“Tá estressado? Vai surfar!” Essa afirmação, comum de se ver estampada em carros de surfistas, oferece uma solução aparentemente simples para um dos maiores problemas da atualidade: o excesso de estresse. Bastaria surfar, ou praticar algum outro esporte, para desestressar e seguir calmo com a vida. Mas é mesmo isso que ocorre? Qual é a relação entre os níveis de estresse no organismo e o desempenho atlético? O esporte é sempre um bom “calmante” para a agitação da vida moderna? Descubra no texto.

O que é estresse

Antes de mais nada, é preciso lembrar que o estresse não é, por si só, algo ruim para o organismo. Ele é definido como uma resposta física a uma ameaça, que pode ser real ou imaginária. Quando estressado, o corpo entende que está sob ataque e se prepara para “lutar ou fugir”. Para isso, libera na corrente sanguínea substâncias estimulantes, como adrenalina, cortisol e norepinefrina.

O problema é quando o organismo é demasiadamente estimulado e desafiado e se mantém em estado de estresse por longos períodos. Além da exaustão, esse quadro pode levar a uma série de doenças, como insônia, transtornos alimentares e digestivos, depressão, hipertensão e outros. 

Influência do estresse no desempenho esportivo

Em níveis moderados, o estresse é considerado um fator de performance durante o exercício físico. Isso porque, quando em níveis muito baixos, o atleta pode não estar suficientemente preparado para entregar todo o seu potencial. Por outro lado, a excitação excessiva pode prejudicar o foco e dificultar a dosagem da energia durante a atividade.

Além disso, pesquisas mostram que níveis maiores de cortisol podem favorecer os exercícios físicos de longa duração. Isso porque o cortisol impede a reesterificação do ácido graxo liberado na queima de gordura, ajudando a manter o fluxo de energia. Após o esforço físico, o cortisol pode ainda auxiliar na ressíntese de glicogênio muscular. 

Atividade física no combate ao estresse crônico

As reações do organismo à atividade física ajudam o corpo a combater uma série de sintomas causados pelo estresse crônico. Confira:

  • Pesquisas mostram que a prática regular de atividade física pode minimizar a depressão e problemas emocionais. Isso porque o exercício aeróbico provoca a liberação de hormônios que ajudam a aliviar o estresse e promovem uma sensação maior de bem-estar. 
  • A contração rítmica da musculatura, que é gerada em qualquer tipo de exercício, aumenta os níveis de serotonina, um neurotransmissor que influencia direta e indiretamente células cerebrais relacionadas com o humor e ajuda a combater pensamentos negativos.
  • O sono também é positivamente impactado pela prática regular de atividade física. Ela ajuda a adormecer mais rapidamente, ter um sono profundo mais prolongado e de melhor qualidade e despertar menos durante a noite. O exercício é a única forma conhecida de aumentar a quantidade de sono profundo em adultos saudáveis, sendo este essencial para a recuperação e reparação do corpo.
  • Exercícios aeróbicos, como correr, nadar e pedalar, induzem à elevação do colesterol “bom” (HDL), melhorando os níveis de glicose na corrente sanguínea. Esse quadro  facilita o controle da hipertensão arterial e ajuda a evitar o diabetes.
  • O funcionamento do sistema digestivo é favorecido pela aceleração do metabolismo causada pela atividade física. Assim, o esvaziamento gástrico, ou seja, a passagem dos alimentos para fora do estômago, também prossegue de forma mais eficiente. Ocorre ainda a liberação de hormônios que estimulam os movimentos intestinais, acelerando o processo de condução do bolo alimentar pelo intestino e posterior evacuação.

Benefícios da atividade física para o organismo

Além de atuar nestes sintomas ligados ao estresse, o exercício físico tem outros efeitos benéficos sobre a saúde. Segundo a Escola de Medicina de Harvard, o esporte promove:

  • Melhora na vida sexual, tanto na libido como no desempenho. Descobriu-se que os homens que se exercitam 30 minutos por dia são 41% menos propensos a apresentar disfunção erétil em comparação com os homens sedentários. Nas mulheres, foi descoberto que andar por 20 minutos de bicicleta aumenta a excitação sexual em 169%.
  • Promove o bom funcionamento pulmonar e aumenta o fluxo sanguíneo do cérebro, o qual ajuda a manter as funções cerebrais, uma característica de pessoas que continuam com boa memória e perspicácia mental durante o envelhecimento.
  • Protege a mobilidade e a vitalidade. O exercício retarda o declínio natural do desempenho físico que ocorre com o envelhecimento. Muitos estudos têm demonstrado que os idosos mais ativos preservam maior e melhor mobilidade e, consequentemente, são mais independentes.

Excesso de estresse e desempenho esportivo

Apesar de inicialmente benéfica, o excesso de atividade física, ou a falta de descanso entre elas, pode levar a um quadro oposto, de prejuízo para a saúde. Este cenário é conhecido como overtraining (treinamento excessivo) e pode afetar também o próprio desempenho esportivo. O atleta passa a experimentar fadiga constante, com dificuldade para manter a rotina de treinamento e progredir no ganho de condicionamento.

Em casos extremos, o overtraining pode levar ao burnout, que é a exaustão completa do atleta. Segundo estudos, as pessoas que passam por isso apresentam esgotamento emocional e físico, percepção de que os objetivos são inatingíveis e desinteresse pelo esporte.

Equilíbrio entre esporte e estresse

Como vimos, o estresse é uma situação inicialmente boa que, em excesso, traz diversos riscos para a nossa saúde física e emocional. Por outro lado, a prática esportiva é uma das melhores ferramentas para manter o estresse sob controle e melhorar o funcionamento do organismo. Já se for praticado com exagero, o esporte pode se transformar no próprio indutor de estresse. Como em muitas coisas na vida, a chave desta equação está no equilíbrio.  

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