A sensação de arrepio na pele e o suor liberado depois do treino são respostas para manter a temperatura interna do corpo em equilíbrio e são bons exemplos para abordar o assunto homeostase. 

Isso porque a homeostase está relacionada à regulação do funcionamento corporal conforme os níveis considerados normais, tanto de concentrações de nutrientes no sangue, do pH, da pressão arterial, entre outras atividades.

O corpo humano é uma máquina perfeita. Para que funcione em equilíbrio, ele precisa equalizar funções para manter o meio interno nivelado diante das mudanças do meio externo.

Logo, esse equilíbrio tem tudo a ver com a homeostase, que conta com a atuação de mecanismos para garantir que o corpo mantenha fluidos, temperatura, pressão e outras ações em plena atividade.

Mas você sabe o que é homeostase? Sabe a diferença entre homeostase e alostase? 

Siga com a leitura e veja os conceitos, a origem dos termos e exemplos de como o corpo responde a estímulos para permanecer em equilíbrio. 

O que é homeostase?

A homeostase está associada às características que organismos vivos têm em regular situações fisiológicas diante de mudanças externas e manter sua estabilidade. No caso da homeostase do corpo humano, a regulação da temperatura e da pressão arterial feitas pelo próprio organismo são exemplos de como isso acontece na prática.

Assim, ao pensar em equilíbrio do organismo, é essencial relacionar com a homeostase.

Origem do termo

O termo homeostase vem do grego antigo hómoios, que significa “semelhante”; hístēmi, “parado”; e estase, de stásis, “em pé”.

A princípio, o conceito foi descrito em 1865 por Claude Bernard, fisiologista francês, que conceituou que “todos os mecanismos vitais têm apenas uma finalidade: a de manter constantes as condições de vida no ambiente interno e dentro dos parâmetros fisiológicos”.

O termo foi cunhado posteriormente pelo fisiologista americano Walter B. Cannon, o qual concretizou o princípio da regulação homeostática.

Tipos de homeostase

Atualmente, a homeostase é compreendida como a tendência que um sistema tem de agir para manter a própria estabilidade, mesmo sob condições adversas e expostas a alterações.

Neste contexto, é importante ressaltar que a homeostase pode ser compreendida em “universos” diferentes, por isso, é possível destacar três tipos:

  • Homeostase ecológica: associada ao equilíbrio da vida planetária. Exemplo: o controle de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera feito por seres que fazem a fotossíntese. Assim, a concentração de gás carbônico é reduzida, o que ajuda a dar condições para a vida humana.
  • Homeostase biológica: relacionada à regulação do ambiente interno de qualquer ser vivo, considerando a atuação de seus fluidos (como o plasma sanguíneo). Exemplo: répteis precisam de fontes de calor externas para manter a temperatura corporal (são animais ectotérmicos), diferente dos humanos, que conseguem manter o calor do corpo (endotérmicos).
  • Homeostase corporal: propriedade do corpo humano em regular diversas funcionalidades, como a temperatura corporal, o pH, a pressão arterial (e outras funções), além dos fluidos.

Homeostase em diferentes áreas

O termo homeostase vem sendo aplicado em diferentes áreas do conhecimento. Como exemplo, na Psicologia da Saúde, a homeostase significa a ligação entre a função fisiológica e psicológica, no sentido de equilíbrio.

Para exemplificar essa relação, é possível citar os impactos que a mente pode ocasionar no sistema imunológico. Estudos já identificaram que controlar o estresse é um dos pilares para aumentar a imunidade.

O que é alostase?

Se homeostase caracteriza a capacidade de manter a regulação do corpo, a alostase caracteriza os mecanismos que garantem a homeostase. Ela entra em ação quando a homeostase, de alguma forma, é interrompida.

Origem do termo

Neste contexto, alostase significa “estabilidade através de mudança”. Ainda é um termo recente: foi cunhado em 1988 por Sterling e Eyer.

Carga alostática

A alostase é uma regulação disfuncional que ocorre quando o corpo é exposto a situações artificiais ou fisiopatológicas. Essas situações criam uma carga alostática, que representa a energia metabólica gerada para regular determinado desequilíbrio. 

Contudo, a carga alostática precisa ser adequada para que os mecanismos trabalhem e mantenham a homeostase corretamente. 

Diante disso, é importante destacar que a sobrecarga alostática pode resultar em problemas de saúde. Assim, fica evidente que este processo precisa ser nivelado, ou seja, o corpo precisa acionar seus mecanismos na medida certa.

Caso isso não aconteça e a carga alostática permaneça em atividade, ocorre a sobrecarga, situação relacionada a prejuízos para a saúde, como hipertensão e ansiedade.

