Na alimentação kosher ou kasher, nada é escolhido ao acaso. Com uma história de mais de 4.000 anos, observar a kashrut (conjunto de regras alimentares estabelecidas pela lei judaica) marcam a identidade do povo judeu e reforçam que o Judaísmo está presente em todas as atividades da vida, inclusive no ato de comer. Afinal, mais do que ser bom para o corpo, o alimento também deve nutrir a alma.

Ficou interessado no assunto? Acompanhe neste post o que é, como funciona, quais são os alimentos permitidos, o que significa o selo kosher na embalagem dos produtos e o porquê todas as pessoas podem se beneficiar desse tipo de alimentação.

O que é a alimentação kosher?

“Próprio”, “adequado”, “correto”. Esses são alguns significados da tradução literal da palavra kosher ou kasher, que corresponde a tudo o que é apropriado para o consumo pelos judeus.

Na tradição judaica, os alimentos kosher obedecem a uma série de regras chamadas kashrut, descritas no Torá, o livro sagrado dos judeus, com o objetivo de obter uma alimentação mais pura e nutritiva, tanto para o corpo, como para a alma.

Logo, para que um alimento seja considerado kosher, ele deve respeitar essas regras durante a produção e o preparo, além de passar pela fiscalização por um órgão especializado e apresentar um selo específico (no caso de alimentos industrializados).

Origem e tradição

As leis que determinam a dieta kosher estão escritas principalmente em Levítico 11 e Deuteronômio 14, entre outros textos sagrados, e são repassadas de geração em geração pelas autoridades rabínicas.

Entre os principais objetivos de se consumir alimentos kosher estão:

  • manter vivas as tradições judaicas;
  • representar uma forma de união do povo judeu, mesmo estando dispersos em países diferentes;
  • tratar os animais de forma mais humana;
  • comer com consciência em relação à fonte do alimento e o propósito da alimentação;
  • trazer benefícios à saúde e mais longevidade, uma vez que os alimentos passam por rígidos controles de qualidade.

Além disso, para os cabalistas, comer com atenção é uma forma de elevar o alimento, cumprir a vontade divina e o propósito para o qual ele foi criado. Isso também significa uma maneira de se conectar com Deus.

Como funciona?

Como citamos anteriormente, para ser considerada kosher, a alimentação deve seguir uma série de regras, que contemplam não somente o tipo de alimento ingerido, como também o modo de preparo, a combinação, o uso de utensílios e a forma de abate dos animais.

Principais regras

As principais regras do kashrut contemplam os seguintes requisitos:

  • Algumas espécies de animais são permitidas para consumo (sua carne, ovos e leite), mas outros são proibidos. Aves de rapina, por exemplo, não são permitidas; enquanto frango, pato e peru são;
  • O sangue dos animais não deve ser ingerido;
  • Os animais devem ser abatidos por meio de uma técnica específica e indolor, chamada shechitah;
  • Alimentos como carne e leite não podem ser combinados na mesma refeição ou ingeridos um após o outro (é preciso observar um período de espera). Nem mesmo os utensílios utilizados para o preparo ou consumo desses alimentos podem ser os mesmos;
  • Carne de peixe não deve ser consumida com outras carnes, mas é permitido comer uma logo após a outra;
  • Legumes, frutas, vegetais e cereais são considerados kosher, mas devem ser bem examinados e higienizados para evitar a ingestão de insetos ou vermes;
  • Vinho e suco de uva precisam do certificado kosher para consumo;
  • Todos os alimentos processados ou industrializados precisam apresentar o selo kosher para serem considerados próprios para o consumo.

Alimentos neutros

Os alimentos que crescem na terra, como frutas, vegetais e cereais são considerados alimentos neutros, também chamados de parve. Isso porque, eles podem ser combinados com qualquer outro alimento kosher, seja carne ou derivado do leite.

Os ovos dos animais permitidos pelas leis kosher também são considerados parve. No entanto, para que sejam kosher não podem conter sangue na casca. Caso contrário, precisam ser descartados do plano alimentar.

A única exceção é para o vinho e o suco de uva, que apresentam algumas regras para se tornar kosher e, por isso, necessitam de selo. Entre elas estão:

  • As videiras precisam ter idade superior a quatro anos;
  • Não devem ser cultivadas outras plantas no local do vinhedo;
  • Se estiver localizado em terras sagradas, o vinhedo deve deixar de produzir uma vez a cada sete anos;
  • A matéria-prima deve ser kosher e os equipamentos e máquinas devem estar devidamente preparados para evitar qualquer tipo de contaminação cruzada com alimentos não kosher;
  • O manuseio do vinho só pode ser feito por judeus ortodoxos.

Todos os alimentos que não estiverem de acordo com as leis judaicas são chamados de treif ou treyf, o que significa “proibido”, e não devem ser consumidos por quem tem uma alimentação kosher.

Produtos industrializados

Além do abate por meio de técnica específica para minimizar o sofrimento do animal e eliminar o máximo de sangue possível, todos os órgãos são supervisionados para garantir que não haja nenhuma anormalidade que torne a carne não kosher.

Após o abate, também é realizado um processo para filtrar o restante do sangue antes do consumo. Para isso, é adicionado sal kosher em toda a extensão da carne e realizada a drenagem. Ao término, o sal é retirado e a carne chacoalhada e lavada.

Ainda, no caso dos bovinos, nem todas as partes do animal são kosher. Isso porque, a carne deve ter poucos nervos e vasos sanguíneos para ser considerada própria para o consumo pelos judeus.

Já no caso de leite e derivados, é preciso garantir que sua origem seja de um animal kosher. Por isso, um rabino deve acompanhar todo o processo, desde a ordenha até o momento em que o leite é engarrafado.

