Segundo a OMS as crianças devem ser alimentadas com leite materno exclusivo até aos 6 meses. A partir daí recebem alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e deve-se manter a amamentação pelo menos, até os 2 anos de idade.

A mãe tem um papel fundamental, por isso deve estar emocionalmente tranqüila, serena já que a descida do leite é regulada por hormônios. Nessa fase o apoio da família é muito importante. O leite materno mais que nutrir, traz conforto, aconchego, faz nascer um elo indestrutível entre mãe e filho. Alimenta o corpo e a alma.

A livre demanda é a melhor forma de amamentar, o bebezinho sabe das suas necessidades. O leite materno vai se modificando conforme a criança cresce, ele é vivo e tem o sabor dos alimentos que a mãe ingere. Aqui vemos a importância do cuidado na alimentação da Mãe, procurando ingerir mais frutas, verduras e legumes preferencialmente orgânicos e deixar de lado os industrializados cheios de aditivos químicos, sódio e açúcar.

Não existe leite fraco, o bebê não fica dependente e amamentar dá menos trabalho que sujar louças, preparar mamadeiras e ter horários rígidos. O alimento está ali à disposição do bebezinho e ele sabe de quanto necessita em cada mamada.

PAPINHAS E PACIÊNCIA

Depois da amamentação vem as papinhas e a palavra de ordem é paciência, pois o bebezinho vai estranhar os novos sabores, perceba de qual ele gosta mais. Normalmente se começa com frutas e depois as papas salgadas. Uma boa técnica é colocar a colher no cantinho da boca deixando a papinha escorregar suavemente, dando tempo para que ele conheça o novo alimento.

Os ingredientes devem ser escolhidos pela sua qualidade e pureza. O pediatra deve determinar a consistência da papinha de acordo com a idade da criança. Um lembrete, papinha e sucos caseiros são sempre mais saudáveis porque passam por um controle de qualidade rigoroso: pela mãe

Após a fase das papinhas ele já pode comer normal. Apresente alimentos bons a ele e lembre-se ele copia o que o pai e a mãe fazem, sejam exemplos. A partir daí começam os problemas de convivência entre mães que querem dar uma alimentação saudável às suas crias e …. marido, avós, amigos, escola,etc. Você mamãe tem a honra de estar construindo o paladar de seu filho e essa é uma chance e tanto para decidir a saúde futura dele também.

Aqui vão algumas regrinhas de ouro para orientar a alimentação de seu filho(a)

– Seu filho não vai ficar com vontade de brigadeiro, refrigerante, bolacha recheada ou outra besteira qualquer, porque ele não conhece o açúcar. Até os 2 anos de idade pelo menos não deve ser apresentado a ele, adoce com banana, passas, tâmaras, mel (se ele tiver mais de um ano).

– Sobremesa é fruta e deixe que ele pegue a fruta, sinta a textura, o sabor, o cheiro, é assim que se forma o paladar. Quanto à sujeira nada que um bom banho não resolva.

– Não permita que outras pessoas sirvam alimentos ao seu filho sem antes perguntar se ele pode comer. É você a responsável pela alimentação dele e as possíveis alergias que possam surgir de uma escolha errada.

– Na escola informe-se sobre o tipo de lanches servidos e insista em alimentos mais saudáveis, livres de gorduras, sal e açúcar em demasia. E se for possível cuide você mesmo da lancheira de seu filho. Não esqueça… muita água!

Uma criança bem orientada nos primeiros passos da alimentação, acostumada às frutas, verduras, legumes e com pouco acesso ao sal e açúcar, vai comer besteirinhas sim porque vê as outras crianças comendo, mas na verdade só para experimentar porque seu paladar não está acostumado, logo se desinteressa.

E AS CRIANÇAS COM OS PALADARES “ESTRAGADOS”?

No caso dos paladares já estragados, nada como uma boa conversa. As crianças são mais abertas às mudanças que nós adultos. Explique que aqueles nomes esquisitos (os aditivos químicos presentes nos alimentos industrializados) podem fazer mal para nós e que podemos ter coisas mais gostosas feitas em casa.

Vamos despertá-los para novos sabores, deixe que eles participem. Claro que tudo tem que ser gradual, sem pressões; eles abrem mão de certas coisas e aos poucos o paladar estranha o sabor do artificial.

No lugar do salgadinho, promova a sessão pipoca de verdade, aquela que pula na panela, faz barulho e tem um cheirinho inconfundível. Convide seu filho para fazer um bolo com recheio e tudo, bem bonito para o papai que vai chegar do trabalho. Crie receitas saudáveis juntos e deixe a criança participar dessa atividade. A alegria desses momentos faz toda a diferença.

As crianças e os jovens perderam as lembranças felizes à volta de uma mesa. As preguiçosas manhãs de domingo, os sons vindos da cozinha, a briga entre a cama quentinha e o cheirinho irresistível de café, muitas vezes moído na hora. O pão crocante envolvido docemente pela manteiga derretida.

A família reunida, uma tagarelice sem fim. Donos do tempo, afinal é domingo! Envolvidos pela atmosfera de carinho, até as ranhetices entre os irmãos faziam parte da cena. Como esquecer os bolinhos de chuva salpicados com açúcar e canela? A magia das panquecas que vovós ou titias malabaristas viravam com toda a maestria? Lembranças e sensações perdidas para a maioria das crianças de hoje.

Mas ainda dá tempo de mudar isso:forme o paladar de alguém, você tem esse poder. Experimente e sinta a sensação de ser lembrada para sempre.

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Fonte:
http://www.coletivoverde.com.br/formar-o-paladar-de-alguem-que-poder-e-esse/

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