Muitas são as doenças possivelmente tratadas com exercícios – sendo a doença arterial coronariana (DAC) e a osteoartrite (OA) algumas delas.
A DAC ocorre quando as artérias do coração tornam-se endurecidas e estreitas, com acúmulo de placas de gordura, impedindo um bom fornecimento de sangue ao músculo cardíaco. Fatores de risco como o diabetes mellitus, a hipertensão, a dislipidemia e a obesidade resultam em DAC extensiva (quando o escore se mostra gravemente aumentado). Por outro lado, os pacientes que sofrem de osteoartrite sofrem de doença musculoesquelética degenerativa e dolorosa que limita as atividades da vida diária. Isso pode limitar sua capacidade de participar dos programas de exercícios necessários para a reabilitação cardíaca.
Quando os pacientes sofrem de ambas as doenças, o quadro pode ser extremamente incapacitante, e profissionais de cuidados de saúde estão à procura de regimes de exercícios adequados a estes pacientes. Portanto, pesquisadores de Seul, na Coréia, procuraram comparar caminhadas dentro d’água e caminhadas em esteira (treadmill) em relação à aptidão cardiorrespiratória em pacientes idosos afetados por DAC e OA.
Os pesquisadores selecionaram sessenta pacientes que receberam tratamento de intervenção coronária percutânea para DAC, mas que também foram diagnosticados com OA de extremidade inferior. Eles foram selecionados aleatoriamente para serem atribuídos a exercícios baseados em caminhadas aquáticas ou na esteira. Além disso, um grupo não-exercício foi escolhido como controle. As avaliações como a pressão sanguínea, a glicemia e as medidas de frequência cardíaca foram feitas nesses pacientes antes e após o período de treinamento supervisionado de 24 semanas.
Os resultados foram publicados recentemente em BMC Cardiovascular Disorders. O estudo revelou que os níveis de gordura corporal, níveis de colesterol lipídico no sangue e frequência cardíaca em repouso foram afetados positivamente em ambos os grupos de exercício. Na verdade, não houve diferenças significativas nos resultados de saúde entre os grupos de caminhada aquática e de caminhadas na esteira. Isto sugeriu fortemente que ambos os exercícios utilizados para a terapia cardiorrespiratória tiveram efeitos positivos sobre esses pacientes.
No entanto, os pesquisadores concluíram que, como a caminhada aquática é preferível em pacientes com osteoartrite, esta modalidade deveria se tornar uma recomendação padrão para aqueles pacientes que sofrem de DAC e OA. Os pesquisadores, portanto, apoiam a caminhada aquática como uma forma de um programa mais abrangente de recuperação.
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Nota do editor: Se a sua academia ainda não oferece este exercício específico, pergunte ao seu profissional de saúde se aulas de hidroginástica poderiam ser uma opção complementar às suas caminhadas na esteira. E quando for à praia, se o mar estiver calmo, caminhar dentro d’água pode funcionar como uma deliciosa (e abrangente) terapia.
Traduzido e adaptado por Essential Pharma:
http://www.medicalnewsbulletin.com/cardiac-rehabilitation-new-exercise-modality/