshio Suzuki, Minoru Fukushima, Keishoku Sakuraba, Keisuke Sawaki e Kazuaki Sekigawa
REVISTA: Plos One – outubro/2016
A pesquisa tinha como objetivo principal comparar a eficácia do óleo de Krill na redução das dores dos joelhos em adultos que apresentavam este sintoma. Para realizar a pesquisa os autores recrutaram 50 adultos (38-85 anos de idade) com dor leve nos joelhos atendidos na Clínica Ortopédica de Fukushima (Tochigi, Japão), entre setembro de 2014 a fevereiro de 2015. Os pacientes tinham alguns sintomas de dor no joelho, porém ela não era forte o suficiente para que precisassem de farmoterápicos.
Estudo randomizado, duplo-cego, com grupos paralelos, controlado por placebo, com cinquenta adultos (38-85 anos de idade) com dor leve no joelho.Os participantes foram randomizados em dois grupos para receber 2 g por dia de óleo de krill ou um placebo idêntico por 30 dias.
Os participantes também foram instruídos a registrar suas ingestões de alimentos diárias e a manter os suas atividades do cotidiano e estilo de vida ao longo do estudo.
No final, os participantes responderam um questionário com perguntas sobre dores no joelho quando acorda, quando caminha, quando sobre escada, etc. O desfecho primário teve como ponto positivo a melhora dos sintomas subjetivos da dor no joelho, conforme avaliado pela Medida Japonesa da Osteoartrite do Joelho (JKOM) e Associação Ortopédica Japonesa Pontuação (JOA). Já o desfecho secundário incluíram parâmetros bioquímicos do sangue e da urina.
Tanto o grupo de óleo de krill como o de placebo mostraram melhorias significativas após a administração. No entanto, após a intervenção, o grupo de óleo de krill mostrou mais melhorias do que o grupo do placebo em duas perguntas a respeito da dor e da rigidez em joelhos.
Controlando a idade, sexo, peso e hábitos de fumar e beber, o óleo de krill atenuou significativamente a dor no joelho durante o sono, em pé e a amplitude de movimento dos joelhos direito e esquerdo em comparação ao placebo.
Como conclusão, este estudo indica que a administração de óleo de krill (2 g / dia, 30 dias) melhora os sintomas de dor no joelho em adultos com dor leve no joelho.
O óleo de krill é um óleo extraído do krill, um pequeno crustáceo de cor vermelha encontrado no oceano Antártico. Sua administração é indicada para melhorar a inflamação em pacientes com doença cardíaca, artrite reumatoide ou osteoartrite. O trabalho compartilhado hoje e publicado na Revista científica Plos One, mostra o uso exclusivamente do óleo de Krill, na atenuação da dor articular dos joelhos.
O Óleo de Krill possui uma rica fração de ômega-3 na forma de fosfolipídeos, forma essa melhor reconhecida pelo corpo e por isso com maior biodisponibilidade. Um arsenal de trabalhos publicados mostram os benefícios do uso do ômega-3, devido a sua fração de EPA e DHA. A forma mais comum encontrada no mercado de EPA e DHA é através dos óleos de peixe, no entanto, o krill aparece sempre como uma ótima opção.
Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://essentia.com.br/wp-content/uploads/2016/12/krill-oil-improves-mild-knee-joint-pain.pdf
Postado por admin em 13/maio/2017 -
Das 702.308 mortes de adultos por doenças cardiometabólicas, 318.656, ou cerca de 45%, estavam associadas ao consumo inadequado de certos alimentos e nutrientes amplamente considerados vitais para uma vida saudável e ao consumo excessivo de outros alimentos não vitais.
A lista inclui alimentos e nutrientes há muito associados à influência da saúde cardiometabólica. O maior percentual de óbitos foi associado ao excesso de consumo de sódio. As carnes processadas, as bebidas adoçadas com açúcar e as carnes vermelhas não processadas também foram consumidas em excesso. Os americanos não consumiram suficientemente alimentos que têm efeitos saudáveis, como frutas, legumes, oleaginosas e sementes, grãos integrais, gorduras poli-insaturadas e gorduras ômega-3 provenientes de frutos do mar.
O estudo também mostra que a proporção de mortes associadas com a dieta variou entre os grupos populacionais. Por exemplo, as taxas de mortalidade foram mais elevadas entre os homens quando comparadas às mulheres; Entre negros e hispânicos em comparação com brancos; E entre aqueles com níveis mais baixos de educação em comparação com os seus homólogos com níveis mais altos de educação.