Em relação aos demais alimentos processados, a garantia do alimento kosher se dá por meio de um selo presente na embalagem. Ele serve para que os consumidores tenham a certeza de que todas as regras foram cumpridas durante o processo de fabricação e não houve contaminação cruzada.

Quais são os alimentos kosher?

Os alimentos considerados kosher são:

  • Carnes:
    • Devem ser de animais ruminantes, como vaca, ovelha, cabra e veado. Porco e coelho não são permitidos;
    • Entre as aves estão o frango, pato, ganso e peru. Abutres e aves de rapina não são permitidas;
    • Répteis, insetos, vermes e anfíbios não são considerados kosher;
    • Peixes como atum, salmão e truta são kosher, enquanto crustáceos, moluscos e mamíferos marinhos não são. Isso porque, para ser considerado kosher o peixe deve ter barbatanas e escamas.
  • Ovos: todos são kosher desde que não tenham traços de sangue.
  • Leites e derivados: todos os produtos supervisionados por um rabino desde a ordenha são considerados kosher.
  • Frutas, verduras, legumes e cereais: todos são kosher desde que devidamente examinados e higienizados, para que fiquem livres de insetos e vermes.
  • Pão: deve apresentar o certificado kosher, para garantir que todos os ingredientes utilizados também sejam certificados, além da preparação adequada dos equipamentos e utensílios usados durante a produção.
  • Bolos e biscoitos: devem ser avaliados individualmente, pois caso tenham sido produzidos com margarina não kosher ou assados em utensílios ou fornos utilizados também para produtos não kosher, os produtos não podem ser consumidos por judeus.
  • Margarina: apenas aquelas produzidas com a supervisão de um rabino podem ser utilizadas.
  • Mel: não é considerado um produto de origem animal, por isso é kosher, mesmo que as abelhas não sejam.

Quais os benefícios da comida kosher?

Os principais benefícios da alimentação kosher são a rastreabilidade, a pureza dos ingredientes e a garantia de que não há contaminação cruzada, pois devem seguir todas as regras básicas do kashrut.

Por isso, muitas pessoas, especialmente veganos e vegetarianos, também optam por incluir alimentos kosher na sua alimentação, considerando que o selo confere um compromisso maior com a qualidade dos produtos.

Como saber se o alimento é kosher?

Além de seguir todas as regras já citadas, os alimentos industrializados com certificação kosher são identificados por meio de selos específicos, utilizados por empresas certificadas de acordo com critérios baseados na Lei Judaica.

O que significa o selo kosher?

O selo significa que todas as regras para alimentos kosher foram seguidas, que a empresa é certificada e cumpre rigorosos padrões de qualidade para tornar esse alimento apto para consumidores judeus.

De modo geral, esses selos são representados por um “U” ou “K”, dentro de círculos ou outro tipo de moldura e impressos na embalagem do produto. Existem diversos tipos de selos ou marcas registradas próprias, que variam de acordo com a agência de supervisão rabínica.



Emissão do certificado kosher

Para receber o certificado kosher, a empresa passa por um processo, composto por duas etapas principais:

  • Etapa 1: é realizada uma pesquisa detalhada em relação a todos os ingredientes que compõem o produto, bem como do processo de fabricação. Os componentes de cada ingrediente, lista de fornecedores, planta da fábrica, sistemas de caldeiras, vapor, enfim, tudo é supervisionado. Essa pesquisa é feita de forma remota, por telefone ou e-mail, em caráter sigiloso. Se tudo estiver de acordo, é possível iniciar a segunda etapa.
  • Etapa 2: após a análise das informações da primeira etapa e constatado que todos os critérios da alimentação kosher são atendidos pela empresa, é agendada uma visita de um rabino ortoxo à fábrica para aprovação do produto e emissão do certificado.

Importante destacar que a emissão do certificado depende da total colaboração e transparência das informações prestadas, tanto pela empresa que busca a certificação, quanto pela entidade judaica que emitirá o certificado.

Suplementos com selo Kosher

Assim como os alimentos, os suplementos também podem ser considerados kosher ou não kosher. Nesse sentido, o olhar mais criterioso está nos ingredientes utilizados e se o produto apresenta o selo de certificado kosher.

Ao optar por suplementos com selo kosher os adeptos desse tipo de dieta ficam mais tranquilos para o consumo, devido a garantia de que o produto segue as regras estabelecidas no kashrut e seus mais rígidos padrões de qualidade.

Confira a seguir, os suplementos alimentares Essential Nutrition que apresentam selo kosher:

Que tal receber conteúdos exclusivos como esse no seu e-mail? Assine a nossa newsletter e receba conteúdos atualizados sobre nutrição, longevidade, hábitos saudáveis, suplementação e muito mais.

As informações fornecidas neste site destinam-se ao conhecimento geral e não devem ser um substituto para o profissional médico ou tratamento de condições médicas específicas. Assim, as informações contidas aqui não se destinam a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Procure sempre o aconselhamento do seu médico ou outro prestador de cuidados de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter a respeito de sua condição médica. Por fim, nunca desconsidere o conselho médico ou demore na procura de ajuda por causa de algo que tenha lido em nosso site e mídias sociais da Essential.

Xylitol 300g-0

Xylitol 300g

O sabor do açúcar com metade das calorias.

R$80,00
R$0,00

Fiberlift

Prebiótico com 5 tipos de fibras

R$145,00
R$0,00

D-Ribose

Energia no pré-treino e recovery no pós-treino.

R$278,00
R$0,00

Crealift

Creatina Monohidratada Creapure®

R$340,00
R$0,00