Qual a diferença entre homeostase e alostase?

Os termos podem ser semelhantes, mas não são a mesma coisa! Vale destacar que o termo homeostase é relacionado à estabilidade do organismo, fundamental para nos manter vivos, e é controlada pelos níveis considerados saudáveis e normais. 

Ainda, é importante lembrar que existe uma certa margem dos níveis (de fluidos, quantidade de elementos no sangue, pressão, temperatura, etc.), manuseados para manter o equilíbrio do corpo. Desta forma, quando os níveis estão abaixo ou acima do esperado, acontece o desequilíbrio das funções corporais e, com isso, o desequilíbrio da homeostase.

Assim, a alostase é responsável por ajustar essa disfunção através de mecanismos importantes para manter o funcionamento adequado do corpo.

Quais são os principais mecanismos para manter a homeostase?

Os sistemas do corpo se articulam para manter a homeostase através de mecanismos que funcionam por um processo chamado de feedback negativo. Isso significa que a resposta do mecanismo é oposta à situação, o que equaliza e diminui o desequilíbrio ocasionado. 

É relevante mencionar que a homeostase precisa de funcionalidades do sistema nervoso, endócrino e imune acionadas para manter o ambiente interno nos níveis adequados. 

De uma forma mais didática, o sistema nervoso detecta o desequilíbrio, enquanto o sistema endócrino e imunológico agem para equalizar a situação e manter a homeostase.

Veja alguns exemplos.

Temperatura corporal

Ao se expor em um dia de sol quente ou sob o frio de um dia de inverno, a temperatura do corpo costuma alterar entre um e dois graus. Desta forma, é possível identificar os resultados do nosso corpo trabalhando adequadamente para manter a temperatura correta, um ótimo exemplo de manutenção da homeostase.

Altas e baixas temperaturas

Após um treino intenso, o corpo produz suor para liberar calor (além de outras substâncias e reações que são excretadas). Desta forma, o organismo atua para reduzir a temperatura e mantê-la dentro dos níveis normais (37ºC). 

Ou, ainda, sabe aquela sensação de arrepio na pele quando o corpo é exposto a baixas temperaturas? Essa é uma das formas pelas quais o organismo se manifesta para reter calor ao diminuir os vasos da pele. Caso a temperatura não se estabeleça, é comum que aconteçam tremores involuntários dos músculos, com a intenção de manter o calor do corpo.

Níveis de oxigênio

Quando o organismo identifica a queda de oxigênio no sangue, um dos mecanismos é aumentar a respiração. Quer um exemplo bem simples? Durante a prática de atividade física, a respiração pode ser aumentada drasticamente para manter a estabilidade da oxigenação do sangue e dos tecidos.

Níveis de glicose

A glicose é um carboidrato considerado fonte de energia e nutricional para as células. Contudo, precisa ter seu nível controlado para não ocasionar doenças e desequilíbrios, como a diabetes.

Para manter a homeostase quando os níveis de glicose ficam muito altos, o pâncreas libera um hormônio conhecido como insulina (que regula a glicose no sangue). Se os níveis de glicose caírem muito, o fígado converte o glicogênio do sangue em glicose e equilibra a situação.

Equilíbrio hídrico

Mais da metade da porcentagem do peso corporal de um ser humano é formada por água. Além disso, células com muita água incham, e as com pouca hidratação podem encolher. Por isso, manter o equilíbrio hídrico é um exemplo de homeostase.

Ainda, os rins são órgãos importantes para manter a quantidade adequada de água e minerais do organismo. Um dos motivos é que eles são responsáveis por excretar ureia e regular as concentrações de água. 

Somado a isso, os rins estão associados ao hormônio ADH, o qual ajuda a manter a hidratação do organismo.

Pressão arterial

O corpo tem mecanismos que agem para garantir que a pressão arterial diminua ou aumente quando identifica alguma adversidade ou desequilíbrio. Nas duas ocasiões, apresenta efeito contrário para equilibrar os níveis arteriais adequadamente.

Por fim, todos os organismos vivos são compostos por sistemas que precisam de condições estáveis para funcionar em equilíbrio, e a homeostase é o estado que todos nós desejamos, ou ao menos, deveríamos.

Manter o equilíbrio interno e as funcionalidades do corpo estáveis é essencial. Porém, é interessante não esquecer de cuidar da mente e do bem-estar. 

Para ter acesso a outros conteúdos relacionados a estas questões, conheça a categoria “hábitos saudáveis”, aqui no blog. Uma seleção de conteúdos pensados para ajudar a manter o equilíbrio e a saúde em dia.

 

 

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