Os autores concluíram que “esses resultados devem ajudar a identificar prioridades, orientar o planejamento de saúde pública e informar estratégias para alterar os hábitos alimentares e melhorar a saúde”.
Os achados do estudo foram baseados em dados de certificados de óbito coletados pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde, parte dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
ARTIGO: R Micha, et al. Association Between Dietary Factors and Mortality From Heart Disease, Stroke, and Type 2 Diabetes in the United States. JAMA. DOI: 10.1001/jama.2017.0947
Traduzido por Essential Nutrition
Referências:
https://prevention.nih.gov/news-announcements/news/archive/years/2017/january
Postado por admin em 10/maio/2017 -
Porém, à medida que vamos descobrindo novos sabores e texturas, nós nos tornamos mais exigentes. Ao longo dos anos, quando adquirimos uma consciência alimentar maior, passamos a identificar os alimentos que nos fazem bem ou não, que mexem com nossas sensações e emoções, ampliando, assim, nossas escolhas.
Nessa deliciosa história da alimentação humana, o sabor foi um fator decisivo para o desenvolvimento da arte de comer e beber. Com a utilização de condimentos, aprendemos a harmonizar, descobrimos a arte da gastronomia e aliamos os prazeres à mesa com a sua função mais simples: manutenção da saúde do organismo.
Paralelo a isso, vieram as grandes transformações do século XX e os desafios de alimentar grandes populações urbanas, trazendo a comida enlatada, congelada e rápida. Mais opções, mas menos nutritivas. O que estamos novamente presenciando e uma revolução alimentar, porém, dessa vez no sentido espiral. Um resgate a tradição, ao sabor e a nutrição consciente.
A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina como funcionais os alimentos ou ingredientes que, além das funções nutricionais básicas, quando consumidos na dieta usual, produzem efeitos benéficos a saúde, devendo serem seguro para consumo sem supervisão medica. Um termo novo para classificar algo que sempre existiu, mas que nunca esteve tão em alta.
As primeiras pesquisas sobre alimentos que evidenciavam algum benefício à saúde foram de caráter epidemiológico. No ínicio do século passado, Thomas Latimer (Peter) Cleave (1906-1983) pesquisou os efeitos negativos do consumo de carboidratos refinados para a saúde (principalmente açúcar e farinha branca), que não estariam disponíveis durante a evolução humana primitiva.
Em 1977, ele já dizia para a revista americana Time Magazine que “o homem é o que ele come”, parafraseando um antigo provérbio, que provou ser profético anos mais tarde.
Outro estudioso, Edward Giovannucci, professor de nutrição e epidemiologia de Harvard, apontava, em 1986, correlações entre o consumo cotidiano de produtos de tomate, que são ricos em licopeno, e a reduzida incidência de câncer de próstata. Segundo ele, em revisão lançada em 1999, no Journal of the National Cancer Institute, os benefícios trazidos pela ingestão do molho de tomate possivelmente se resultariam da interação entre vários carotenoides, o ácido ascórbico e outros compostos antioxidantes.
Como se vê, pesquisas nesse campo sempre existiram. Patologias como câncer, diabetes, hipertensão, mal de Alzheimer, doenças ósseas e cardiovasculares entraram para o rol de doenças que veem na nutrição uma forma complementar de combater seus males. Cardápios balanceados fortalecem o organismo no processo da cura e exploram componentes químicos vitais para a funcionalidade dos alimentos: carotenoides, flavonoides, ácidos graxos como ômega-3, probióticos, fibras, dentre outros.
Quem se aventura pelos caminhos da gastronomia funcional precisa muito mais do que uma boa mão para a cozinha, deve dominar os conceitos de nutrição e conhecer os fundamentos da química, essencial para o momento do preparo.

O livro “Nutrição – Conceitos e Controvérsias” (Sizer, 2002) mostra algumas regras gerais sobre a obtenção e conservação dos princípios ativos (fotoquímicos) presentes nos alimentos funcionais. Eis aqui algumas dicas preciosas para quem deseja novas formas de se alimentar bem:
O resultado dessa consciência alimentar está intimamente ligado ao bem-estar físico, social e mental e já atrai um publico crescente de adeptos, que divulga abertamente nas redes sociais os benefícios sentidos e começam a popularizar expressões como alimentos probióticos e sono anabólico, ajudando na propagação dos benefícios da gastronomia funcional.
