A edição de janeiro de 2018 do American Heart Journal relatou a descoberta de um estudo randomizado em pacientes com histórico de ataque cardíaco que não estavam sendo tratados com estatinas. No desenrolar do estudo, altas doses de suplementos de vitaminas e minerais foram associadas a uma redução de eventos cardiovasculares como ataques cardíacos e mortalidade por qualquer causa.

O estudo duplo-cego para avaliar a terapia de quelação (sigla, TACT) foi realizado nos Estados Unidos e no Canadá, onde matricularam 1.708 participantes entre setembro de 2003 e outubro de 2010. Os participantes, com histórico de ataque cardíaco há pelo menos seis semanas antes da inscrição, receberam uma série de 40 tratamentos de quelação (remoção de metais pesados do organismo) ou infusões de placebo. Cada grupo também recebeu seis comprimidos diários de uma dose elevada de suplemento vitamínico e mineral administrado por via oral ou um placebo oral durante a duração do ensaio.

O suplemento continha vitaminas A, C, D3, E, K1, B1, B3, B5, B6, folato, PABA, colina, inositol, biotina, cálcio, iodo, magnésio, zinco, selênio, cobre, manganês, cromo, molibdênio, potássio, boro, vanádio e bioflavonoides cítricos.

RESULTADO: SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS ASSOCIADOS A MENOS EVENTOS CARDÍACOS

Entre os 460 participantes que não estavam sendo tratados com estatina, 137 morreram (de qualquer causa) ou sofreram um grande evento cardíaco adverso, como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, revascularização coronariana ou hospitalização por angina em um seguimento médio de 55 meses. Para os não usuários de estatinas que receberam multivitaminas e minerais, o risco de um desses resultados foi 38% menor do que aqueles que receberam um placebo oral. A mortalidade por qualquer causa durante o seguimento foi de 53% menor no grupo suplementado.

Quando a mortalidade cardiovascular por si só foi considerada, a suplementação de vitaminas e minerais foi associada a uma redução de risco de 61%. Em sua discussão sobre os resultados, o pesquisador Omar M. Issa e seus colegas observam que nenhuma diretriz de prática clínica atualmente recomenda o uso de suplementos vitamínicos para prevenir doenças cardiovasculares. No entanto, a maioria dos estudos sobre os quais as recomendações estão baseadas testaram doses moderadas de apenas um pequeno número de suplementos (geralmente vitaminas A, B12, C, E, ácido fólico e selênio).

O modelo terapêutico de medicamentos usado por esses estudos é útil para estudar agentes individuais e determinar sua eficácia para aplicações clínicas específicas, mas não se estende bem a terapias com multicomponentes mais complexos, cada vez mais usados para o autocuidado de grande número da população em geral e pacientes com diversas doenças”, os pesquisadores afirmaram.

Eles acrescentam que as conclusões atuais estão novamente passando por novos testes.

Artigo traduzido por Essential Nutrition

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