Sabemos que não é saudável, mas toda vez que nossos lábios sentem seu gosto, acabamos querendo mais. Então, o que acontece com o açúcar que nos faz desejá-lo, mesmo quando realmente não precisamos dele?
No último vídeo de BrainCraft, “Por que amamos o açúcar?”, Vanessa Hill explica que somos conectados ao amor pelo açúcar desde cedo. Na década de 1970, pesquisadores deram a bebês três soluções inofensivas com diferentes gostos, incluindo doce, azedo e amargo. Depois da solução doce, os bebês mostraram expressões faciais positivas – sorriram e lamberam os lábios. Após os gostos azedo e amargo, eles franziram os lábios, o nariz, e colocaram a língua para fora. Isto sugere que recém-nascidos e bebês têm uma preferência inata por algo doce.
No entanto, o nosso caso de amor com o açúcar pode ser tão prejudicial como fumar ou beber muito álcool. Quando ingerimos açúcar, os receptores de doçura em nossa língua, pâncreas e intestino sentem dois açúcares simples, glicose e frutose. Esses açúcares são encontrados naturalmente em frutas, em alguns vegetais, e no açúcar de mesa. Eles também são adicionados aos doces e uma grande quantidade de alimentos processados.
O corpo gosta de glicose porque nossas células dependem dela para a energia; quando ela entra no corpo, o pâncreas começa a produzir insulina. O cérebro entende que estamos metabolizando o que acabamos de comer, dizendo ao nosso corpo que temos menos fome. Ao contrário da glicose, a frutose só pode ser metabolizada pelo fígado porque o corpo não pode usar toda essa energia, o que significa que há mais calorias para armazenarmos.
A forma como a frutose se comunica com o cérebro pode ser enganadora. Sem as fibras das frutas e legumes, que interferem com a leptina – o hormônio responsável pela produção de uma sensação de saciedade-, pensamos que ainda estamos com fome e continuamos a comer, mesmo que já tenhamos consumido muitas calorias.
Quando os açúcares tocam os receptores de doçura na língua, acendem as vias de recompensa no cérebro e liberam neurotransmissores como a dopamina, e, obviamente, nos fazendo sentir realmente bem. É por isso que permanecemos em um ciclo vicioso com os doces, desde que eles nos fazem sentir tão bem que continuamos a comê-los.
Como conclusão: não podemos controlar quando o cérebro e corpo vão querer algo doce. No entanto, reduzindo a quantidade de açúcar pode ajudar a mediar o nosso relacionamento prejudicial com ele, evitando desejá-lo tanto.
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Artigo traduzido por Essential Nutrition
Referências:
http://www.medicaldaily.com/pulse/sweet-life-sugar-impacts-brain-chemistry-increase-sweet-cravings-despite-satiety-361580