Mas um ponto importante nos relatos dos resultados, e que muitas vezes fica esquecido, e a percepção individual. As necessidades pessoais são distintas e precisam ser avaliadas cuidadosamente para que os objetivos traçados com um cardápio funcional sejam alcançados, pois nossos organismos não digerem um alimento da mesma forma, assim como não reagem igualmente aos exercícios, medicamentos ou ao clima, por exemplo.
“A individualidade bioquímica e a alimentação funcional não podem ser dissociadas”, explica a chef Sabrina Faccio, que trocou a alta gastronomia pela funcional.
Acostumada a aguçar os sentidos em cozinhas sofisticadas, ela dedica-se agora a um Mestrado em Alimentação e Nutrição em Barcelona e incorpora o grupo de pesquisa e desenvolvimento da Essential Nutrition. Sua proposta e buscar novas soluções alimentares, apoiadas em estudos científicos.
Sabrina descreve duas tendências sobre o futuro da alimentação, vislumbrada em um passado recente. A primeira, tradicionalista, baseia-se no resgate das origens, do natural e da agricultura local. Já a segunda caminha para fórmulas nutricionais, alimentos sintéticos e proteína texturizada, apresentados em formas variadas.
Para pesquisar um pouco mais sobre o assunto, a chef fez da cozinha da sua casa um verdadeiro laboratório e utiliza como ingredientes whey protein, enzimas digestivas, probióticos e tantos outros suplementos, buscando a inclusão de nutrientes com ação funcional sobre o corpo, sempre no ponto certo para aproveitar o melhor dos nutrientes. Sua busca constante e para associar o sabor da alta gastronomia com os conceitos da funcional, dando um passo evolutivo nesta arte: usar como ingredientes o que existe de mais avançado em suplementos nutricionais. Sua comida e de verdade, e, preferencialmente, orgânica. Sal, somente do Himalaia. A manteiga e Ghee e para aquecer, apenas óleo de coco.
Ao pesquisar um pouco mais sobre as receitas da chef, percebemos claramente que existem técnicas, ingredientes e linhas condutoras na cozinha praticada por ela. Baixo índice glicemico, baixa frutose, baixa sacarose e carboidratos complexos são alguns exemplos.Do lado gastronômico, Sabrina traz a capacidade criativa, o cuidado com o preparo, a preocupação com a escolha dos alimentos e a paixão por receber. “Quero que meus convidados desfrutem mais do que uma experiência gastronômica incrível, quero proporcionar bem-estar”, conta ela, lembrando-se da participação no stand da Essential Nutrition este ano, no Ironman, em Florianópolis. “Preparamos algo bem especifico a base de glutamina, d-ribose e whey protein, para recuperar as energias perdidas pelos atletas durante a prova. Tudo sem glúten, sem lactose e absolutamente saboroso”.
Basta olhar as fotos dos pratos prontos para identificar na gastronomia funcional com o uso de suplementos um esforço para resgatar o prazer por comer aliado a saúde e colocar no passado recente a teoria que se pregou de uma dieta saudável, restritiva e sem graça. Aqui a regra e o equilíbrio: não a restrição e sim a expansão.
Se você tem alguma dúvida se estamos falando de mais um daqueles modismos alimentares, prepare-se para as infinitas possibilidades que a gastronomia funcional com o uso de suplementos pode lhe proporcionar.
Postado por admin em 10/maio/2017 -
Michael Yassa, professor assistente de ciências psicológicas e cerebrais na Escola de Artes e Ciências Krieger da Johns Hopkins e sua equipe de cientistas descobriram que a cafeína tem um efeito positivo na memória de longo prazo em seres humanos. Sua pesquisa, publicada pela revista Nature Neuroscience, mostra que a cafeína melhora certas memórias, pelo menos, até 24 horas após ser consumida.
“Nós sempre soubemos que a cafeína tem efeitos cognitivos, mas seus efeitos especiais no fortalecimento das memórias e em torná-los resistentes ao esquecimento nunca foram examinados em detalhes nos seres humanos”, disse Yassa, autor sênior do artigo. “Relatamos pela primeira vez um efeito específico da cafeína na redução do esquecimento durante 24 horas”.
Os pesquisadores Johns Hopkins realizaram um estudo duplo-cego; Onde os participantes que não consomem regularmente produtos cafeinados receberam um placebo ou um comprimido de cafeína de 200 miligramas cinco minutos depois de estudar uma série de imagens. As amostras salivares foram retiradas dos participantes antes de tomarem os comprimidos para medir os seus níveis de cafeína. As amostras foram recolhidas 1h, 3h e 24 horas depois.
No dia seguinte, ambos os grupos foram testados em sua capacidade de reconhecer imagens da sessão de estudo do dia anterior. No teste, algumas das imagens foram as mesmas do dia anterior, algumas eram novas e outras eram semelhantes. No resultado, mais membros do grupo de cafeína foram capazes de identificar corretamente as novas imagens como “semelhante” às imagens vistas anteriormente versus erroneamente citando-os como o mesmo.
A capacidade do cérebro de reconhecer a diferença entre dois itens semelhantes, mas não idênticos, chamada separação de padrões, reflete um nível mais profundo de retenção de memória, disseram os pesquisadores.
“Se usássemos uma tarefa padrão de memória de reconhecimento sem esses itens complicados semelhantes, não teríamos encontrado nenhum efeito da cafeína”, disse Yassa. “Entretanto, usar estes artigos exige que o cérebro faça uma discriminação mais difícil – o que nós chamamos a separação do teste padrão, que parece ser o processo que é realçado pela cafeína em nosso caso.”
O centro de memória no cérebro humano é o hipocampo, uma área em uma forma que se assemelha a um “cavalo marinho” no lobo temporal do cérebro. O hipocampo é como uma caixa de distribuição para todas as memórias de curto e longo prazo. A maioria das pesquisas feitas sobre a memória – os efeitos de concussões no atletismo para lesões de cabeça relacionadas à guerra à demência no envelhecimento da população – são focados nesta área do cérebro.
Até agora, os efeitos da cafeína sobre a memória de longo prazo não tinham sido examinados em detalhes. Dos poucos estudos realizados, o consenso geral foi de que a cafeína tem pouco ou nenhum efeito na retenção de memória a longo prazo.
A pesquisa é diferente de experiências anteriores, porque os indivíduos tomaram os comprimidos de cafeína apenas depois de terem visto e tentado memorizar as imagens. “Quase todos os estudos prévios administrados cafeína antes da sessão de estudo, por isso, se houver um aumento, não está claro se é devido aos efeitos da cafeína sobre a atenção, vigilância, foco ou outros fatores. Ao administrarde cafeína após a experiência, descartamos todos esses efeitos e certificamos que se houve um aprimoramento, é devido à memória e nada mais “, disse Yassa.

De acordo com a Food and Drug Administration dos EUA, 90% das pessoas em todo o mundo consomem cafeína de uma forma ou de outra. Nos Estados Unidos, 80% dos adultos consomem cafeína todos os dias. O adulto médio tem uma ingestão de cerca de 200 miligramas – a mesma quantidade usada no estudo Yassa – ou aproximadamente uma xícara forte de café ou duas pequenas xícaras de café por dia.
A equipe de Yassa completou a pesquisa na Johns Hopkins antes de seu laboratório se mudar para a Universidade da Califórnia-Irvine no início deste ano.
“O próximo passo para nós é descobrir os mecanismos cerebrais subjacentes a esse aprimoramento”, disse ele. “Podemos usar técnicas de imagem cerebral para resolver estas questões. Também sabemos que a cafeína está associada com a longevidade saudável e pode ter alguns efeitos protetores de declínio cognitivo como a doença de Alzheimer.Estas são certamente questões importantes para o futuro.
O principal autor do artigo é Daniel Borota, um estudante de graduação no laboratório de Yassa, que recebeu um prêmio de pesquisa de graduação da Johns Hopkins para realizar o estudo. Outros autores, todos da Johns Hopkins, são: Elizabeth Murray, coordenadora de um programa de pesquisa no Departamento de Ciências Psicológicas e Cérebro; John Toscano, professor do Departamento de Química; Gizem Kecili, um estudante de graduação também no Departamento de Química e Allen Chang, Maria Ly e Joseph Watabe, todos os alunos de graduação no Departamento de Ciências Psicológicas e Cérebro.
Esta pesquisa foi apoiada pelos subsídios P50 AG05146 e R01 AG034613 do Instituto Nacional sobre o Envelhecimento, bem como CHE-1213438 da National Science Foundation.
Responda a nossa pesquisa para leitores e ganhe um cupom de desconto!
Vamos lá!